Poemas e Poesias

Cerca de 59432 poemas poesias Poemas e Poesias

⁠O BEIJO (soneto)

Adoça-se-lhe os lábios, num afago preciso
E adelgaça-se o olhar em magia verdadeira
De amor, do meu amor, em aflante sorriso
Como para lambear a satisfação por inteira

Esvoaça-lhe o perfume pelo ar num paraíso
De prazer, de amparo, aquecidos na lareira
Do coração, desviando da alma o sério juízo
E alucinando o sentir como a paixão queira

Ternura melhor, a poesia, o maior instante
Meu firmamento ao luar e doce imaginação
E do querer, mais, foste o mais importante

Nesse louco vagar, de carícia e de emoção
Cada gesto, sensação, o toque no ir avante
Teu beijo no meu beijo se fez poética razão!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/07/2020, 07’02” – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Tem pessoas que
são passagens só de ida.
Depois que você conhece,
nunca mais volta ser o mesmo.

Inserida por ShandyCrispim

A vida é simples
De uma ternura requintada
No brilhantismo da estrela d'alva
Serenando o horizonte da madrugada.

A vida é requintada
Pelo sabor das iguarias da dona de casa
Na poesia do boiador que invade
Os campos poetizados de saudades

A vida é abençoada
No terço desbulhado de piedade
No "Deus me livre" do pecador inocentado
Nos benditos das beatas do rosário

A vida é uma fascinação
No melaço das abelhas sem ferrão
Dá água gelada em alumínio ariado
No beijo acerteiro dos enamorados.

A vida não é ilusão
Nas mãos que arrancam legumes do chão
Na bravura de Maria queimando o carvão
No suor de meio dia esperançando o trovão.

A vida seu caba é o hoje de um agora mais não.

Geraldo Neto

Inserida por gnpoesia


SIM, POETA...

...Em dias bons sou poeta...
Em dias maus sou poeta...
Em dias, apenas dias, sou poeta...
E sou poeta...
os dias não contam...
O poeta sou eu...
...Os dias são meus.
Só poeta por trás dos vidros
das janelas...
no rolar grotesco,
empurrado penhasco abaixo.
E para a calmaria em que a alma
escorrega silenciosa...
E quando mais nada houver
embaixo dos tapetes...

Inserida por Ioneida_Braga

⁠Sim...Quem sabe...

Quem sabe.
Onde nasce a estrada
que traz a madrugada,
tão longa,
onde começa
a escuridão.

Quem responde,
se os monstros são reais,
todavia, se sim, não são iguais
aos monstros de minha imaginação.

Versos lindos, imaginados,
elfos, duendes, lendas, jardins,
noite estrelada, corações apaixonados,
ainda puros, guardados estão.
Esses que me rasgaram a alma
avessos são ...
E quando tiverem os braços abertos,
versos apenas serão,
os excessos do coração.

O meio da tempestade,
o último grito do navegante,
o barco que vira na cerração...

Inserida por Ioneida_Braga

⁠Não há nada pior
do que a fofoca
pessoas falando sem saber
o que na mente se entoca

Falam porque ouviram falar
algo que nem conferem
e começam a esparramar
boatos que a outros ferem

Cada um aumenta um ponto
e a história se propaga
de um jeito até maroto
cresce como se fosse praga

Fujam dessas pessoas
que parecem maritacas
nada tem de boas
só línguas afiadas como facas

Inserida por neusamarilda

⁠Aonde eu vago pelo mundo redondo
Daqui um minuto você vai embora
e eu não vou mais estar lá
porque a locura da vida vai me levar de novo a outro lugar
por favor não me esqueça
eu sei que a gente ainda vai se encontrar
e você vai se lembrar
vai lembrar que um dia
eu já te mandei te ferrar
então no fim
no fim
a gnt se reinventa

Inserida por Umalguempensativo

⁠Deus me fez aprender


Eu lhe pedi paz,
Ele me deu conflito
para que eu conseguisse a paz.
Clamei por alegria
e Ele me deu momentos tristes
para eu poder entender
o real motivo de uma alegria.
Roguei por amor
e Ele pois no meu caminho
inimigos para eu amar...
Pedi, pedi tanto para eu ter paciência
e Ele me concedeu adversidades
para eu aprender a ser paciente.
Pedi sabedoria
e Ele me fez cair e levantar
para eu ser sábio.
Esse poema não parece poema
por não ser rimado.
Mas é um discernimento que lhe passo
de que Deus não lhe dará nada
se não por maus bocados.

