Poesia Harmonia
Não tem jeito!
Tem dias que a gente acorda cedo
Com o coração apertado
Com os bolsos esburacados
Com a vida escapando pelos lados
Tem dias que a gente acorda alegre
Tem dias que os sorrisos se abrem como leques
Tem dias que ser feliz é leve
E tem dias que a saudade invade
Aperta, machuca e bate
E dias que a tristeza faz parte
E o vazio parece que nunca parte
Independentemente do dia ou do que se sente
Independente de ti, de mim ou da gente
Todos os dias precisamos ser valentes
Essa depressão não dura para sempre
Roma ao contrário é amoR
Como não percebi isso antes?
Porque sofri de forma tão constante?
Você foi, mas ainda assim você ficou.
No sorriso em meu rosto, nas mensagens que chegavam no bolso,
nas fotos da viagem, no ar da cidade.
Chorei é verdade.
Achei que me perderia na trivialidade.
Mas percebi um dia antes da sua volta que Roma muito me ensinou
sobre reciprocidade.
Me ensinou a ser paciente, a olhar pro que poderia ganhar mais a frente.
A perceber o que esqueci de perder antes de existir a gente.
Roma ao contrário é amoR e que tola eu sou.
Quando olhamos pra gente é que percebemos o quão somos ou não contentes.
Quando olhamos pra gente é que entendemos o que se sente.
A cada mensagem um novo aprendizado.
A cada foto uma nova particularidade.
A cada momento novas formas de encarar essa viagem.
Até que enfim a alegria chegou e parecia com você, tinha sua imagem.
Me abraçou de verdade, me deixou a vontade e eu percebi que Roma era mais que uma cidade era uma oportunidade para enxergar o meu eu de verdade.
Chorei novamente, mas dessa vez foi só saudade da gente.
Ainda hoje você me perguntou o que eu podia querer de presente
Eu tola, respondi que nada!
Que resposta errada!
Quero de ti tudo que não tem preço
Tudo que o dinheiro não pode comprar
Quero seus carinhos, seu toque, seus beijos
Quero seus abraços mais que tudo na vida
Quero seu sorriso ao me ver
Quero poder abrir os olhos e ver você
Quer te procurar a noite e te encontrar
Quero seu peito pra descansar
O que quero de ti é afeto
Sempre ouvi que boas pessoas só recebem em troca o afeto
Talvez por isso sempre quis ser uma boa pessoa
Porque sempre soube que não se pode comprar afeto
Não se compra carícias, beijos e abraços
Não dá para agregar valor aos sentimentos
Quero que continue a me abraçar a alma
Quero que continue a me ler os olhos
Quero que nunca deixe de mexer nos meus cabelos
Quero que nunca me deixe sem teus beijos
amor,dor, odio e rancor
todos querem brilhar
nas mais bonitas primaveras
muitos fogem do ódio
do inverno
todos querem ser felizes
poucos são os que aceitam suas dores
poucos não sente rancor
muitos fingem que não sentem
todos esses sentimentos
florescem nos jardins mais belos
todos eles morrem no inferno
ou no passar do inverno
quem diz que nunca os sentiu
assim como cristo disse
quem nuca sentiu
que atire a primeira pedra
Era você que rondava em meus sonhos,
tentando capturar um coração vazio
e ali ficar ouvindo seu ritmo descompassado
na melodia do viver por viver?
Era você, qual sombra silenciosa,
que seguia meus passos solitários nas veredas,
onde desviando de buracos mantive o rumo?
Era você a inspiração que surgia de repente,
levando-me a canção de todo dia,
onde além da existência, timbrei a alma,
fazendo acordes e coros inimagináveis?
Era você, sem dúvida, que com palavras doces,
sussurrava aos meus ouvidos com o vento,
trazendo mensagens sutis a desvendar
Você que do nada apareceu,
tornou - se cada vez mais presente,
cativando e se fazendo amar,
nesse tempo espaço,
onde um coração, o meu,
já se tornara peregrino
num deserto de si mesmo,
consolado, sem nada pedir
Mas, se sempre foi você,
um sonho perdido entre sombras,
revelando-se aos poucos
e apenas isso eu sei,
é por você que agora,
todos os dias renasço !
Neusa Marilda Mucci
Outono de um tempo qualquer
Há pessoas que nos faz confirmar que tudo nesta vida nos acontece por uma razão.
Nós aproximamos mais daquilo que somos e do que queremos para sermos mais felizes.
