Nem Sabes Chegaste quando eu te Sonhava Poema
Relacionamentos sempre são conturbados eu sei,
Mas, logo ela,
Que me dizia que eu nunca soube o que é ter um relacionamento normal, me fazer o tal...
Não sei,
Não sei o que esperar da vida,
Rasga,
Feito feridas,
Abertas,
Nunca há cicatrização,
Nem vitimismo,
Incidem,
Revivem,
Em outras histórias,
Os mesmos lamentos,
Do dia em que te pedi em casamento,
E você não aceitou ser amada.
Eu, contraditório?
Almejo casa,
Sonho conhecer o mundo,
Desejo paz,
Com minhas próprias escolhas, faço guerras homéricas dentro de mim,
Por hora,
Sou minha melhor amiga,
Por outras,
Arque-inimiga,
Noites inteiras acordadas,
Cerveja, cigarro,
Mas, espera aí...
Nem gosto disso,
Nasci pro dia,
Pra poesia,
Reflexão...
Nasci para o bem,
Sou feita Amor,
Imagem semelhança de Quem me criou,
Mas, por escolha,
Vezes,
Faço-me Caos,
Balbúrdia,
Incômodo infindável,
Soluço,
Choro,
Engasgo,
Procurando equilíbrio,
Fazendo-me embriaguez,
Mesmo em sanidade...
Sou um eterno desencontro de mim,
E assim me encontro,
Certeira,
De raros acertos,
Solúvel,
Versátil,
E com apetite voraz da verdade,
Por muitas vezes encontrada,
Hoje perdida,
Tudo isso, dentro de um Universo,
Chamado eu.
Talvéz,
Eu tenha exagerado,
Talvéz,
Não era tudo que eu pensava,
Ou era,
Aquela era,
Me perdoe,
Ou desacorçoe,
Sou um infindo mal de mim,
E só assim,
Posso viver,
Sem me prender,
E ser assim,
Mau dono,
Dono de mim.
Letícia Del Rio.
Estranha...
Eu valorizo quem me chama,
Cheia de Lisonjeio,
As diferenças me atraem,
Nada demais,
Não olho pra trás,
Respeito a opinião,
Sua imposição não,
O meu mundo é maior do que seus olhos podem ver,
Superficial,
Não,
Mediocridade,
Passo longe,
Tua moralidade te esconde,
Rés,
Sou assim,
Oceano de mim,
imperscrutável.
Talvez,
Eu sempre tenha associado os dias frios com dias tristes,
Assim como dias nublados,
Existe uma tempestade em mim,
Chove,
Reflete,
Escorre em lágrimas,
Afeta o peito,
Sujeita a mente.
Eu só queria ter meu tempo,
E com ele a leveza do vento,
Meu lar,
Meu momento,
Parado no tempo,
Entre meus livros,
Reflexão...
Um freio nesse mundo louco,
Uma taça de vinho,
Um disco na vitrola,
Nada para dar bola,
No oitavo andar do meu apartamento,
A leve brisa,
A rede balança,
Meus cabelos em quase uma dança,
O cheiro de banho tomado,
Ninguém do meu lado,
Meu espaço,
No Amor da minha companhia me enlaço...
Da série...
... Do Eu gosto mesmo...
Eu gosto mesmo é do silêncio,
Gosto do aroma,
Gosto do sabor,
Cores de Frida Kahlo,
Perfume,
Gosto da minha companhia,
Banho frio tomado no calor,
Praia,
Viagem,
Versos,
Violão,
Silêncio,
Meu vinho,
Sentir o vento nos meus pés na rede do oitavo andar...
Sonhar...
Sei que dá,
alguém pra me acompanhar...
Só isso Quero,
Mas, não espero.
Eu tenho que me corrigir,
Não posso mudar ninguém,
Mas, posso mudar a mim,
Eu tenho o direito de escolha,
Tenho que escolher o que é melhor pra mim,
Eu sou o amor,
Ainda que erre em ser,
Mas, escolho ser melhor,
Não aceito repetir os erros do passado,
Se eu não concordo,
Me afasto,
Tenho flexibilidade a melhoras,
Excluo as derrotas,
Eu vivo o presente,
Visando o futuro como degraus,
Eu escolho e presto atenção em cada passo,
Eu excluo a auto sabotagem,
Eu não cuido da vida de ninguém,
Eu não tenho espaço no que não me cabe...
