Texto sobre Corno

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Às vezes até posso ser …burra. Parva. Bruta. Trágica. Ingénua. Inocente. Catastrófica. Patética. Contraditória. Disparatada. Inconsequente. Discrepante. Às vezes até posso estar… débil. Indefesa. Frágil. Zonza. Desnorteada. Atordoada.
Mas vocês nunca me faltam…nunca. Tenho sempre os vossos olhares atentos, as vossas palavras reconfortantes e os vossos abraços que me albergam de uma forma tão nobre. Daquela forma tão nobre que só a amizade tem.

Perdi-me e continuo a perder-me.
Perco-me vezes infinitas e incalculáveis ao longo desta minha existência pouco calma.
Perco-me…como mulher, como pessoa, como menina que ainda me sinto…enfim…como ser humano.
Dispo-me de tudo e é este o meu retiro. Vou e venho à descoberta de mim. Tento reorganizar-me enquanto escrevo e reestruturo mais um pouco as minhas ideias. Reconstituo certas histórias e tiro cada vez mais lições de todas elas.
Reordeno as minhas emoções talvez na tentativa de ter mão nelas.
Sinto que continuarei a perder-me. Como pessoa, como mulher, como ser humano…porque acho que o encontro é algo contínuo, e esse exercício de nos perdermos para nos encontrarmos vai acontecendo várias vezes ao longo da vida.

A inconsciência é muitas vezes a principal causadora de determinados estados de loucura. Julgo que este pensamento seja comum a muitas pessoas. O pensamento de que são muitas as vezes que atingimos um estado de insanidade por culpa da nossa inconsciência.
A inconsciência, ou a cegueira. Depende de como gostamos mais de chamar-lhe. O ténue e maçador esforço de correr ao encontro do que ainda está para vir, sem tão-pouco perscrutar memórias e reminiscências.
Não sei ao certo o porquê da invasão destes pensamentos no meu cérebro. Ou talvez saiba. Talvez porque me vejo rompida e rasgada pela minha própria vida. Tanto que me apetece renunciar a certos pontos. Apetece-me. Mas não o faço. Em vez disso mantenho os meus sentidos aguçados, na expectativa de assim descobrir um outro ponto de partida, e desse modo anular episódios que me perturbam. Apagar os passos dados em falso, aqueles que me levaram num sentido que hoje está a parecer-me errado. Só que as memórias não se riscam, como se risca algum apontamento que não está bem definido. As minhas memórias não…pelo menos não no seu todo.
Então hoje remanescem as piores representações, os instantes de dúvida, a tortura de certos sentimentos. As tais imagens que gostava de extinguir por instantes, mas não sou capaz.
É geralmente neste ponto, em que a minha consciência se torna imoderadamente real para ser suportável, que me desmancho em alucinantes e impetuosas habilidades a fim de desviar essas imagens da minha vista. E também é comum nestes momentos fechar os olhos e preferir deixar de ver. E é igualmente aí que os meus actos e gestos perdem parte do sentido. Se é que alguma vez o tiveram.
Claro está que falo em acções específicas, que na verdade não me apetece especificar.
Apeteceu-me apenas partilhar convosco estes meus pensamentos. E talvez um de vocês, mesmo sem as ditas especificações consiga perceber o que realmente tentei dizer aqui nesta minha curta e confusa dissertação.

Inserida por MARISAM

Todos nós sabemos atacar, agredir ou descompor alguém.
Ao contrário do que se possa dizer, não acho que isso se faça por divertimento ou malvadez, mas antes por necessidade ou defesa. São diversas e variadas as etapas da vida em que somos coagidos e quase forçados a atacar como forma de defesa. Combatemos com sentimentos, assaltamos olhares, investimos numa capa de protecção para que não sejamos destruídos com os múltiplos ataques, e é precisamente nesse estado de defesa que nos sentimos totalmente aptos a atacar e a descompor pessoas.
Como é que se descompõe uma pessoa? Depende. Mas há muitas formas de o fazer. Algumas são descompostas com frieza. Depois há aquelas que vamos descompondo lentamente, sem que as mesmas se apercebam, vamos ceifando os gestos, e atacamos com o vírus mais eficaz, o desprezo.
Quando falei em necessidade de o fazer, é porque admito que muitas vezes tenhamos que derrubar antes que nos derrubem a nós, desmoronar antes que o nosso mundo seja desmoronado.
As pessoas têm muito que se lhe diga. E se muitas atacam olhos nos olhos, outras apenas o sabem fazer pelas costas, quase sorrateiramente, utilizando um vírus chamado falsidade. Para mim essas pessoas não passam disso mesmo, uma fraude. Daí preferir o vírus da indiferença e do desprezo.
As pessoas têm muito que se lhe diga. Algumas são autênticas cobras humanas, que quando se sentem ameaçadas ou intimidadas têm o deplorável costume de lançar jactos de veneno nos olhos de quem ambicionam atingir.
O que as ditas se esquecem é que o seu veneno de tão utilizado contra os outros, nós os outros acabamos por nos vacinar contra ele e torna-se completamente impossível sermos atingidos.
E também se esquecem, que não é preciso ser-se uma cobra humana para saber como se ataca, agride ou descompõe alguém.