Inserida por Machadodejesus

⁠Paraíso de Tupã


Saia da casa grande,
Em busca de comida,
Na travessia do mato.
Chegava ao terreno
Pantanoso.
No Rio de muitas curvas.
Onde as garças brancas,
Planavam em volta das
Lagoas de jacarés.
Refazendo a travessia;
Só tirava da natureza
O que trazia. E o que
Precisava para cuidar da família.
De coração agradecido.
Minha prece a Tupã fazia.
Sabia que morava no paraíso.
E nada que vinha da natureza
Esse tupi temia.
Estava no vale. No Vale do Paraíba.
Marcos fereS

Inserida por marcosviniciusfereS

⁠" Não preciso de um trabalho
gosto mesmo é de dar trabalho
e nem empresário sou...

Inserida por OscarKlemz

⁠Muitas vezes,
nada mais sou,
apenas e tão somente
uma nota solta,
duetando junto ao vento,
tentando ser canção
A vibrar quase em surdina,
quase não mais ouvida
e nessa melodia fatal,
deslizando pela partitura da vida
sou um réquiem
com receio da nota final...

Inserida por neusamarilda

⁠E agora ?
Assim perguntava a menina para a sua mãe. Isso era rotina, a qualquer problema ou dúvida, ela corria para a saia da progenitora, pedindo ajuda, mesmo que fosse apenas um sorriso de aquiescência ou pela graça do fato. Nem sempre obtinha respostas, mas tentava, sem saber que a cansada mãe não sabia tudo. Cresceu e aprendeu muita coisa por conta própria, experiências boas e ruins a fizeram entende melhor a vida. Este é o caminho - abrir as asas e voar sozinha - enfrentando tombos e sequelas, mas tendo o porto seguro na hora do pouso: o colo da mãe.
Saudade da minha que foi embora há pouco tempo, está em paz e sei que se eu tiver tropeços, ela ainda tem um sorriso maroto como a dizer: filha, bem que avisei...


Direitos reservados

Inserida por neusamarilda

⁠Não gosto de insistência
muito menos dualidades
fico longe de indecências
fujo de contrariedades

Inserida por neusamarilda

⁠QUE COISA PASSEI NO AMOR

Nosso amor era lindo.
Era tipo o soneto do Camões.
E que nenhum compositor compôs!
Nossa romance fazia inveja ao povo,
Você era apaixonada por mim,
E eu até hoje sou por tu...
Não sei o que deu em você:
Que me fez de Bentinho,
E você se tornou a Capitu.
Você dizia pra mim que se
No céu houvesse casamento,
Você casaria comigo novamente.
E eu acreditei nisso.
Só que amar, cada um ama diferente.
O seu amor por mim era uma caricatura de um poeta pintor,
Que com o passar dos anos a tinta desbotou.
E agora veio outra caricatura e lhe pincelou...

Inserida por Machadodejesus

"Tenho uma vida maravilhosa
O que mais pedir?
Nada!
Mas por incrível que pareça se toda água do oceano caísse sobre minha alma
não preencheria nem uma simples parte do meu ser, toda essa agonia é no fundo minha dor, que se faz minha alegria"

