Observo

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Observo em mim mesma as mudanças de estação: eu claramente mudo com elas.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Eu tomo conta do mundo.

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Em vida, observo muito, sou ativa nas observações, tenho o senso do ridículo, do bom humor, da ironia, e tomo um partido.

Clarice Lispector
Crônicas para jovens. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica Dois modos.

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Gente light

Vou ao supermercado e observo o crescimento do setor de dietéticos. Abro revistas e me deparo com as exigencias de ter um corpo esbelto. As clínicas de cirurgia plástica estão com a agenda lotada de homens e mulheres esperando sua vez para lipoaspirar, contar, reduzir. A sociedade toda conspira a favor da magreza, e de certo modo isso é positivo, sem magro faz bem para a auto-estima e para a saúde. Mas não tenho visto ninguém estimular outro tipo de dieta igualmente necessária para o bem estar da população. Encontro suco light, chocolate light, iogurte light, mas pessoas light é raridade.
Muita gente se preocupa em ser magro, mas não se preocupa em ser leve. Tem criaturas aí pesando 48 quilos e é um chumbo. São aqueles que vivem se queixando. Possuem complexo de perseguição, acham que o planeta inteiro está contra eles. Não se dão conta de sua arrogância, possuem a certeza de que são a razão da existência do universo. Estão sempre dispostos a fazer uma piadinha maldosa, uma fofoquinha desabonadora sobre alguém. Ressintidos, puxam o tapete dos outros para se manter em pé. Não conseguem ver graça em nada, não relevam as chatices domuns do dia-a-dia, levam tudo demasiadamente a sério. são patrulhadores, censores, carregam as dores do mundo nas costas. Magrinhos, é verdade. Mas que gente pesada.
Ser minimalista todo mundo acha moderno, mas ser leve - cruzes! - parece pecado mortal. Os leves, segundo os pesados, não têm substância, não têm profundidade, não têm consciência intelectual: não são leves, e sim levianos. Os pesados não conseguem fechar o zíper das suas roupas de tanto preconceito saltando pra fora.
Não bastasse a carga tributária, a violência, a burocracia e a corrupção, ainda temos que enfrentar pessoas rudes, sem a menor vocação para se divertir. Diversão - segundo os pesados, mais uma vez - é algo alienante e sem serventia. Eles não entendem como alguém pode extrair prazer de coisas sérias como trabalho e família. Não entendem como é que tem gente que consegue viver sem armar barracos e criar problemas.
Eu proponho uma campanha de saúde pública: vamos ser mais bem-humorados, mais desarmados. Podemos ser cidadãos sérios e responsáveis e, ao mesmo tempo, leves. Basta agir com delicadeza, soltura, autenticidade, sem obediência cega às convenções, aos padrões, ao patrões. Um pouco mais de jogo de cintura, de criatividade, de respeito às escolhar alheias. Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias.
Dores de amor, falta de grana e angústias existenciais são contingências da vida, mas você não precisa soterrar os outros com seus lamentos e más vibrações. Sustente seu próprio fardo e esforce-se para aliviá-lo. Emagreça onde tem que emagrecer: no espírito, no humor. E coma de tudo, se isso ajudar.

Observo e ouço a plateia, e sei que tanto eles quanto eu estamos pondo alguma coisa para fora, nenhum de nós sabe o que é. O importante é que estamos nos livrando disso, sem ninguém se machucar.

Elvis Presley

Nota: Em entrevista

te conheço há um tempo
mas você não sabe quem sou
observo você de longe,
sentado no meu banco, lendo
enquanto você ri, chora
vive e namora
eu te amo, será? às vezes me pergunto
talvez
mas como posso amar alguém que nem um
oi
troquei? desconheço esse carma
queria te dar o carinho
guardado
mas se eu chegar falando em amor
você vai acabar me chamando de maluco
meu amor, escute
a única louca aqui é você
que nunca me notou e perdeu
o cara fantástico que posso ser
não sou mais do que um jovem apaixonado
melhor que seus fúteis namorados
acorda garota, e começa a dar valor
ao verdadeiro amor

