Rodrigo Quito
É-me fascinante como as pessoas podem criar e viver histórias diferentes a partir dos mesmos fatos. Parece-me que vemos o mundo com o que há dentro de nós. Percebemos o mundo, ao observá-lo, tal como ele é? Ou o projetamos tal como achamos que ele seja?
Uma existência dependente de um corpo privado daquilo que lhe é mais básico à subsistência não pode ter sido planejada; pelo menos não por bondade.
Ao nos debatermos por incômodo atingimos quem está mais próximo de nós.
Na convulsão o moribundo machuca aquele que está perto para lhe ajudar.
Feito crise, agitam-me incômodos convulsivantes.
Tornam-me injusto, problemas internos ou distantes...
atingindo, ao me debater...
quase sempre sem merecer...
por vezes até com furor...
quem mais próximo está por amor.
Quais são as ataduras que te prendem?
O mundo é tal como se nos apresenta?
As relações são o que dizem que são?
Democracia, deus, desconto,
oferenda, oferta, conforto,
futebol, novela, carnaval;
o discurso do político ideal,
podem não passar de grilhões que te impedem
e de enxergar o mundo real.
Muitas vezes as notícias e resultados não anunciam informações e constatações, mas sim influências para transformar em realidade o fatos inicialmente propalados.
Para pôr em prática algum plano muitas pessoas têm a tendência de exagerar nas dificuldades, visualizando a conquista como um todo, um grande empreendimento de difícil execução. Seja um curso que deseja fazer, um instrumento que quer aprender a tocar, um grosso livro que gostaria de ler, o regime alimentar que necessita começar entre outras coisas... não se percebe estas conquistas como pequenas etapas, pequenos obstáculos que são vencidos e, ao fim, somados, culminando na grande realização.
Esta maneira de pensar faz com que muitos desistam de sequer tentar iniciar o que desejam fazer. Frustrante inércia!
Para progredir você não precisa sair voando; basta dar um passo. Um simples movimento na direção de seu objetivo já é o começo de sua realização.
Você não precisa ganhar mais, precisa gastar menos. Você não precisa ter mais, precisa desejar menos...
A vida pensada, planejada tende a ter o bem-estar constante, mas há momentos imprevisíveis que têm o poder arrebatador de fazer a vida valer a pena por si só, sem necessitar de sentido ou direção.
Melhor infelizes separados do que infelizes juntos. Assim pelo menos aprendemos a não culpar os outros pela nossa própria infelicidade.
Não importa o quanto mais você tem, mas sim o quanto menos você precisa. A felicidade não está nas coisas, é um estado de espírito.
Ajude a combater os sistemas de pensamentos rígidos que obliteram o senso crítico e a compaixão. Sistemas adestradores não favorecem à emancipação moral do homem, tiram-lhe a liberdade tornando-os cegos seguidores de normas "sagradas" por vezes cruéis.
Acusam-me de apagar o holofote, fechar a cortina, encerrar a fantasia... enquanto insisto em desvendar o espetáculo dos bastidores; escondida no camarim, a beleza que não precisa de maquiagem.