Eu tenho o poder de escolha,
Embora haja intromissões,
Eu me perdôo do mal que fiz,
Eu busco o bem,
Embora saiba que o meu bem não é o de outrem,
Eu não interdito mais a vida de ninguém,
Porque respeito as escolhas,
Minha verdade não é absoluta,
Assim como a de ninguém,
Apenas questão de opinião...
Eu escolho ser melhor e entendo que ser melhor é não interferir,
Não conto mais nada da minha vida,
Também não procuro saber da vida de ninguém,
O amor é respeitar o espaço,
Inclusive o meu de escolher o que me faz melhor,
Egoísmo não...
Olhar pra si é amor próprio,
Pois, afinal, quem não pode amar a si mesmo, como pode amar alguém?
A resposta está em mim,
Nas minhas escolhas,
E minha consciência limpa, diz o que é melhor pra mim.
Eu nunca fui cilada,
Só nunca fui amada,
Por isso, acordava com você na madrugada,
O seu amor,
De cara me salvou,
Me rompeu,
Em mim extravasou,
E de repente pôs em mim tanto terror,
Botou minha vida num liquidificador,
Eu não estava errada,
Só nunca fui amada,
Por isso, acordava com você na madrugada,
Eu não desisti,
Só não consegui,
Por cima dos meus princípios se esvair,
Fugi,
Cansei,
Eu já te falei,
Nem só de amor sobrevive minha lei,
Eu não estava errada,
Só nunca fui amada,
Por isso, acordava com você na madrugada.
Me desculpe você era minha gata,
Eu sei,
Só lamento,
Eu te avisei que haveria rompimento.
Eu amo,
Mas,
Como ama o Amor?
Do tipo sem dor?
Descubro agora,
O que é ser feliz?
Se não entender aquilo que me faz assim?
Todos as nuances,
Os aromas,
Até mesmo os hematomas da vida,
Sabores,
Dores,
Amores,
Histórias,
Explodem...
Dentro de mim,
Aprendizado,
Crescimento,
Esse é meu alento.
Eu não gostaria de ter nascido assim, Absoluta em dores,
Preferia ter me fartado em amores, Não consigo fugir do meu eu,
Minha intensidade me corrói,
Ácida que sou,
Preciso do neutro,
Caminho do meio,
Centro,
Necessito de alento,
Aquietando a alma no silêncio,
O meu próprio,
Meu Mundo,
Desacelero,
Aí acerto,
Vida que quero.
Letícia Del Rio.
Monólogo da solidão.
Eu sou assim,
Um quebra-cabeça,
Incompreensível,
Intrínseco e extrínseco,
Criptografia,
Hieróglifos,
Não sei de mim,
Sempre fui assim,
Aí de mim que o destino é o Só,
Sou meus versos,
Sou meus paradigmas,
Sou enigma,
Aí de mim que o destino é o só.
Eu sou um livro,
Complexo,
Uma poesia minha sobre a existência,
Um ser sem lógica,
Mesmo com essa idade cronológica,
Onde a vida é uma cadeia,
Na centelha do pensamento que aprisiona a alma,
Enquanto a ignorância se torna dádiva,
Das caixinhas pré-moldadas de alegria,
Sigo no autoconhecimento,
Dado o momento,
Que o consciente se expande,
Mediante o conhecer do subconsciente,
Sigo voraz,
Insaciável,
Saber eu quero mais,
Mesmo sabendo o preço que se paga,
O incômodo que isso trás,
Como um animal que não cabe mais,
Troco de pele,
O trabalho que se dá para reconstruir,
Me entendo como uma semente,
Onde o pensamento é a fonte que me rega através da compreensão,
Com a expectativa de um dia florescer,
Gerando em mim e consequentemente no reverberar,
Bons frutos.
Desesperadamente,
Sem fim.
Eu sou o Amor,
Ou seria somente Dor?
Ou o Amor é isso?