Inserida por MARISAM

Minto. Iludo. Finjo. Simulo…
Eu só posso ser uma descontrolada, tresloucada. Só posso sentir uma paixão assolapada …por ti.
Não sei de ti…não te vejo…não te quero. Não sei. Não vejo…não quero!!!
Minto. Iludo. Finjo. Simulo…
Não te quero, só porque não te vejo…
Não te vejo porque não te procuro…e não te procuro, porque sei o quanto te destabilizo se o fizer…
Não sei de ti…não te vejo... não te quero. Não sei. Não vejo…não quero!!!
Minto. Iludo. Finjo. Simulo…

Inserida por MARISAM

Sou feita de um conjunto de pessoas contraditórias, que me dão bilhetes grátis para a montanha russa de emoções e sentimentos que é a minha vida. E sinceramente prefiro esta montanha russa do que ser vazia de sensações, como muitas pessoas com as quais me vou cruzando aqui e ali que escolhem ser simplesmente racionais.
E quando assim é não acredito que haja muito espaço para emoções, ou pelo menos para as sentir no seu age. Muitas pessoas dirão que antes aniquilar o espaço que as emoções têm na nossa vida, do que não saber geri-las. Mas não será também isso de “aniquilar as emoções” uma capa que esconde a tal dificuldade em geri-las?

Inserida por MARISAM

Lembrar-me de ti assim tão assiduamente deprime-me.
Não sei o que isto é, mas eu sempre disse que quando sentisse que me trarias algum tipo de sentimento negativo, te queria fora da minha vida.
Chegado esse momento é altura de arrumar a nossa história numa gaveta daquelas gigantes, fechar todos os guiões possíveis e lutar contra a possível vontade de os reabrir.

Inserida por MARISAM

Um dia descobrimos que determinada pessoa faz uma descrição nossa tão próxima da realidade porque é parecida connosco.
E um dia também descobrimos que essa pessoa que nos apontou e criticou determinada postura, acaba por ter posturas também elas muito parecidas.
É tão fácil criticar os outros, apontar-lhes o dedo, dizer-se incapaz desta ou daquela atitude. E depois eu gosto de ver esses dedos indicadores a virarem-se no sentido inverso.

Inserida por MARISAM

Achamos que não esperamos nada e quando damos conta estamos sempre à espera de alguma coisa. Depois somos confrontados com uma indiferença que não esperávamos.
Já não perco o meu tempo a tentar entender os enigmas, as coisas ocultas, as ligações secretas. São perguntas sem resposta. Ou talvez nem seja nada disto. Quem sabe as respostas são bem mais simples do que as perguntas, porém difíceis de acreditar? A seu tempo teremos consciência do que tudo isto significa. Vamos conhecer os fins, os objectivos e os propósitos. Já me ocorreu que fosse o destino a dar o ar da sua graça e pregar-me mais uma das suas partidas.
Já sei que haverá pessoas que vão dizer-me, que agora estou a culpar o destino de caminhos onde fui parar pelo meu próprio pé e sem qualquer mão do destino.

E provavelmente têm a sua razão… e eu…eu estou só à espera de encontrar a minha. Afinal estamos sempre à espera de alguma coisa. Alguma coisa que às vezes se traduz em alguém.

