Poemas e Poesias

Cerca de 59429 poemas poesias Poemas e Poesias

Confissões a um relógio d'água

⁠"Tudo é temporário.
Tornei-me um temporal,
Daqueles atemporais".

Inserida por MarinaStolfi

⁠en-Caixa
entre cápsulas e comprimidos
são tantos planos forjados
são sonhos arrependidos
são veias acinzentadas
entre cápsulas e comprimidos
são penas e assinaturas
são perdas e tecituras
são aquarelas desbotadas
entre cápsulas e comprimidos
o relógio perde o tempo
o velho morre ao relento
eu continuo a estrada
entre cápsulas e comprimidos
o sinal toca na escola
o sapato perde a sola
meu tudo vira um nada
entre comprimidos e cápsulas...

Inserida por noi_soul

Teus lábios;
Não finos;
Não grossos;
Paraíso;
Me entrego a isso;
Vá e não me deixe indeciso;
No seu coração ressuscito;
Como fogo ardente me prontifico;
A ti, em ti, eu vejo o paraíso.⁠

Inserida por Kaiky2902

Fui descobrindo aos poucos
Oque de mim faz parte
Velei os meus receios
Ressuscitei a arte⁠

Tentei tocar violão, não era minha parada.
A lagarta não ia virar borboleta,
Foi quando eu me encontrei na ponta da caneta

Inserida por Diego_Sukuri_

⁠MEU DESEJO

Durante muito tempo
Você foi meu desejo
A minha maior alegria
O motivo de anseio.
O meu único refúgio
Era em quem confiava,
Durante muito tempo
Era em você que eu pensava.
Eu te desejei muito
Te desejei por demais,
Eu te desejei tanto
Que hoje não te quero mais.
Agora eu olho pros céus,
Mas diferente de antes
Eu te queria ter por perto
E hoje te quero distante.

Inserida por Odjalmaribeiro

⁠A sonata 14 de Beethoven me consola,
Os sentimentos ficam explícitos a cada nota
A tristeza toma conta, a angústia me apavora,
No momento, me sinto a própria derrota...

Eis me aqui a dor
A vida é lastimável,
E não existem remédios que curem, ou melhorem,
Lamentos e sofrimentos incessantes,

Quando tudo começou?
O sofrimento é intermitente:
Eles somem...
Mas sempre voltam de repente.

Não existem mais motivos,
Tudo que era bom dissipou
Ódio e ganância nos destroem
A tristeza é uma doença,
A felicidade é uma substância,
O amor, a possível salvação...

Inserida por OpensadorKau007


Moverei montanhas
sem atacar ninguém,
toneladas de terra
sem o braço erguer,
pedras serão plumas
sob a força da mente,
o céu tocarei num segundo
e o fundo do mar me espera,
tudo através de minha pena
pois a poesia é quimera
Quimera e sentimentos,
imaginários ou reais
quero que meus versos
sejam apenas linhas
em bandeiras brancas ao vento,
tremulando em busca da paz

Inserida por neusamarilda

⁠Querido alguém

Borboletas são borboletas
Visitam feliz o jardim
Pessoas são sonhadoras
Vivem em busca de ser feliz

Sorria sem ser filmado
Dance junto ou sozinho
Feliz quem enxerga o detalhe
Que vive a vida devagarinho

Nem todo dia é bom
Mas todo dia bem-te-vi
Viver é deixar o coração
Florescer enquanto existir
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©️

Todos os direitos autorais reservados 24/03/2021 às 22:00 hrs

Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues

Inserida por AndreaDomingues

⁠Com meu navio em ruinas e meus companheiros ao mar me vi mais fraco do que nunca
eu já obtive muitos tesouros em minha vida e me aliei a quem hoje não me orgulho
me apaixonei por centenas de meretrizes que só geraram mais copos de rum ingeridos para esquece-las
eu era temido e respeitado e hoje ao mar fui deixado
quem poderia dizer o contrário?
Hoje sou só mais um corpo jogado aos peixes esperando que o kraken termine com meu sofrimento
o inferno que causei em minha vida e nas dos demais nunca será descrita
então eu digo que sou eu o maior parasita
perdão a quem eu fadei a esse destino cruel
a morte caminha em minha direção para exercer seu papel

Inserida por UmbraChuva

⁠Aquela sensação de estar só e lutando contra o mundo, até parece vitimismo. Mas não. Por dentro, há mesmo o abandono da coragem, o descrédito quanto a capacidade. E por fora, todo mundo chora. Ninguém escapa, maluco.

Hud

Inserida por PDHud

⁠CLARICE ME DISSE
o que eu, para mim, jamais ousei:
Quem se indaga é incompleto.
Sim, ela, a bela dos olhos amendoados e olhar perdido
esteve aqui, inda há pouco, inexorável,
para me dizer essa verdade
que abrange mil verdades...