Alma nua,
Vontade de sair correndo na rua,
Uma saudade crua,
Dura,
A lágrima nos olhos,
A distância que mata,
Aos poucos,
Sádica,
Caótica,
Cruel,
Doce amar?
Entre o Céu e o Fel,
Em paixão me localizo,
Ternura ou loucura?
Me acho,
Encaixo e desencaixo,
Arregaço,
Esse coração de esculacho,
Ladeira abaixo,
Não sossega o facho,
Acende e queima,
De volta a fogueira ...
E nem é São João.
O que eu mais temia aconteceu...
Fodeu,
O amor apareceu,
De novo,
Frondoso,
Charmoso,
Tirou seu chapéu,
Com todo seu véu,
Ao chão,
Me leva ao céu,
Me entrego,
Em laço,
Mais um traço,
Do medo,
Desmoronamento,
Enquanto o sino da igreja toca,
Se desloca o sono,
Os sonhos,
Eu quebro os pratos,
Grego,
Louça,
A Louca,
Era meu coração.
E o mundo sempre gira sem o perdão,
Ou vai dizer que não?
Mas, o que se faz quando não há de que?
Nem um porque?
Mas, a culpa vem como um carrasco de morte,
Na sentença,
A presença que se esvai,
Correu,
Sem alimento evaneceu,
Estranha,
Estranho,
Faz anos.
Sair desse ciclo,
Pico,
Entre amor e temor.
Já tentei mudar,
Mas, não dá...
Dá...
Coração que tende a falhar.
Só queria um dia,
Que eu não morresse de saudade,
Que meu copo sempre cheio não transbordasse,
Eu só queria ter freio nesse coração de bicicleta na ladeira,
Onde o chinelo tá só o resto,
De tanto que já carcomeu,
Não desiste, se arrasta,
Quase sem borracha com o resto que sobrou no asfalto.
Paixão,
É o fogo que me alimenta,
Eu não gosto do raso,
Nem sou razoável,
Sou a chama que queima sem silêncio,
Sou o grito incontido no vazio,
Sou a dor,
E também sou profundo amor,
Vc sabe onde estou?
Porque não me encontro,
Não me acho,
Não me movo,
Não sinto e não vejo quem me vê,
E meus pensamentos me incomodam até o amanhecer.
Assim que eu me sinto agora.
Numa mistura de euforia e paz,
Não consigo me mexer,
Enquanto minha alma transborda em lágrimas,
O coração dispara,
Dói,
Depois quase para,
Disretimia,
Efeito colateral de um amor,
Modificado...
Nunca findado,
Em cada término uma parte de nós se vai,
Uma parte do outro fica,
Ninguém sai ileso de suas próprias escolhas,
Só quero teu bem BB.
Estarei sempre aqui pra você.
Letícia Del Rio.
Eu queria sentir menos,
Eu queria pelo menos por uma vez ter o controle,
Mas, o que eu tenho dentro de mim,
Transborda,
Não se cala,
Transborda,
Alaga tudo,
É um poder tão forte,
Que não sei usar,
Me conceda a benção de me guiar,
Nesse caminho,
De espinhos,
No caule dessa rosa,
Botão,
Sem medo do não,
Desabrocha no meu jardim,
Sem medo e sem fim,
Naturalmente,
Como tem de ser.
O que eu posso fazer pra ti?
Se você ao menos me deixa chegar perto?
Você me vê, mas, não me enxerga,
Eu não sou como tu,
Que nasceu pronta.
Sou uma aprendiz da vida,
Mas, meu coração é puro,
Gosto de ti,
Mas, isso tem me machucado,
Aprendo muito também,
Mas, a dor tem falado mais alto,
Foi tão bom,
A história foi linda,
Você é atitude,
E eu sou palavras,
Porém,
Nunca serei ausência,
Nunca fui,
Meu coração é fiel,
Mas, como Poetisa que sou,
As palavras se derramam,
Do coração feito escrita,
Feito fala,
Feito perdão,
Eu te amo,
Não vou dizer que não,
Mas, uma hora a gente aprende,
A olhar pra si e ver o evidente,
Melhor viver na solidão,
No agora.
Depois não.
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