Inserida por MARISAM

Uma estranha ofuscação dos sentidos. O arrepio instantâneo e abrupto. Na minha cabeça ecoam determinadas vozes. Conversas entoadas. Conversas em tom de segredo. Sorrisos naturais. Vidas cruzadas. Olhares penetrantes. Uma dança envolvente. Júbilos contagiantes. Vidas partilhadas. Escárnios de bem dizer. Beijos. Aqueles beijos. E um rosto com traços de menino a ser mimado pelas minhas mãos.
Novamente vozes. Não sei ao certo o que elas me dizem. Sei que me murmuram palavras múltiplas, e me sabem aqui a escuta-las. Sim, porque não é pelo facto de ter optado fechar os olhos a este sentir, que deixei de querer ouvir o que tem para me dizer. Ouço em silêncio.
O mesmo silêncio da ausência e das diferenças sombrias. Ausências forçadas ou não. Diferenças relevantes ou não.
Fico aqui, dada ao silêncio comum dos pensamentos confusos.
Quero estar sozinha. Agora e sempre que assim o desejar. Talvez uma certa solidão possa dar-me respostas.
O que eu não quero é ficar à espera. Tu sabes Inês, que eu nem sequer sei esperar.
Deixa-me dizer-te também, que não espero algo concreto deste meu sentir, porque se assim fosse, o mesmo já teria avançado para um estado chamado desespero emocional. E isso, muito obrigada, mas eu não quero. Prefiro a vibração, o calafrio, a excitação, do que voltar a ter medo dos meus sentimentos.
Talvez o tempo me mostre na devida altura o seu significado. Talvez o tempo me ajude a encontrar a definição para este meu sentir.
Por enquanto mantém-se assim… misterioso e indecifrável.
É assim que eu o quero e por hoje é assim que vai ficar…
de olhos fechados e em silêncio. Misterioso e indecifrável.

Inserida por MARISAM

Tudo tem o seu tempo...
A vida, as pessoas, os sentimentos, e até as palavras. Tudo, sem excepção tem o seu tempo. Um prazo irrepreensível. Por vezes desconforme, misterioso, bárbaro, forasteiro e desconhecido.
Tudo tem o seu tempo e cabimento. Enervante, enigmático e oculto... mas indefinidamente decisivo e aperfeiçoado.
Porque tudo tem um tempo, excedemos e transpomos os padrões da nossa flexibilidade sentimental. São as emoções que ficam recessas, e nós que ficamos indefesos. Cansamo-nos do frágil e indolente demorar dos dias. Temos urgência, uma urgência intolerável, por vezes impertinente. Vivemos agitados e ansiosos por motivos que dizemos não conhecer. Até connosco somos desleais. Dizemos não conhecer causadores, porque optamos fingir que ignorámos.
Mas depois, nos refúgios, nos abrigos assustadores e nublados começam a sentir-se defesas e protecções.
Escapámos aos destroços e deixamos de nos prender a restos e ruínas de sentimentos.

Inserida por MARISAM

Conversas inteligentes levam a soluções inteligentes. Só que para existir uma conversa inteligente, são precisas duas pessoas que também o sejam. E quando assim não é, o melhor mesmo é ficar caladinha. Sempre gostei mais daquele silêncio que diz muito, do que da voz altiva e pobre da triste ignorância.

Esta área metropolitana ás vezes pode comparar-se mais a uma aldeia, do que a uma cidade, onde qualquer um se cruza e mistura, onde todos julgam conhecer-se, ou se não conhecem, todos sabem os nomes uns dos outros. Onde grande parte dessas mesmas pessoas se difama e se denigrem uns aos outros. Não faltam intrigas e “cusquices”. Há enredos para todos os gostos, alguns a fazerem lembrar novelas mexicanas. Há tramas que nem o realizador com a imaginação mais fértil conseguiria realizar. Manobras de todas as espécies. Há demasiado tempo que me cansei de um certo tipo de criatura desta “pequena aldeia” , e inúmeras são as ocasiões que a minha paciência se esgota e atinjo o limite. Na realidade tenho vontade de mais e melhor. Sitios e pessoas onde a existência possua a energia e o vigor com que ela tem que ser vivida e sentida. Onde a vida palpite sem maldades associadas. Onde exista agitação saudável. Onde existam outras realidades, pessoas e coisas mais interessantes no lugar desta apatia apodrecida e oportuna. Sinto-me esgotada dos planos de benefícios por conveniência, de escutar as pessoas a murmurarem ou fabricarem e inventarem jogos de cama para os outros. Estou farta de gente que só consegue ver o seu umbigo gigantesco, que vivem de olhos fechados para a sua própria vida, mas quando o assunto é a vida dos outros arregalam os olhos, mas nem assim conseguem ser eficazes.