Clarice me disse,
em poucas linhas, um grosso livro.
Espinhos, farpas, ferrões...
que me tiraram do conforto
– abrupto despertar –
para a zona de confronto:

Quem sou eu?
Eu sou esta, poema,
com o meu eu fujão estatelado
na bandeja,

pois que o que Clarice me disse
me despiu – a dormente –
e me revestiu – desperta semente –
com a realidade que eu havia,
através de longo tempo, negado.

O que Clarice me disse
– direta e firmemente como quem aguilhoa mentes –
me abriu um hiato fenomenal.
Doeu, desde as raízes. Gemi. Chorei.
E não tapei meu grito
nem o vácuo
da minha magna incompletude...

De modo que eu (eu?),
daquele instante para cá,
encontro-me perdida
no perdido
vazio
de Clarice.

Todavia, em via de,
enfim, lúcida à Clarice,

me encontrar.

Inserida por janet_zimmermann

⁠SÓ NÃO CONTE A NINGUÉM

Não conte a ninguém
O que eu vou te dizer,
Mas acho que eu
Tô gostando de você.
Foi mesmo assim de repente
Não me peça pra explicar
Porque na verdade, nem eu mesmo
Vou conseguir te falar.
Eu tô gostando de você
Eu não consegui evitar
É que cê sabe que aqui dentro
A gente não consegue controlar,
E é justamente por isso,
Que de ti, vou me afastar.
Eu tô gostando de você
Se é recíproco, não sei
Só não conte a ninguém
Tudo isso que eu te falei.

Inserida por Odjalmaribeiro

Ser minimalista
não significa consumir 0 das coisas
e sim
consumir o mais importante delas.⁠

Inserida por LaraBragaBraide

Conversa genealógica sobre a experiência alheia

⁠⁠15 anos grávida, casou-se rapidamente, para reparar um erro com outro. Errar é totalmente humano, o humano é totalmente errado. Teve 2 filhos, se divorciou aos 19, hoje com 36 está desquitada a 17. Conheceu um subgerente de 24 numa festa beneficente, estão casados há 3 anos, tem uma filha de 8 meses, do segundo relacionamento firmado juridicamente. Seu primogênito está com 21 e deu-lhe um netinho a 1 ano e meio; a filha do meio fez 18 e não pretende se casar. A família se reúne rigorosamente aos sábados à tarde, para churrascos no quintal ou agradáveis piqueniques no parque.

Ela, o atual marido, o ex-marido, os 2 filhos do primeiro casório, o neto, a filha do segundo, a esposa do ex, os três filhos dela com o primeiro esposo, mais o filho do marido, com a segunda esposa dele e o pequenino filho da empregada, que insistiram em trazer. Sem comentar os 2 cães labradores, do pai da esposa de seu primeiro cônjuge e as sogras, sogros, tios, tias, sobrinhos, primos, avós e afilhados. Quando guardavam os utensílios, depois do piquenique da semana retrasada, confessou para a recente esposa de seu ex, que a relação dela com o atual amante não vai lá muito bem, o casamento há algum tempo está em crise.

Inserida por michelfm

⁠Muitas vezes na caminhada
já em passos bem cansados
segue o viajante que divaga
sobre o que lá atrás há deixado
Seu coração pede aconchego
está quase desistindo de lutar
mas a vida manda- lhe um adrego
encontra sempre um jeito de se adaptar
Adapta-se à lágrima e à dor
consegue até dar algum sorriso
sem saber que foi Deus, o Criador,
que lhe mandou tudo que foi preciso
Segue então de novo seu caminho
muitas vezes sem ter mais a solidão
pois encontrou quem lhe dê carinho
seja um amor ou um abraço de irmão


***Adrego : acaso ou casualidade

Inserida por neusamarilda

⁠Eu, te olhei
Como meu, único
Motivo pra cantar
Ih, Desafiniei
Quando quis te, conhecer
Sem perguntar a si, mesma
Egoísta eu, por querer te, compor
E moldar o meu, amor ao seu
Sem nem ao menos
Lhe dá o direito de decidir
Me amar.

Inserida por solitudxnegrx

⁠Desvairado

Eu não sabia que te queria
Até que acordei sem você
Parecia apenas mais um dia
Demorei muito para perceber

Tu és maravilhosa querida
A mais bela margarida
Ele uma pessoa distraída
Lamenta-se por sua partida

Ao seu lado teve belos momentos
Com medo dos seus sentimentos
Não insistiu nos próprios planos
Preludiando ao longo dos anos

Inserida por Wita_Lopes

⁠Pilares da primavera

Pilares que sustentam os lindos rebentos da primavera,
Na frente das casas e nos pergolados do teu jardim já me dizem;
é chegado o tempo de o nosso amor caminhar pelas colinas.
Vamos deixar nossos rastros pelos caminhos do sol,
ouvir a natureza declamar a alta voz as suas mais lindas poesias,
aos ouvidos das vinhas que já explodem os seus novos rebentos,
enfeitando os enfileirados e verdes varais dos arados do campo,
depois de ter vivido também a sua longa e silenciosa espera.
Incomplacente foi por vezes o tempo vivido na espera,
mas o ciclo de todas as coisas a tudo renova e traz respostas,
até as nuvens já anunciam a chegada da felicidade desejada,
navegam serenas no extenso e profundo mar azul do céu,
como dezenas de naus navegam com seus mastros gigantes,
vão ancorando uma a uma nos invisíveis portos do tempo,
repletas com os tesouros dos novos dias que a vida envia,
jornadas perfumadas com a essência pura de uma nova atmosfera.

