Poemas sobre a Seca

Cerca de 1045 poemas sobre a Seca

Qual gotas de orvalho na seca
Temperança no desespero,
Luzes na escuridão,
As doces lembranças que ficam
Trazem Paz ao coração.

Desci o vale encantado do teu corpo.
Com o meu corpo a arder.
Como arde a madeira seca numa fogueira.
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Brota.

O nordestino e o seu valor
na enxada não se cansa
na seca, na fome, na dor
na lágrima de uma criança
mas quando brota uma flor
também brota a esperança.

Philia

Amor é ferida seca;
É olhar quem vive
com os olhos partidos.
É um querer sem querer
alguém que existe,
perto e distante
a cada pensamento.
É um breve contentamento
da alma que mais sofre
do que ama,
que mais morre
do que vive.
É um suspiro
do corpo,
que exaurido em pranto
pensa inconscientemente ser brando
o sentir que mais se sente
e não se pensa.

“Ansiedade”

Minhas mãos úmidas
Alerta a seca dentro de min
Alerta o que não veio
Desperta o que esta por vir

O estomago murcho
Procura soprar o incapaz
Procura inspirar algo mas

Algo como um trevo ou uma sorte qualquer
Que escute uma pequena surdes ou que me traga a paz mais uma vez.

⁠Boca seca ,
coração acelerado ,
Sinto a cada segundo a esperança se esvair ...
Uma tristeza tão profunda toma conta de mim ,
Me perco em lágrimas que insistem em molhar meu rosto ...
O que eu estou fazendo !? Me pergunto ...
Nunca foi de direito meu cobrar algo
Se não partilho do mesmo sentir , a dor então é só minha ...
Desespero insano ,
Medo de não ter tempo ,
De não conseguir ter , da maneira que idealizei
Medo de ser esquecida
De que tudo tenha sido em vão
Por um instante fecho os olhos e peço,
Que parem com essa dor ,
Que se acabe logo com isso
Que me falte o ar , eu não me importo mais ...
Egoísmo de minha parte !?
Vivemos em um mundo onde os valores são totalmente invertidos,
Amamos quem nos apunha-la
E damos as costas para quem mais nos amam...
A sensação de querer arrancar o coração com as próprias mãos , não é bem vinda ,
Tamanho desespero que causa esse tipo de reações...
Com quem falar !?
Quem ajudará !?
Alguém que possa secar minhas lágrimas e dizer que vai ficar tudo bem !?
Em um mundo perverso desse , estamos sozinhos a todo momento ,
Por mais que estejamos rodeados de pessoas , são pessoas frias , sem coração , sem amor ao próximo e sem compaixão...
Seria egoísta eu , querer parar !?
Seria egoísmo não estar suportando mais a dor !?
Não...
Não seria !
Além de tudo , não ousariam em chegar e dizer ...
Só quero que tudo se acabe de uma vez !
Daqui... não farei falta alguma !

**CL

RIQUEZA DO SERTÃO

Nordeste de lampião
Terra seca e Juazeiro
Cuscuz tripa e buxada
Canta galo no celeiro
Rapadura com farinha
No meu sertão forrozeiro

Piche na Praia.

O nordeste é supremo
mas foi feito de cobaia
a seca chega ao extremo
dizendo que o povo saia
o barco perdendo o remo
e ainda vem um fiii do demo
jogar piche em nossa praia.

⁠HAVERÁ REZA
.
O tempo seca a garganta do velho
que conta histórias pra sobreviver
- A vida é cega, meu bom amigo!
Dou-te um pouco de luz, se tu me deres abrigo.
.
É na sarjeta que o tempo atravessa ,
com seu punhado de pressa ,
seu terço de esperança ...
Levando Deus na conversa.
.
Onde estiver, haverá reza.

⁠Minha voz está estranha
Rouca
Falhada
Seca
Talvez seja meus gritos
Ou a falta de uso deles.
Tenho arame farpado na garganta
Pregos nos lábios
Você consegue ouvir meu pedido de socorro?
Consegue?

