Coleção pessoal de camyllag

1 - 20 do total de 340 pensamentos na coleção de camyllag

E neste mundo, em que falsidade e hipocrisia andam juntas de mãos dadas, tento achar um espaço onde eu possa ser eu mesmo, sem medo de julgamentos precipitados ou qualquer devaneio avassalador, em que a solidão não me encontra e a saudade não me toca.

O tempo não cura tudo. Existem pessoas que o tempo não é capaz de levar. Existem feridas que o tempo não é capaz de cicatrizar, existem lembranças que o tempo não é capaz de apagar. O tempo é a prova de que os melhores sentimentos nunca se perdem, de as que piores dores sempre te acompanham e que os sonhos não são meras utopias.

Hoje, ao acordar, pude sentir a saudade me abraçar mais uma vez. Pude imaginar a maneira de como você me abraçaria e de como me sentiria confortável junto a ele. Confesso que não estou bem, que a sua ausência tem me deixado abaixo; e sempre que me sinto assim, olho para o céu começando a imaginar, o que realmente estou procurando, até que sua imagem surge em minha mente e me fazendo abrir um sorriso; deixando claro, que só você pode mudar o meu pior, junto com o pedido incontentável para fique. Eu não vou partir, não vou deixar você ir, não quero que vá.

Ela sentiu tudo desmoronar mais uma vez. Não havia mais sorrisos, esperança ou gargalhadas. Ela só tem o silêncio que perdura em si, um “pequeno” vazio e um grande estrago. Ela só tem a verdade em que estonteantemente anseia por prová-la, a dor que insiste em persegui-la, a solidão que está sempre a acompanhá-la, o medo de machucar-se a ponto de dilacerá-la. Ela tenta fingir que tudo está bem, mas no fim do dia a sua maior fraqueza aparece a atormentá-la. Ela queria arrumar uma saída para isso, um antídoto totalmente curável, mas toda vez em que ela supõe não poder piorar, a coisa vai lá, e piora.

É como sentir o tempo não passar. A dor não vai embora, a angústia sempre recíproca e as lembranças sempre voltam, retornando com mais intensidade; fazendo-me perder o sono; fazendo minhas lágrimas rolarem instantaneamente. Porque tudo que eu faço é imaginar quando você voltará, esperando que no final tudo fique bem.

É como sentir-se feliz e triste ao mesmo tempo. Estar-se em repulsa como o gelo e o fogo, cutucar a ferida mesmo sabendo que irá doer. É nessa contradição que me encontro ao ter você por perto. A sua presença, é a chave para que o tempo traga dias melhores; dias de felicidade, dias de contentamento. Todavia, a sua ausência é repleta de nostalgia, de lágrimas reprimidas; com aquela vontade de arrancar-se o coração, só para não sentir, mas ainda sim doeria. É como tentar parecer-se intacto, estando despedaçado solenemente.

Ele fechou as fechaduras abaixo da janela. Fechou as cortinas logo após, e em um andar lento, afastou-se. As soluções não são tão simples. E em um emaranhado de pensamentos, um momento tortuoso de lágrimas, ele acende aquela lembrança boa, aquela lembrança em que a pessoa marcada pela presença e a ausência, dizia que jamais o abandonaria; o desejo pelo tão inesperado abraço, aquela certeza de que com esse alguém se pode contar e com a certeza de que se pode partir, ficando. Vai voltar, talvez amanhã ou daqui a um mês, quem sabe? E quando voltar, ele provará que quando realmente se quer dizer alguma coisa, palavras são inúteis.

Não precisa me entender. Só fica por perto e me mostra que com você vai ser diferente. Que não desistirá de mim - de nós - na primeira dificuldade, como os outros o fizeram, como todos fazem.

Mais doloroso do que ir embora, é perceber que ninguém vai tentar te impedir e te convencer a ficar.

