Texto Amigos de Luis Fernando Verissimo

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⁠O poeta é que sabe!

Ele é dono do que num poema cabe:
Belicosas metáforas ou não, ou então
Atalhos, fina ortografia ou alto calão!
O poeta é dono! O poeta é que sabe!

Enquanto um poeta tem de a sentir,
Um tolo tem de a perceber e explicar!
Poesia é como o rio, a chuva e o mar,
Há que molhar pés para depois sorrir!

Tanta tola criatura que uma razão dá
À poesia que lê, e diz que ela requer
Um preceito, que por vezes não há!

Enquanto versos o poeta compuser,
Ilustre e tola gente nunca entenderá
Que poesia, é o que o poeta quiser!

Inserida por luismateus

⁠Amor, desalento e solidão

Queria, quem já não me quer seu,
Que por sua vez não quer ninguém
E quem me quer eu rejeitei também
Por não ser de quem não é meu!

Quantas portas ao amor eu não dei!
De o querer, quantas se fecharam?
Quantas solas e aparas se gastaram?
Quantas poemas e ruas atravessei?

Mas que desalento chato e redondo,
Que se o tento cantar a um canto,
Ele não os tem, e eu lá vou pondo

Nós engasgados num calado pranto!
Não podendo ao amor cantar então,
Vou indo e dando, espaço à solidão.

Inserida por luismateus

⁠Amor é antítese

Amo-te porque não sei bem porquê!
Talvez este não sei das quantas amor
Nos veja como quem não sei como vê
Em nós, um vaso a casar c’uma flor!

Amo-te sei lá de que maneira e como,
Se as noites em que te quero amante
São dias em que não sei se nos tomo
Por coisa sólida ou por alarmante!

Amo-te assim e não sei por que raio
Te quero desta invulgar maneira,
Em que não sei se do amor ensaio

O hastear d'alguma bandeira!
Amor é antítese. O amor é assim:
Ora diz que não! Ora diz que sim!

Inserida por luismateus

⁠Borboleta iludida

Os teus olhos escondem diamantes
Nas retinas com olhares mortais
Que arremessam flechas ofuscantes
Como se fossem notas musicais!

A lua cheia, num mar de euforia
E eufórica rotação constante
Faz uma escura noite ser dia
E o amoriscado, coisa ofegante.

O coração, de cego, então insiste
No timbre perfeito, que não existe,
Como se o amor lhe desse a mão.

Mas tal como a borboleta iludida,
Que tão curto é seu ciclo de vida
Como o fado duma breve paixão!

Inserida por luismateus

⁠Deixe-me só

Uma verdade é cinzenta,
Outra verdade é cor de planeta;
Mas todas as verdades, desde o chão até o chão,
Não valem a verdade sem cor das verdades,
A verdade ignorante de como o homem costuma
encarnar-se na neve.

Quanto à mentira, basta dizer "quero"
Para que brote entre as pernas
Sua flor, que em vez de folhas brilham beijos,
Espinhos no lugar de espinhos.

A verdade, a mentira,
Como lábios azuis,
Uma disse, outra disse;
Mas nunca pronunciam verdades ou mentiras
seu segredo torcido;
Verdades e mentiras
São pássaros que emigram quando os olhos morrem.

Inserida por pensador

⁠Não dizia nada

Não dizia nada,
aproximava apenas um corpo interrogante,
Porque ignora ser o desejo uma pergunta
Cuja resposta não existe,
Uma folha cujo ramo não existe,
Um mundo cujo céu não existe.

A angústia abre caminho entre os ossos,
Remonta pelas veias
Até romper-se na pele,
Provedores de sonho
Feito carne em interrogação volta às nuvens.

Um roce de passagem,
Um olhar fugaz entre as sombras,
Bastam para que parta o corpo em dois,
Ávido de receber em si mesmo
Outro corpo que sonhe;
Metade e metade, sonho e sonho, carne e carne,
Igual em desenho, iguais em amor, iguais em desejo.

Mesmo sendo apenas uma esperança,
Porque o desejo é uma pergunta cuja resposta ninguém sabe.

Inserida por pensador

⁠Alguns corpos são como flores

Uns corpos são como flores,
Outros como punhais,
Outros como fitas de água;
Mas todos, cedo ou tarde,
Serão queimaduras que em outro corpo se engrandecem,
Convertendo em virtude do fogo uma pedra em um homem.
Mas o homem se agita em todas as direções,
Sonha com liberdades, compete com o vento,
Até que um dia a queimadura se apaga,
Voltando a ser pedra no caminho de ninguém.
Eu, que não sou pedra, mas caminho
Que cruzam ao passar os pés nus,
Morro de amor por todos eles;
Dou-lhes meu corpo para que o pisem,
Mesmo que lhes leve a uma ambição ou a uma nuvem,
Sem que nenhum compreenda
Que ambições ou nuvens
Não valem um amor que se entrega.