Rozilda Euzebio Costa

Inserida por bellamagnolia

⁠Enigmas

Um caminho longo e uma ponte que fala,
um monte gigante e uma flor sob o sol,
no coração do monte há um vulcão flamejante,
o monte está a ponto de entrar em erupção,
e já não sabe o que fazer com o seu fogo ardente,
para que ele não exploda e queime a flor,
que vive de admirá-lo em suas encostas.
Extasiada está sempre aquela pequena flor,
pelo arrebatamento que lhe causa o monte.
Imagina que a flor tem o sonho de tocar seu coração,
e o monte tem um desejo ardente de encurvar-se
até tocar em suas pétalas para ali adormecer seu coração.
Ao lado do monte está aquela ponte inquieta,
sussurrando incentivos de partidas constantes,
vem! Vem! A ponte chama a flor sem cessar.
Como se a ponte também amasse a flor,
e do pé do monte, a ponte a flor quisesse arrancar.
Mas que nada! Que nada! Somente impressão!
A ponte é apenas um enigma que abre a sua boca para reclamar,
mas seus desejos claramente, a ponte não consegue expressar.
No meio da ponte está adormecido o tempo,
que nela, a sua fadiga foi descansar.
Como pode o tempo no meio da ponte assim parar?!
Cadê a força desse tempo que não deseja mais passar?
Há um passarinho que seu bico não consegue calar,
está sempre transportando assobios entre o monte e a flor,
dia vai, dia vem, e o passarinho com seu bico cheio de assobios,
leva aos ouvidos do monte as declarações de amor da flor,
e desce de lá com o bico repleto de assobios do monte,
para entregar fielmente aos ouvidos da flor.
Mas até quando? Até quando?!
Até quando o tempo na ponte vai descansar?!
E por qual motivo o tempo não consegue despertar?!
O monte até que tenta, se esforça para encurvar,
mas o seu orgulho é ainda muito maior que o amor,
que no seu coração sente pela pequena flor.
E o tempo? O tempo até que tenta acordar,
mas a ponte sem perceber segura o tempo,
e no impulso de suas contradições e impasses,
impede o tempo de despertar e mudar as coisas para sempre.

Rozilda Euzebio Costa

Inserida por bellamagnolia

⁠Savanas

Nas savanas agrestes e selvagens dos teus olhos,
minha alma caminha solitária e amedrontada,
onde está a tua caverna aconchegante ó rei leão?
Dá-me de beber das águas de teu riacho escondido,
Tenho sede, tenho sono e tenho tanto medo!
Não vês que padeço nas trilhas de tuas perigosas savanas?
Volta os teus sentidos em minha direção,
vem me encontrar nesta penosa paisagem,
onde tudo parece querer me devorar,
até o sol se torna inimigo ao meio dia,
e o vento a ele se curva em obediência.
As noites são senhoras sombrias e misteriosas,
que me fazem os terríveis pesadelos encontrar.
Quero pão, quero vinho e quero o teu peito,
e nada mais me importa senão a minha vida junto a tua.
Nas alvoradas coloridas e refrescantes,
centenas de andorinhas passam pela minha visão,
Onde vão? Onde vão todas elas voando nesta imensidão?!
Procuram certamente novas terras e novos cenários,
porque ninguém é feliz onde não consegue criar raiz.
A planta dos meus pés procura o vaso do teu coração,
acorda rei leão! Acorda deste sono de tamanha profusão!
As feras desta fria e assustadora paisagem,
me olham obstinadas como se eu fosse um pão,
estão famintas e querem alimentar suas necessidades,
mas há uma força que me transporta e me liberta,
desta fome feroz que a vida faz atingir a todas elas.
E no abstrato contexto de minhas razões,
surgem os gigantes pensamentos em discussão,
decidem entre eles o que fazer de minha desolação,
e me carregam para longe das bocas devoradoras de sonhos.
Reclina-te sensivelmente à altura do meu olhar ó rei leão!
Olha dentro dos meus profundos e cansados olhos,
neles, está o mapa que nos levará rumo ao paraíso.
Pegue o mapa sem demora e o decifre,
para que esta viagem não fique perdida na vegetação de alguma curta estação.

Rozilda Euzebio Costa

Inserida por bellamagnolia

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