Poemas e Poesias

Cerca de 59432 poemas poesias Poemas e Poesias

Derramar

O amor é como um copo:
Se muito cheio, derrama
Para o copo, uso medida
Para o amor, transbordo
E sempre peço
Mais um copo

Inserida por jeancarlobarusso

Disputa

Hoje disputei com o céu
Quem faria a maior chuva
Ele ficou todo escuro
Apelou, jogou sujo
Mas seus raios e trovões
Não eram maiores que minhas decepções
E para seu espanto
Sua tempestade foi garoa
Perto de meu pranto.

Inserida por jeancarlobarusso

Tarda, mas não falha.

A saudade é canalha
Machuca e afaga
Nos pega e não larga
Tarda, mas não falha.
Chega e estraçalha
Pisa, esmaga
Tem alma amarga
Mas é dor que me valha.

Inserida por jeancarlobarusso

Diminuta.

Eu sustenido,
Você bemol.
Encontremo-nos em um tom,
Seja Lá ou cá,
Talvez em Sol.

Eu maior,
Você menor.
Será minha terça?
Procuro-lhe nas escalas
Por favor, apareça!

Eu grave,
Você aguda.
Nota que eu não encontro.
Talvez diminuta
Ou nota muda?

Inserida por jeancarlobarusso

Chama

Chama
Que eu vou
Chama
Que aquece
Chama
Que eu sou
Chama
Que queima
Chama
Não vou
Chama
Que apague!
Chama
Não ouço
Não chama
Esquece

Inserida por jeancarlobarusso

Ventania

Lá fora
Venta
E inventa
E agora
Enfrento
O vento
Que venta
E inventa
Lá fora.

Inserida por jeancarlobarusso

Amor literário

Somos palavra.
Ora somos hiato,
Ora ditongo.
Sou consoante.
Ela, semi(nua)vogal.
Fazemos elisões
Isolados entre parênteses.
Nossa vida é conjugar-se,
Tornar-se verso.

Inserida por jeancarlobarusso

Sustentabilidade

O mundo é insustentável
Produz em grande quantidade
Muito mais do que se come
Grande parte perde a validade
Enquanto muitos passam fome

Inserida por jeancarlobarusso

Bem-me-quer

Colhi uma flor no jardim
Ela relutou e nasceu em meio ao capim
Mas não poderia entregá-la assim
Tirei-lhe todas as pétalas malmequer
Para que, ao cair de cada pétala,
Saibas o quão-bem-te-quero.

Inserida por jeancarlobarusso

Leve

A um bando me juntei
Por fim...
Voei.

Desprendi-me
Nas asas poéticas
Que criei.

Vai poesia
Rufle seus versos
Iça o poeta
Ás nuvens da inspiração.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Ausência de corpo presente

Indiferentes, dançavam a pavana,
Enquanto o tempo dócil se evadia,
Sufocados na fumaça de havana,
Na corrente que a vida esvazia.

O grupo, que a angústia despistava,
Exangue e desprovido de ideal,
De Moscou, Pequim ou Bratislava,
Vivia o seu próprio funeral.

No quarto de estátuas, salpicado
De tédio agudo, expressão final,
Estavam lá, sem nunca ter estado,
Reféns de uma coluna social.

O denso vazio da conversa
Estampa o ócio na fisionomia.
A sarabanda que atrai, perversa,
Nos cérebros sem uso, a apatia.

Esperanças, na entrada abandonadas,
Procuram a lembrança passageira
Das ilusões sempre acalentadas
No vácuo da mente hospedeira.

Ganhar batalhas sem ganhar a guerra,
Tragados por insossa calmaria.
E descobrir que entre o céu e a terra,
Há mais que uma vã filosofia.

Não há revolta nem ressentimento,
Nessa desordem quase vegetal,
Mutismo sela o arrependimento
No leito de Procusto sideral.

A densa bruma altera o semblante.
Escravo é da verdade o corifeu.
A voz do coro congela o instante:
Baldada a morte pra quem não nasceu.

Prisões cósmicas são o cruel destino
De ilusões no limbo da razão
Fica a procura: mero desatino.
Da finitude, singular refrão.

Resume-se, ó mundo putrefato
Do anódino, do vil, do rotineiro,
Na ignorância deste simples fato:
Entrega vale, se for por inteiro.

Inserida por celsocolunista

E.mail

Escrevo-te este e.mail simples, amor meu
Porque hoje acordei com saudades tuas
Nas entrelinhas um pouco do poeta plebeu
E muito de minha alma em versos ingênuos
Para dizer-te de emoção
Cantar-te o quão forte continuas
Na minha vida, no meu coração
Que queria ouvir de ti novamente:
-meu bem
Mesmo que por ligação
Pois você é amor que detém
Que domina a razão
Só você faz o meu poetar ir além
Portanto seja novamente parte desta canção.
Assinado, este que do teu amor é refém.

Inserida por LucianoSpagnol

DUALIDADE


Mergulhado no universo
Sigo o caminho inverso
Ao que iria por instinto
Ao ver seu olhar perverso

As rosas com seus espinhos
Nos mostram que há caminhos
Em que as vezes grande beleza
Também pode nos ferir

A erva que cura, mata
A água que lava, suja
A vida pode ser grata
Ou se fazer muito injusta

Depende de como vê
Qual é o ponto de vista
Experimentar o viver
Ou passar como uma faísca

Inserida por BrendaCalbaizer

Essa é a nossa vez
Minha chance de fazê-la feliz
Quero sentir enfim
O calor de ter você assim.

