Ray Bradbury

Encontrados 20 pensamentos de Ray Bradbury

Eu não falo de coisas, senhor. Falo do sentido das coisas. Sento-me aqui e sinto que estou vivo.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

A chuva estava diminuindo e a garota estava caminhando pelo centro da calçada com
a cabeça erguida para que os esparsos pingos de chuva lhe caíssem no rosto. Ela sorriu
quando viu Montag.
– Oi!
Ele respondeu o cumprimento e disse:
– O que você está tramando agora?
– Ainda estou maluca. A chuva é tão boa. Adoro andar na chuva.
– Acho que eu não gostaria – disse ele.
– Você gostaria se experimentasse.
– Nunca experimentei.
Ela lambeu os lábios.
– Até o gosto dela é bom.
– O que você faz, fica por aí experimentando de tudo? – perguntou ele.
– Tudo e mais um pouco.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Eu odeio toda a política. Eu não gosto de nenhum partido político. A pessoa não deve pertencer a eles - deve ser um indivíduo, de pé no meio. Qualquer pessoa que pertence a um partido pára de pensar.

Você não tem que queimar livros para destruir uma cultura. Apenas levar as pessoas a parar de lê-los.

Você deve se manter bêbado ao escrever para que a realidade não possa destruí-lo.

Nunca dou ouvidos a quem critica meu gosto por viagens espaciais, eventos estranhos ou gorilas. Quando isso acontece, eu pego meus dinossauros e deixo a pessoa falando sozinha.

– Por que sinto que a conheço há muitos anos? – disse ele, certa vez, à entrada do metrô.
– Porque eu gosto de você – respondeu ela – e não quero nada de você. E porque nos conhecemos.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Existe mais de uma maneira de queimar um livro. E o mundo está cheio de pessoas carregando fósforos acesos.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Todos devem deixar algo para trás quando morrem, dizia meu avô. Um filho, um livro, um quadro, uma casa ou parede construída, um par de sapatos. Ou um jardim. Algo que sua mão tenha tocado de algum modo, para que sua alma tenha para onde ir quando você morrer. E quando as pessoas olharem para aquela árvore ou aquela flor que você plantou, você estará ali. Não importa o que você faça, dizia ele, desde que você transforme alguma coisa, do jeito que era antes de você tocá-la, em algo que é como você depois que suas mãos passaram por ela. A diferença entre o homem que apenas apara gramados e um verdadeiro jardineiro está no toque, dizia ele. O aparador de grama podia muito bem não ter estado ali; o jardineiro estará lá durante uma vida inteira.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Deve haver alguma coisa nos livros, coisas que não podemos imaginar, para levar uma mulher a ficar numa casa em chamas; tem de haver alguma coisa. Ninguém se mata assim a troco de nada.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Não se pode precisar o momento em que uma amizade se forma. Como ao encher gota a gota uma vasilha, há, no final, uma gota que a faz transbordar, assim, também, em uma série de gentilezas, há uma que, por fim, faz o coração transbordar.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Nós somos uma impossibilidade num universo impossível.

Ray Bradbury
MURPHY, Francis. Behind the mike: Rousing beginning made by ‘Archer’. The Oregonian, 31 jan. 1975.

Nota: O pensamento foi proferido pelo escritor e roteirista estadunidense no programa “Assignment America”, apresentado pela poeta Maya Angelou.

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Não se pode obrigar as pessoas a escutarem. Elas precisam se aproximar, cada uma no seu momento, perguntando-se o que aconteceu e por que o mundo explodiu sob seus pés.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Aprender a desapegar deveria ser ensinado antes de aprender a ganhar. A vida deveria ser tocada, não estrangulada. Você precisa relaxar, deixar acontecer, às vezes.

Eu não tento prever o futuro. Tento preveni-lo.

Ray Bradbury

Nota: A citação também costuma ser atribuída a Frank Herbert, e não se sabe qual dos dois (Bradbury ou Herbert) é o verdadeiro criador do pensamento.

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A vida é tentar as coisas para ver se funcionam.

Ray Bradbury
OLSON, Robert Wallace. The Art of Creative Thinking (1980).

Nota: Citação atribuída. Autoria não confirmada.

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Inserida por douglasfp

Acelere o filme, Montag, rápido. Clique, Fotografe, Olhe, Observe, Filme, Aqui, Ali, Depressa, Passe, Suba, Desça, Entre, Saia, Por Quê, Como, Quem, O Quê, Onde, Hein? Ui! Bum! Tchan! Póin, Pim, Pam, Pum! Resumos de resumos, resumos de resumos de resumos. Política? Uma coluna, duas frases, uma manchete! Depois, no ar, tudo se dissolve! A mente humana entra em turbilhão sob as mãos dos editores, exploradores, locutores de rádio, tão depressa que a centrífuga joga fora todo pensamento desnecessário, desperdiçador de tempo! [...] A escolaridade é abreviada, a disciplina relaxada, as filosofias, as histórias e as línguas são abolidas, gramática e ortografia pouco a pouco negligenciadas, e, por fim, quase totalmente ignoradas. A vida é imediata, o emprego é que conta, o prazer está por toda parte depois do trabalho. Por que aprender alguma coisa além de apertar botões, acionar interruptores, ajustar parafusos e porcas?

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Biblioteca Azul, 2012.

⁠Os bons escritores quase sempre tocam a vida. Os medíocres apenas passam rapidamente a mão sobre ela. Os ruins a estupram e a deixam para as moscas.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por victorsagds19

Numa noite está tudo bem e na seguinte estou me afogando. Quantas vezes um homem pode afundar e ainda continuar vivo?

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por victorsagds19

⁠Todos devem deixar algo para trás quando morrem, dizia meu avô. (...) Algo que sua mão tenha tocado de algum modo, para que sua alma tenha para onde ir quando você morrer. E quando as pessoas olharem para aquela árvore ou aquela flor que você plantou, você estará ali.

Ray Bradbury
Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por victorsagds19