Inserida por MARISAM

Eu farto-me rápido daquele fragmento tão venenosamente usado por algumas pessoas, que sempre me irritou. Daí o choque de feitios com algumas. E não é por ser semelhante, mas sim muito distinta desse círculo que por vezes chega a ser asqueroso de tão viciado que está em mal dizer e vibrar continuamente com o mal dos outros.

Inserida por MARISAM

O contacto urgente da pele… As tuas mãos… a deambularem pelo meu corpo meticulosamente. As mãos que entorpecem e anestesiam o medo e a restrição. As mãos que despertam a vontade...que despertam o prazer...o querer-te em mim. O meu corpo flutua no muito que me és. E aí eu sinto a nossa existência demorada, forte, intensa…e real. Tão real. Puxas-me. Uma vez mais e outra. E eu deixo-me ir. Envolves-me no teu abraço, compreendes-me no silêncio espaçado do teu olhar fixo no meu. Abraças-me. Mais uma vez e mais outra. Deixa-me fechar os olhos. E a seguir abri-los para te ver.Ver-te em mim. Para que possas sentir também os meus olhos extasiados e sedentos de prazer. Do teu prazer. Do nosso prazer. Deixa-me fechar os olhos. E voltar a abri-los. Nada disto é real. Foi apenas um sonho… o de ti em mim. Deixa-me fechar os olhos e voltar… a adormecer.

Inserida por MARISAM

Desafios trazem sempre muitas mais coisas. Podem até ser sacrifícios , mas no fim valem a pena. E isso a mim agrada-me. Encaixa no meu perfil. Se muita gente , em vez de olhar para as coisas e as apelidar de dificuldades, passasse a chamar-lhes desafios...tenho a certeza que iriam muito mais longe e seriam muito mais do que aquilo que são...

Inserida por MARISAM

Ah o tempo, como ele é traiçoeiro e também surpreendente, se faz tão presente e ausente... que gostoso olhar para um castelo construído com o tempo, quando pensei que ele estava caindo na verdade era a porta de entrada que estava se formando.
O outono é lindo, leva as folhas secas e traz as novas folhas, e as árvores se preparam para dar seus frutos...

Deixa eu ver se eu entendi...
Se Ninguém tem culpa de nada , É falso , comete traições , falta com a verdade ,todo mundo é inocente , coitadinho (a) , Amigo (a) , exemplo e o errado é só o outro.
Então o mundo é correto ,justo , honesto e perfeito
vivemos em comunhão, entre irmãos cheio de boas intenções , paz e Amor ,e estaríamos num paraíso se nao fosse o Próximo ??

E sempre haverá ingratidão,traição e decepção!
Desde que o mundo é mundo sempre existiu,assim foi com Jesus que foi traído, foi negado ... Pedro beijou a face de jesus e depois o traiu,querem decepção e traição maior que essa ? Não se deixe abater,amados decepção não mata! Ensina a viver! Depois de uma queda levante -se e siga em frente,perdoe sempre que for possível e continue amando mesmo que as decepções venham,continue fazendo o bem sem olhar a quem, e assim a vida segue !

Não adianta trair e depois dizer que ama, pois os sentimentos não serão mais os mesmos. Se você traiu é porque não ama, porque quando amamos não há traição. Todos nós erramos, quando erramos, tentamos consertar, às vezes conseguimos consertar, mas ao conseguir, podemos lembrar e dizer, "Eu errei porque não tive condições de andar na linha certa". A mesma coisa funciona na traição, erramos, consertamos e lembramos que traímos porque não há amor suficiente. Se há amor suficiente, ama somente uma pessoa, aquela que faz o seu coração bater mais forte.

Então não se iluda com alguém que já te traiu, porque depois de trair, voltar atrás é fácil. O difícil é dizer a palavra "EU TE AMO" verdadeiramente saindo do coração, com expressões sobrenaturais, pois o amor é algo surreal, que quando não imaginamos, ele vem e te agarra. Cuidado, o amor é algo forte, algo que precisamos ter cuidados, precisamos analisar, pensar, porque simplesmente, ao piscar de olhos, você pode perder a pessoa da sua vida, o arrependimento vem depois e depois que ele vem, ele passa, e, ao passar, você cai na real que aquela pessoa um dia iria te fazer feliz. Cuidado com a traição, pois o verdadeiro significado da traição juridicamente é tornar óbvio e evidente o que se queria ocultar, ser infiel ou descumprir com o compromisso assumido.