Porém, talvez
Isso deixe uma cicatriz
Mas isso não vai impedir
De querer tê-la só pra mim.

Não tenha medo
No mais já não é um segredo
Todos vão lhe fazer falar.

O nosso amor
Sem grande temor
Vai se eternizar.

Inserida por MatheusCosta1502

⁠PRA VOCÊ
Um dia eu sonhei
contigo até imaginei
fiquei a pensar,
pensei em nós dois.
Por que razão a saudade
me faz lembrar
de você um sorriso
que me faz sorrir
a vida até hoje não compreendi.
Procuro entender o que eu não sei
não digo que não senti
pois o coração bateu
mundos diferentes o teu e o meu
E eis aqui o sonhador
que um dia te chamou de amiga,
um dia na vida, confesso a minha ilusão,
te chamei de paixão!

Inserida por f1colombo

⁠Ah, o amor,

é assim tão previsível
todo mundo pode ver,
quando você ama
não se engana,
não se engana.
Ah, o amor,
o que muitos querem ter
não é fácil encontrar
mas quando você ama
não se engana, não engana.
Ah, o amor
não se canse de esperar
mesmo que ele não chegue
continue a procurar.
pois quando você ama
não se engana, não se engana.
Só, o amor,
Faz a vida florescer
Dá beleza ao por do sol
E sentido ao amanhecer
pois quando você ama
não se engana, não se engana

Inserida por EvandoCarmo

⁠⁠Meu cantinho escuro

Esses dias achei meu cantinho
Bem apertadinho porem quentinho
É pequeno sim, do meu jeitinho
Fica bem perto do meu quarto, no fim do corredor
"Oque cabe ai?" Cabe eu aqui "Não vai sair?"
No mas! Este lugar é pra mim

Eu senti mas não muito, o frio
E hoje acostumo com meu cantinho
Ele na verdade e o quartinho
Gosto daqui e escondo nele o que vi

"Verdade" , "Mentiras"
"Paixões" , "Intrigas"
"Medo" , "Tristeza"
"Felicidade" , "Clareza"

Guardo aqui para depois reler
Meu cantinho em volta guardo Fantasias
No meu cantinho de dentro
Rabisco entrelinhas

"Passado, Presente, Futuro"
"Memórias, Lágrimas, Risos"

Guardo tudo no meu cantinho~

Inserida por AkireJL

⁠Perfume

Quero sentir aquela única noite,
Com as luzes vibrantes,
Que nos refletiam na parede,
Quero ter a realidade dos sonhos,
Viver o calor real,
Quando os corpos se juntam,
Passaram-se dias,
Correram-se anos,
Nunca mais nos encontramos,
E meus pensamentos voltando,
Como déjà vu de emoções,
Indescritível,
Inesperado,
Intenso,
Guardo naquela rosa,
O aroma da lembrança,
Num vidro blindado,
Um frasco de cheiro,
O perfume cuidado,
Do que restou do romance,
Sua essência,
Que se impregnou em mim.

Inserida por netomontana

⁠Juntos ou um só?

O talvez venha acontecer
O porque já aconteceu
Tanta coisa assim vai passando por mim
Num instante já cresci!

Hum! Tenho que pensar direito
Nessa sociedade de direitos
Se, se é só num coletivo
Ou se são juntos num só?

Porque sempre tenho uma pergunta pra fazer,
Ainda o tempo vem, e a reposta ninguém tem.

Tudo a minha volta gira num carrossel
Há tantas estrelas lá no céu
E eu não alcancei nenhuma
Fiquei roendo às unhas!

Hum! Tenho que pensar direito
Nessa sociedade de direitos
Se, se é só num coletivo
Ou se são juntos num só?

Tentei uma carona com a lua
Mas, acabei ficando no meio da rua
E de repente apereceu uma serpente
Mudando o destino da gente

Ninguém é ileso ao perigo
Embora tenha os carabineiros
O meu abrigo é meu umbigo...
Porque é um por um, quando se é um!

Hum! Tenho que pensar direito
Nessa sociedade de direitos
Se,se é só num coletivo
Ou se são juntos num só?

Inserida por marialu_t_snishimura

Nem a morte valeria

Hoje eu poderia morrer, morrer pra te punir
outrora já pensei que minha morte
seria também morte para ti.

contudo, agora não é bem assim,
creio que nunca fui tão importante
como erroneamente imaginei
não vejo mais paixão nos teus gestos
nem desespero em tuas reações
quando sofro a angústia mortal do abandono.

há um egoísmo cruel em tua liberdade recente
quando por amor te dei alforria
não tenho mais parte contigo em teu paraíso
nem no teu inferno.

e aquele encanto do amor da juventude
inexoravelmente se apagou
como estrelas na eternidade cósmica
no apogeu vigoroso do meu querer, da minha empatia,
hoje não somos nem metade do que fomos um dia
mesmo se poeta eu fosse, como Dante, jamais saberia
descrever a tua atroz indiferença em poesia.

Inserida por EvandoCarmo

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