Inserida por pensador

⁠TIC TAC, ESTOU EM MEU PESADELO

Aqui de novo voltei, pra onde poderei ir desta vez? De novo não, não posso excitar em cometê-lo, esse poderia ser um enorme erro. Sem pânico, conte comigo, é uma fase, pensei, não há pra quê tanto exagero!

Meus pulmões se enchem, respiro fundo, nada adiantou. A lâmina me cortou. 1,2,3, eu deveria tentar outra vez? Não pensei, aí eu irei. Sangue, onde há um pano para me limpar? Aqui no quarto não há nada para me ajudar...

Estou no escuro, no mais profundo secreto, onde ninguém me vê. Ninguém sabe da situação, e se souberem será em vão.

Então é esse o fim? Eu realmente preciso estar aqui?

Não consigo olhar prós lados, estou com o olhar fixo prós meus pulsos ensanguentados, que horrível. Tic Tac. Com um impulso consigo larga-la mas não é isso que eu queria, você sabe.

Socorro, não consigo gritar nem dizer, o que me resta é esconder. É como estar mudo mas ouvir, ou até mesmo saber fingir sorrir. Mas o mais engraçado sou eu estando aqui.

Inserida por lh_martins

⁠⁠É hora de retornar
De recompor
De se dispor
E de ser decepcionado novamente

É hora de reiniciar a busca
Hora de olhar pro lado
Pro outro
Pra frete

Hora de não se apegar as lembranças boas
Hora de chorar e enxugar as lágrimas sozinho

Hora de limpar o peito, o coração e os pensamentos

Tome uma dose de esquecimento por dia
Fuja das chantagens emocionais
Pule as pedras do passado
viva

Não plante expectativa
mas acredite
nas pessoas
nos sentimentos

Não minta pra você
não se faça sofrer
se não agora ?
Quando será você mesmo?

O próximo minuto não é uma certeza
O anterior não define o próximo
você só tem o agora
E não, se não quiser não decida nada

ou decida tudo

você sabe exatamente o que quer?
Por que eu
sinceramente
não sei

perco em mim
não encontro em você
vivo procurando
um dia eu encontro

enquanto isso, vou vivendo

Inserida por LuisBatista

⁠(Sobre o uso do português como língua oficial nos países africanos)

Sem esquecer raízes o importante é valorizarem o português - que já não é a língua do colonizador mas, cada vez mais, dos descolonizados - como instrumento valioso na construção, unidade e progresso de cada um dos países africanos.

Inserida por PortoCroft

as palavras mais bonitas nascem-lhe nos olhos
como se fossem pétalas a soltarem-se da mãe
ou água a descer por rochas verdes e brilhantes

sonho deslizar-lhe um dia pela rigorosa curva
ou pela silhueta vermelha que sei existir-lhe
porque oiço a ousada adolescência quando fala

o seu aroma хвилясте transporta-me ao mar
eleva o desejo à longa potência do horizonte
desenrolando-lhe a nobreza da pele nos meus olhos
e sendo altar ou santuário ou templo da juventude

se lhe escrevo é porque me inspira pura voz e sorriso
é porque sobre o silêncio das aves cai o seu esplendor
é porque a sua ausência derrama insuportável ácido
é porque das palavras nasce um dos gemidos em que amo

Inserida por luis_abreu

⁠AUSÊNCIA

anoitece como se as estrelas caíssem
e os relâmpagos se apagassem sem trovões
como se nas veias me corresse ácido
e tudo se perdesse nos meus olhos

nem o brilho cristalizado pelo desejo
nem a angelical imobilidade dos lábios entreabertos
ou a memória das mãos no corpo
protegem da insónia e atenuam a ausência

apenas tento o sono depois de gritar o teu nome
sobressalto ou inquietação
tortura de pensar

silêncio
silêncio
angústia

Inserida por luis_abreu

⁠Observei, em relação às pessoas, que elas: Precisam mais de Deus do que de cura;
Precisam mais de Deus do que de sucesso;
Precisam mais de Deus do que de amigos;
Precisam mais de Deus do que de prazer;
Precisam mais de Deus do que delas mesmas!

Mas, vi que as pessoas buscam mais o que precisam menos.
Isso pode justificar muita aflição humana!

Inserida por Joacilluis

Nunca vi um filho que saiu de casa porque o pai lhe repreendeu e não regressou pra casa

Então se Deus lhe disciplinou também não é motivo pra deixar de fazer a sua vontade ou não sair de sua casa.