É uma insegurança, uma dor, uma falta, uma angústia que parece dilacerar. É como sentir uma dor sem sentido. É uma vontade de desabar. São tantas as aflições, são tantas as lágrimas, são tantos os medos. Queria que tudo voltasse a ser como antes, queria sorrir novamente, queria que você estivesse aqui. Tudo era tão fácil quando tinha você.

Ela mostrava ser capaz de se auto-regenerar. Parece ser uma saída não demonstrar sentimentos. Seu coração parecia gélido, intocado, tão frio quanto o restante de chocolate quente em sua caneca. Sempre buscava parecer fria, calma, controlada e tanto eram os pesos, as lágrimas, os medos. Ela parecia forte, no entanto, fraca. Parecia não ter cicatrizes, mas tantas eram mágoas e as frustrações. Parecia nunca ter sentido a perda e a dor. Só parecia.

É torturante suportar todos os adventos do dia. As lágrimas já estão escorrendo secas, o riso é forçado, e tudo o que se pode sentir é dor.

Ela espera acordar e dizer que tudo vai ser diferente. No entanto, acorda espichada na cama, com os olhos pesados como quem não dormiu. Ela costuma levantar e tentar se convencer de que é só mais um dia, mas dessa vez, preferia nem ter acordado. Ela pensa constantemente em tentar mudar, mais no fundo sabe, que só um único alguém é capaz de reverte-la. É um estar longe, e sentir-se perto. Querer fugir e não encontrar-se em lugar algum. É como abrir os olhos, e ouvir algo dizendo: “Acorda, bem-vindo a realidade”.

É como sentir-se tão só a ponto de esquecer-se. A cada minuto que passa as lembranças me atormentam intensamente, a cada segundo que o ponteiro marca é como se fosse um século, se passando. Quando me olho espelho vejo às lembranças mais tristes virem à tona, junto com as lágrimas de saudade que frequentemente choro por você.

Ela sente uma apreensão por estar longe, embora seu pensamento a faz sentir bem perto. Entre tentar esquecer ou desistir, ela prefere optar pelas lembranças, pelo sonho que parece inalcançável, pela estonteante saudade que guarda em si, e pelo imaginável momento que ela anseia em abraçar. Ela tenta não chorar, no entanto, ao final do dia é quase impossível não soltar uma lágrima. Ela prende-se a tentar mudar as coisas, a escutar o eco dos ventos aos ouvidos, aos pensamentos incontroláveis, a imaginar como seria se tudo fosse o reverso. À vista, ela se apresenta sóbria. Mas nos deslanchar dos olhos ela sente uma falta. Senti que falta alguém, que falta algo, que falta você.

Certas vezes, prefiro chorar um pouco sozinha, escutar o eco do vento aos meus ouvidos, ocultar meus sentimentos, me apegar ao inimaginável, guardar a dor. Não por indiferença, só quero evitar o julgamento de pessoas que não sabem o verdadeiro motivo das minhas lágrimas.

E quantas vezes ao abrir os olhos, você desejou que tudo fosse diferente?

Perdi as contas de quantas chorei até pegar no sono. De quantas vezes, abracei meu corpo fortemente, na tentativa de que a minha dor cessasse. Ontem meu choro foi abafado, tortuoso, escondido; para não incomodar quem estivesse dormindo. Literalmente, chorei até quando a dor existente em mim ameniza-se, até quando meus olhos não conseguiam se abrir de tanto arder, até quando abracei o travesseiro e fiquei ali, acalmando, até que minha angústia pudesse conter-se. Eu imaginei você ali, eu sentia o calor do seu abraço, o carinho do seu aconchego, e suas palavras dizendo: Vai ficar tudo bem. Dói perceber que mesmo depois de chorar tantas noites, você ainda consegue me machucar delicadamente com que diz. E com as que você não diz também.

Sim. No fundo eu ainda tenho esperanças de que em algum momento, você sinta minha falta.

E mesmo depois de tudo, ou talvez por causa de tudo, eu nunca vou deixar de me importar.