Poesia Bebê

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Qual é a utilidade de um bebê recém-nascido? (Respondeu quando lhe perguntaram qual era a utilidade de uma nova invenção).

Eterno é a flor que se fana
se soube florir
é o meninno recém-nascido
antes que lhe deem nome
e lhe comuniquem o sentimento do efêmero
é o gesto de enlaçar e beijar
na visita do amor às almas
eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo
mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força
[o resgata.

Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esporte, etc., mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e actividades são tragadas pela cobiça.

Karl Marx
MARX, K., Economic and Philosophic Manuscripts of 1844, from Marx and Engels, Collected Works, Vol. 3 Moscovo, 1975
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A árvore não prova a doçura dos próprios frutos; o rio não bebe suas próprias ondas; as nuvens não despejam água sobre si mesmas. A força dos bons deve ser usada para benefício de todos.

Os desejos humanos são infindáveis. São como a sede de um homem que bebe água salgada, não se satisfaz e a sua sede apenas aumenta.

O governo é como um bebê: um canal alimentar com um enorme apetite numa ponta e nenhum senso de responsabilidade na outra.

Desassossegados têm insônia e são gentis, lhes incomodam as verdades imutáveis, riem quando bebem, não enjoam, mas ficam tontos com tanta idéia solta, com tamanha esquizofrenia, não se acomodam em rede, leito, lamentam a falta que faz uma paz inconsciente. Desta raça somos todos, eu sou, só sossego quando me aceito.

Naturalmente, os bébés não são humanos. São animais e têm uma cultura muito antiga e ramificada, como a dos gatos, dos peixes e até das cobras.

Uma chuva forte irá cair

Eu vi um recém-nascido rodeado por lobos
Eu vi uma estrada de diamantes com ninguém nela
Eu vi um galho negro que pingava sangue
Eu vi uma sala cheia de homens com seus martelos sangrando
Eu vi uma escada branca toda coberta por água
Eu vi dez mil oradores cujas línguas estavam todas quebradas
Eu vi armas e espadas afiadas nas mãos de crianças
E é forte, é forte, é forte e é forte
É forte a chuva que irá cair

Bob Dylan

Nota: Trecho da música "A hard rain's a-gonna fall", 1963.

Olá eu chamo-me recém-nascido
Mãe diga-me bem-vindo
Porque me olhas assim com esses olhos pretos cobertos de rancor
Não me digas que não me queres
Não me digas que durante o embrião não me ansiaste
Mãe por favor ponha-me nos braços porque me negas
Porque por dentro mal me falas, o nosso laço umbilical ainda nos uni
Eu sou um recém-nascido pronto para viver conhecer o mundo amar e ser amado
Mãe nunca foi disso que eu de ti pensei
O meu sonho foi diferente mais porque!
Porque!!
O que adiantou me cuidares durante nove meses para agora renegares-me
Não mereço mãe, nada eu fiz para não ser feliz
Tenha-me….
cria-me…
para amanhã não te arrependeres ……

Da criança de cinco anos até mim, é apenas um passo. Mas do bebê recém-nascido até a criança de cinco anos, a distância é espantosa.


À sua espera

Estou grávida de trigêmeos.
Ainda estou com 6 meses.
Vem, meus bebês!
Tu és a razão do meu viver!
A mamãe ainda te ama tanto…
O melhor presente que recebi na vida foi vocês!

Círculo vicioso

Um dia, milhões de bebês choraram na liberdade uterina do milagre da vida: nasceram. Não vestiram seus corpos, não lhes calçaram sapatos nem lhes deram o conforto do seio materno, antes da posse do sonho infantil, foram rejeitados, ao rigor do abandono.

Um dia, mãozinhas trêmulas, inseguras, sem afeto, bateram na porta do vizinho, procurando abrigo. Não havia ninguém ali para oferecer afeto nem portas havia na pobreza do lado. O menino escorregou na direção da rua.
Um dia, a criança anêmica foi eleita à marginalidade da escura noite e disputava papelões e pães no lixo do depósito público. Aos tapas, cresceu como grão perdido no vão das pedras, sem a mínima possibilidade de sobreviver: sem teto, sem luz, sem chão.

Um dia, o adolescente esperto teve alucinações de vida e o desejo de conferir a sociedade: candidatou-se à luta amarga do subemprego. Alvejado pela falta de habilitação, foi condenado como vagabundo, recebendo etiqueta oficial de mendigo.

Um dia, o adulto desiludido, amargurado, sem emprego, sem referencial, saiu à procura do amor. No escuro, mas cheio de esperanças, foi colecionando portas fechadas pelo caminho. Sem Deus, sem nome, sem avalista, sem discurso, acreditou no “slogan” das campanhas sociais.

Um dia, o menino mal nascido, mal amado, mal educado, não soube cuidar do filho que nem chegou a ver. Não ouviu seu choro. Imaginou apenas que, após nove meses de duríssima gestação, alguém brotara de um rápido encontro, irresponsável, assustado e vazio que sempre ouviu dizer que se chamava amor.

Ser Mãe

Deixei a natureza transformar-me
Com todas suas leis
Tive o prazer de sentir um bebê no meu ventre
Chorei na maternidade,
Troquei fralda,
Passei noites acordada,
Desfrutei a sensação de amamentar,
Ensinei a comer,
Ensinei a andar,
Chorei no primeiro dia de escolinha
Talvez tenha deixado algumas pessoas de lado,
Talvez não tivesse tempo para dar atenção para as amigas
Pode ser que me relaxei um pouco com minha aparência
Ou quem sabe não tive nem tempo para pensar nisso
Pode ser que deixei alguns projetos pela metade
Ou talvez porque não conciliava com meu horário familiar
Momento algum joguei nada para o alto
Na verdade segurei com as duas mãos
Tudo o que vi cair do céu
Porém permiti
A mão de Deus me tocar
Para ser uma verdadeira mãe

Bom dia, neném!
Bom dia, meu bebê!
Bom dia, minha princesa!
Bom dia, minha deusa!
Bom dia, minha dama!
Bom dia, minha kundalini!
Bom dia, bom dia, bom dia!
Meu amor, que seu dia seja claro, limpo, puro, saudável, incrível, alegre!
Que seja marcado, para que possa ser relembrado, com momentos tranquilos e de muitos sorrisos, alegres, alegres, que haja paz, que haja carinho, que haja respeito, que haja saúde, que haja sinceridade, que haja gratidão, que haja amor, que haja amor, que haja amor, amor, amor, amor, amor, 70 x 7000!
Bom dia, te amo!

Provo teu gosto em silêncio
Como quem bebe o luar
No proibido da noite
Não tive medo de amar

Provo teu corpo num sonho
Deste que ardem por dentro
Guardo comigo, em silêncio
O próprio gosto do vento...

Eu preciso de você na minha vida,
Por favor, bebê, não vá mudar de lado,
Eu juro que aqui é onde você reside,
Por favor, não jogue seu amor fora

O homem sábio sempre aprende com o passado que teve
Aquele que produz veneno fatalmente bebe um pouco dele

Filipe Ret

Nota: Trecho da canção A Margem Me Chama.

Não, ela não era tola. Mas como quem não desiste de anjos, fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas e happy ends cinderelescos, ela queria acreditar. Nunca, jamais diga o que sente. Por mais que doa, por mais que te faça feliz. Quando sentir algo muito forte, peça um drink.

Quando nascemos de novo, somos todos bebês, e não crentes maduros; e os bebês precisam de muito amor e paciência.