Os professores do ensino primário muitas das vezes nos repreenderam com vara e mesmo assim lá estavamos nós na aula seguinte prontos pra aprender e a se esforçar para transitar para classe seguinte que pelos vistos exige muito mais esforço para aprender a matéria que iremos encontrar que muitas das vezes são coisas que nunca tinham nos ensinados

Nunca deixe a repreensão ser um motivo de desistência

Inserida por AntonioPedroLuis

⁠São negras as salas da solidão.
Amarram a noite, mesmo que o dia bata à porta.
E ninguém chama pelo meu nome,
nem um aceno do lado de lá do medo.
Olho-me inexistente no mundo,
como um cadáver de alguém que por lá passou e terá partido.

E não deixou conhecidos,
nem ninguém que tivesse chorado a partida!
Um abandonado que só a solidão deu guarida.
Sempre fui um improvável na boca dos sonhos,
um eterno suposto do real.

Nunca o que quis de mim existiu,
morri sempre antes das últimas palavras,
padeci à beira das águas, junto à areia,
um quase em tudo o que partia de mim.

Nunca existi.
Nunca ninguém deu por mim,
e hoje sou filho oculto do mundo no berço da solidão.

Inserida por luis_ochoa

⁠Quem sabe amanhã
eu entenda
que o dia não precisa
estar sorrindo pra mim

Ele já é uma dádiva
Só por ser
dia

Que eu entenda minha tempestade
Que por mais intensa
frenética, confusa e enfurecida que for
sempre resultará em
aprendizado

Quantos amores de primavera, terminaram no verão?

Amores
Amados e vividos
Somados e subtraídos
Destinados a ser
sempre
lembranças

No fundo do meu copo
busco encontrar uma resposta
pro que nem tem questionamento acurado
E sempre que não encontro
completo o copo novamente

Cheguei as 08h00 da noite
Já são 06h00 da manhã
E meu copo ainda está cheio
Pura falta de encontro

A cada dose solitária
que desce na garganta
seca
uma discussão se inicia
internamente

A cada palavra pensada
um mundo de possibilidades

Vagamente me escuto
E sempre encontro
um motivo pra adiar
Me adiar de ser eu

De pensar como eu
De viver o eu
Totalmente eu

Ou será que estou sendo eu?

Em alguns momentos
não me sinto culpado
nem infeliz
parece que agi de conforme

E muitas vezes volto a me questionar
Mas será?

Será mesmo o benedito? Caramba
essas coisas só acontece comigo?

Não sei se sei,
se nada sei
se realmente duvidei
se senti

Só sei que da vontade
e quando mato a vontade
Me sinto culpado
Por parecer errado

Ué mas errado pra quem
se não me fiz mal
e nem a ninguém

Agora, se minha sinceridade lhe fizer mal
paciência
não tenho um coração indireto

Não me culpo
Por saber, que fiz o que tinha que ser feito
por não me arrepender

Inserida por LuisBatista

⁠Foram cinco meses de conexão,
com muita emoção e exigência,
você me ensinou a sonhar com paixão,
e me tratou com respeito e paciência.

Mas nossos sonhos se tornaram diferente,
e é hora de dizer adeus e partir,
e seguir cada um o seu caminho em frente,
sem mágoas nem rancores a sentir.

Não pense que eu te desprezo ou te odeio,
pois você foi muito especial pra mim,
mas o nosso amor se esvaiu como um veio,
e agora chegou ao seu triste fim.

pois fiz o que achei certo e necessário,
por meio desta me despeço
mas de ti não me esqueço,
isso é primário.

Inserida por LuisFreire

Foi por Caxias que perdi meu ar

Será que foi lá que fui me apaixonar

Nas subidas e descidas

Vi a moça da mais bela vista



Mas como aprendi

Boniteza não se coloca na mesa

Na eloquência da sua fala, percebi

Valores que refletem a sua nobreza.





Antes que o Alzheimer me domine

Nessa poesia venho eternizar

Como gostei de te conhecer

Mesmo que o não venha a te encontrar ⁠

Inserida por LuisFreire

Nessa vida de pendências
Pense mas com moderação
Lembre das consequências
Mas não morra do coração!

Vivemos sofrendo o amanhã
Sentado pro café da manhã
Na mesa deveria estar
Sem mexer no celular
A conversar com seu familiar
Mas presente nenhum está.

Por isso eu digo
Viva, meu amigo
a vida é feita firmemente
De um negócio chamado presente
O futuro nunca chega
E o passado atrás só se aconchega.

Inserida por luis_felipe_23

QUEDAS
Quando caímos e na maioria das vezes nos machucamos. Esperamos que alguém ao nosso lado nos ajude a ficar de pé outra vez.
Nos surpreendemos ao ver que a mão que nos fora estendida, nem sempre é de quem acreditávamos que assim faria.
Seja como for, e de quem for. Hoje sei que esta mão nada mais é que um instrumento usado por Deus para nos firmar os pés.

Inserida por luisvicthorino

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