Percebemos que somos os resultados das nossas escolhas e o resto se torna apenas resto.
E quando achamos que estamos mais longe de tudo é que a vida nos mostra que precisamos estar cada vez mais perto de nós. Simples assim.
não perca a cabeça
tentando desesperadamente
achar um jeito de se salvar
quando você para de debater
é que começa a flutuar
era como um daqueles quadros que
te fazem querer chorar
minha mão na sua coxa esquerda
a sua mão sobra a minha
o carro subindo a rua
como se o destino fosse a lua
O coração ... a pulsar
O brilho... de um olhar
O encontro... e o despertar
O beijo... e o calar
O destino ... e a direção
A vida... e uma paixão
Pequenos Versos de Alice Raposo
era pra ser o que não foi.
e os sorrisos,
como meras maquiagens.
das quais estranhamente
mascaravam toda tristeza embutida.
"O mar me faz amar, amar o azul do mar
Azul que me faz lembrar, lembrar de teu olhar
É uma pena não te amar, mas continuo amando o mar."
tem dias que recuso a vida adulta,
mas tem dias que é inevitável não aceitá-la.
exagerado.
de dia em dia me refaço,
me reparto.
dor, mas glória.
QUADRAGÉSIMO QUINTO HEXÁSTICO
Toda imanência recrudesce
ao sentir a vida em potência
caos sagrado e profano nasce
no Sujeito-poema acontece
faz-se desejo de existência
no eterno retorno da mente
Disse-te que nasci um só
E que morri vários?
Ou nada te disse sobre
O desdobrar-se de mim,
Nesta teia de seres
Que cada dia cresce,
Sufocando o ser
Original que fui?
Que seres são esses
Que se agregaram a mim,
Imitando meus gestos
E minha voz, qual
Herdeiro de esquecidas
Memórias? Disse-te
Que hoje sou tantos
Que nem mais reconheço
Minha face envelhecida
Meu signo particular?
Quem sabe, nada te disse.
Não sei falar sobre o que
Desconheço. Mas posso sentir
Que alguns de mim
Estão morrendo. Outros
Tantos de mim se
Despregam dos contraditórios
Labirintos de mim mesmo.
Não sei onde começo,
Nem onde acabo. E outra
Dúvida se acrescenta:
Quando eu morrer
Qual dos meus eus estará
Sendo enterrado comigo?
E os outros, os que não me
Seguirem, continuarão
Vagando por ai, continuando
A expor o meu tormento?
Se eu te disse que nasci
Um só e que morri
Vários, foi porque o dom
Da vida se dispersou
Em mim, fazendo de um
Só poeta possível, um
Deserto permeado. Só os
Veros poetas nascem vários
E morrem um só, Eupalinos!
O livro-arbítrio
Morreu. Batem à porta.
— É o destino. Seja,
Ou o nome que os fados
Tenham. É inadiável,
Intransferível.
Confesso que estou cansado.
Sobretudo, de mim mesmo.
Se o telefone tocar digam
Que não estou. Quero ficar
Sozinho. Nem quero saber
O que se passa no mundo.
Até a fé na vida perdi.
Não me suporto mais.
Este conflito já dura
Demais entre eu e
Mim mesmo. Vejo
Que vivi uma vida de sonho
Num mundo de cães.
E se me observo melhor,
Percebo que estou latindo.
Minha casa volante
De vazio e sonho.
O trapézio em que
Me equilibro desde
O dia em que nasci.
A jaula das feras
Com que convivo.
Os palhaços que
Nos reproduzem.
Os domadores que
A nem todos domam.
As amazonas que
Não sabem amar.
O público que não
Nos vê e não aplaude.
Circo: círculo
Concêntrico desta
Roda viva
De purgação
E espera.
Mas se o circo parte
Fico ainda mais só.
És bela, eu velho;
Tens amor, eu tédio.
Que adianta seres
Bela, se a beleza
É coisa externa que
Não está no coração?
E minha velhice
Não te interessa
Já que, na vida,
Seguimos destinos
Opostos.
Tens amor, bem sei
É próprio da idade,
Que amor é
Tão somente impulso
Da natureza cega,
Para perpetuar
A miséria amarga
De nosso próprio
Infortúnio.
És bela, fui moço,
Tens amor, eu... medo.
O tempo é para sempre,
nós é que não somos,
por isso,
aproveitemos bem
cada segundo
que nos for dado
para permanecermos
neste belo,
e insano mundo
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