VIVA INTENSAMENTE

Alguém certa vez disse que viver é uma aventura, mas às vezes observo algumas pessoas que mesmo estando vivas demonstram que estão mortas, são pessoas que aceitam a vida e apenas sobrevivem e, como diz o ditado, vai empurrando com a barriga ou, como canta Zeca Pagodinho, deixam vida levá-los, vivem sem sonhos, e uma vida sem sonhos é como o dia sem o sol e a noite sem a lua, a vida não tem graça, mas existe uma forma de viver que faz com que a vida valha a pena, e essa forma de viver é viver intensamente a vida. Para isso, é necessário viver cada momento como se fosse o último, porque, na verdade, na vida o importante não é quanto tempo você vive, e sim o quanto de intensidade você coloca ao vivenciar cada momento, é quebrar a rotina, isso envolve fazer as coisas de modo diferente do que se costuma fazer porque não adianta fazer as mesmas coisas sempre e esperar resultados diferentes. É dizer para quem você ama o que você nunca disse, é ter uma atitude nunca tida para aqueles que amamos, é correr atrás dos nossos sonhos mesmo que pareçam impossíveis porque se pelo menos não tentarmos realizar os nossos sonhos chegaremos na velhice com remorso de nunca ter tentado fazer aquilo que tanto queríamos, é viver de maneira tal que as pessoas que convivem ao nosso redor vejam o impacto que as nossas vidas causam na vida delas. Enfim, viver intensamente é você viver de forma que, quando estiver em um hospital sabendo que os seus dias estão contados, você olhe para a sua vida e diga "Eu vivi de maneira tal que estou preparado para deixar esse lado da vida". Pense nisso e viva intensamente.

São os pequenos detalhes que eu observo, aqueles que quase ninguém se importa, aqueles que quase ninguém vê, aqueles que quase ninguém ouve, aqueles que quase ninguém faz, são esses detalhes que fazem a diferença, são esses detalhes que mudam totalmente o rumo de uma história, são esses detalhes que mais gente precisa ver.

Falo pouco, leio muito e observo tudo... cuidado!

TRIBUTO A CHICO XAVIER


Quanto mais te olho,
Tanto mais me observo.
Quanto mais te aceito,
Tanto mais me entendo.

Tuas palavras, irmão querido,
Não são tuas palavras,
São pensamentos articulados
De outros Deuses.

Vives comigo, contudo
Não habitas minha morada,
Vagas por prados e campos
De outras esferas.
Tua dimensão é a dimensão do amor
Que gostaria de visitá-la
Ainda que fosse em sonhos.

Diga-me, irmão querido:
Quem coloriu de serenidade tua aura?
Quem te legou esta leveza tanta
E esta humildade santa?

Ah! Irmão, me diz uma canção bonita,
Destas que a gente acredita existir
Como um mantra,
Para proteger da tempestade,
O irmão dileto, para lhe fortalecer
No pântano das convicções enganosas,
Para lhe mostrar,
Uma brecha no nevoeiro...

Tributo a Chico Xavier – (1910+2002)
Escrita em 2002 (Chico já hospitalizado)

Amor sincero!

Depois da chuva observo a borboleta,
Que sobre as folhas e flores ainda molhadas
Pousa com sua beleza...
E então me lembro de você,
Que nos meus pensamentos e sonhos permanece
Linda e sorridente sem saber.
A borboleta tão bela, simples e inocente,
você, tão inesquecível, amável e verdadeira.
A borboleta tão irreverente,
E você da minha alma companheira.
Ah! Como admiro essa borboleta,
Que me faz lembrar
O quanto é bom te amar!

Hoje em dia não adianta alguém fingir que é minha amiga,porque eu observo,eu vejo,eu sinto,creio que já sou bem vivida,para saber quem é verdadeira comigo,eu também sei fingir que sou boba e que acredito,porque não quero intrigas com ninguém.

Há tempos não falo, não ouço, não vejo. Apenas observo, observo e me reservo somente observar. Não darei mais um passo se quer em sua direção. Basta-me só observar, dar mais atenção, enxergar, enxergar sim, enxergar com os olhos da alma, não com os olhos humanos, porque visão humana só vê, enquanto o da alma enxerga, faz-nos sentir, sentir a verdade e o amor existente em tudo e em todos. Por isso só observo. Nada mais!

Mantenho a calma nada Falo assim Observo.

Procuro um refúgio e só observo o vento passar!

Quanto mais tempo eu observo a vida, mais tenho a certeza que a felicidade está nos pequenos goles da bebida chamada sonho.
Embriago-me!

Observo hoje uma falta de indignação coletiva. Os valores morais que alicerçavam a sociedade mudaram ou fomos nós que mudamos ao nos tornamos indiferentes ?

Conheço muitos, nem todos gostam de mim, mais sou malandro, desconfio e observo todos !

Quanto mais eu observo e analiso as pessoas, menos eu confio, a noite: ninguém é de ninguém. De dia: Santas e meigas.

...Por todo o ambiente eu levito, observo
O que não quero, evito, não levo
De ninguém sou servo
De brasilião ou de Audi
De buzão ou a pé pela cidade
Sempre na humildade...

Black Alien
Música Mister Niterói

A sua timidez me torna tímido, a ponto de apenas te olhar...
E te observo de maneira incansável e intensa...