Inserida por AliceLispaca

⁠Lagarteando
“Casei
Engrandeci
Achei que era eu
Dona de meu nariz
Agora
Senhora
Dona das minhas horas
Só eu não sabia
Que neste ensejo
Era outro fruto”
Aprontei-me, modifiquei o tom de voz para cara metade, dona do
mundo, de mim, dos outros em meu caminho.
Acima dos conselhos, arrastando outro sobrenome que nunca residiu em meu nome e escolhi:
– Qual carne, senhora!? Filé, contrafilé, alcatra, coxão-mole?
Pensando: ”coxão-mole jamais, nunca...”
– Que é isto aqui?
– Lagarto senhora.
– Tá bonito. Quanto pesa?
– Dois quilos.
– Pode cortar em bifes de um dedo de espessura (cara-metade gostava).
Pronto, dei ordem, criei coragem. E o pior, ele obedeceu,vendeu e eu comprei a idiotice.
Aprontei a mesa, taças com haste longas, toalhas de linho, porcelanas dos antepassados, purê de batatas com queijo roquefort à luz de velas.
Frigideira ao fogo, azeite espanhol para fritar e os bifes de lagarto, com um dedo de espessura enrolaram como orelhas.
Comemos só purê com vinho tinto, culpei o açougueiro e o cachorro passou bem.
As velas derreteram, me envolvi no calor de apaixonar.
Minha sogra não viu, e nesse andamento, não revirou meu lixo. Sucesso apaixonado e estendi minha receita com proveito.
E o dia alvoreceu em paz.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠A perversidade
Tinha ido ao mercado naquele dia para comprar balangandãns e trama para enfeitar-se no dia do casamento.
Andou,procurou,escolheu e se adornou das melhores peças. Chamaria mais atenção do que a prometida.
De volta para casa notou-se seguida por uma mulher vestida de cinza, de olhos devoradores.
Esgueirou-se pelas paredes curvilíneas da circunferência das ruas, onde as corujas já confabulavam com o anoitecer.
O medo apertou e, na soleira iluminada da porta de alguém desconhecido, parou dominada pelo receio.
O imaginar derramou e observou a rua pacata corcoveando solitária nas sombras do crepúsculo.
Apressou seu caminhar agarrada às suas compras.
A lua iluminou seus passos e avisava que as horas se passavam apressadamente.
Urgiam, latejava em sua aura o temor.
Avistou sua moradia e mesmo atrasada seu coração aquietou-se. Chegou, pôs a chave em casa, entrou e ela apareceu entre as grades do portão vestida de cinza, de olhos vorazes, se ofereceu com voz macia.
Sua presença imaginária anunciou:
– Esqueceu-se do perfume senhora.
– Não quero mais nada, já basta.
– Nada é falta, compre minha essência.
E ela comprou a profundeza dos cheiros.
No dia prometido perfumou-se de ausência e madrugou morta.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠O medico e o escritor
Era uma vez, na perdida do tempo, se encontraram o médico e escritor.
E na lasca do destino sentaram-se juntos e formataram uma prosa.
E no dialogo, ao findar da noite, perguntaram-se:
– Me esqueci, o que você faz mesmo? O outro respondeu:
– Eu curo os defeitos do homem, sou médico.
– Você cura o quê?
– Os enfermos.
– Quais enfermos?
– Enfermos do corpo, os do espírito somente Deus cura. E você, o que faz?
– Eu escrevo o pensamento do espírito, a ilusão, palavras de sentimento, a percepção das pessoas perante a vida.
E o médico diagnosticou:
– Então, concluindo, somos todos enfermos! Eu vendo o diagnóstico e você atravessa com palavras de consolo.
– Não, doutor. Deus nos criou perfeitos, a concepção nos fez imperfeitos.
– Então, para ser medico também tem que ser escritor. O literato respondeu:
– Há várias formas de cura, a física e a espiritual.
– Então o que nos une no mais profundo?
– A dor é o que nos prende. Você, médico, acalma e silencia esta dor. O escritor roda no escrever sobre o caminho delineado do existir. De onde “derivou” a dor, as expressões enfermas, a “trajetória agonia” do quotidiano que gera toda a moléstia.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠ Morta

Eu sonhei com você
Mas você não existe
Tem sua cara quadrada
Mas
Possui minhas palavras
Tão sonhadas
Sonhei profundo
Desejei demorado
E os movimentos
Que articulou
Eu inventei
Para você fazer
É imaginário
Não existe
Resiste em meus pensamentos
Voa sobre eles
Mas você não existe
É ilusão
É minha invenção
Sobre o seu calor em meu corpo
Você não existe
Resiste
Mas agora vou desistir


Em sonhar
Sobre você
É só mentira
De um corpo vivo
Sem alma
Sem vida
Para viver
O que sinto por você.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Um brinde a esta noite bela
Cheia de velas e duas esbeltas taças de vinho
Uma garrafa na mesa e ao lado dela sentados dois bobinhos
Chamaste meu nome pelo alvorecer
Não consegui perceber
Você estava distante
E eu não pude evitar
Você gritou por amor
Eu não pude escutar
Assim seu socorro não chegou
E a segunda taça se quebrou
Junto com a ela você me levou
Com os cacos me feriu
E meu coração se partiu
Assim como aquela linda taça
Que se e stilhaçou
E dos reflexos o vi partir.

Inserida por savyo_aguiar

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