Deixe o tempo nas mãos de Deus
Tudo que Floresce um dia seca
E o amor que habita no ser humano
Ficará guardado nos pensamentos
Daqueles que florir a cada primavera.

ALVORADA NO CERRADO (outono)

O vento árido contorna o cerrado
Entre tortos galhos e a seca folha
Cascalhado, assim, o chão assolha
No horizonte o sol nasce alvorado

Corado o céu põe a treva na encolha
Os buritis se retorcem de lado a lado
Qual aceno no talo por eles ofertado
Em reverência a estação da desfolha

Canta o João de barro no seu telhado
É o amanhecer pelo sertão anunciado
Em um bordão de gratidão ao outono

A noite desmaia no dia despertado
Acorda a vida do leito consagrado
É a alvorada do cerrado no seu trono

Luciano Spagnol
Agosto/ 2016
Cerrado goiano

DENTRO DA TARDE

A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
Cheia de melancolia, deita o fim do dia
Sobre cabelos de fogo tão encarnado
Do horizonte, numa impetuosa poesia
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado

O mistério, o silêncio partido pelo vento
No seu recolhimento de um entardecer
Sonolento no enturvar que desce lento
Do céu imenso, aveludado a esbater
No entardecer, seco, frio e, sedento

Perfumado de cheiro e encantamento
Numa carícia afogueada e de desejo
Seca e fria, a tarde, tal um sacramento
Se põe numa cadência de um realejo
Numa unção de vida, farto de portento

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

⁠Louco, louco o mundão é tenebroso
O espírito abatido seca até os ossos
A gente mata, a gente morre, por histórias que distorcem
O inimigo não tem dó, até embarca nesse corre.

A gente acorda pensando além de dormir pensando...
Recebe em troca uma resposta ríspida, seca....
Assim eu vivo tentando te conquistar em vão!

Inserida por Liebenschaft

Folha seca no vendaval
Sempre igual, normal
Ora bem, ora mal
Diário escrito semanal
Baixo estima, alto astral

Como seus ouvidos pudessem respirar
A melodia se encaixava como areia e mar
Trilha sonora da solidão
Fone de ouvidos cala a multidão
Sob o céu cinza prata
Sob o chão cinza chumbo
Sob rejeição e criticas
Erga a cabeça, ninguém nasceu pra ser vitima
Apanhei, cai
Levantei, eis me aqui

Tico e teco batem sem coordenação
Tic tac rouba minha atenção

Inserida por brunoleitao

Meu sertão em seca

Em meados de outubro rosa
A seca "agunia" o sertão
A paisagem cinzenta domina
Os pássaros cantam, mas é um canto triste
O coaxar dos sapos não existe
Falta água, falta vida, falta alegria

Inserida por DanielRicarte

Ainda que seu coração esteja rachado pela seca dos desafetos.
Ainda que ele esteja inundado pelas muitas lágrimas que derramastes.
Ainda assim, semeie sorrisos e perdão.
Da terra seca pode brotar força, das muitas águas pode jorrar esperança.

Inserida por sl44

Sulcos

Por entre as sementes que planto e cuido
Procuro raízes que penso fincar
Mas vem a seca e teima em matar
O fruto que pensei colher

Em meio à plantação
O mato cresce sem distinção
Abafando meus sonhos semeados
Na terra que arei com tanto cuidado

Os sulcos do solo
Se confundem com minhas rugas
Ambos criados sob o sol escaldante
E de péssimas aparências

Sou princípio do mesmo chão
Que aguarda mansamente por mim
E cava sulcos sem distinção
Em mim e no chão

Chão esse que há de me engolir
E para sempre me silenciar
E quem sabe, com sorte, fazer de mim
Adubo de minhas próprias sementes


(Nane-10/11/2014)

Inserida por Nanevs

Olha bem la no fundo... olhou? Secou bem? Seca mais, pois ainda há tempo cambada de m.... inexplicável a sensação de levitar com essa camisa... Flamengo e tudo que os outros gostariam de ser... Posso perder tudo menos o amor q sinto por ti mengão.

Deixa eu comemorarrrrrr
Lucca Papai te ama muitoooooooooooooo

Inserida por sadekf