Não sei Quantas Almas eu tenho
Reflexão:
O professor de história faz uma pergunta em sala:
Professor: João, quantas são as raças que existem no mundo?
João: Ahhh, um monte professor...
Professor: Errado, existe apenas uma raça, a raça humana.
Moral: Todos somos iguais independentes de nossas ações, atitudes, gostos, cor e sexo.
Ame, apaixone-se. Erre, erre quantas vezes forem necessárias. Aprenda, sorria, brinque, chore, beije, morra de amor. Sonhe, cante, dance, grite, viva. O fim nem sempre é o final. A vida nem sempre é real. A roda nem sempre é gigante. O passado nem sempre passou. O presente nem sempre ficou. O hoje nem sempre é agora. E o tempo... O tempo não para!
Quantas palavras foram gastas para falar do silêncio. Quantos abraços foram aceitos impregnando o meu campo energético com um peso denso, e quantas vezes me protegi de uma carícia sincera. Quantas vezes suguei e fui sugada chamando isto de bondade. Quanto mais adequada eu tentava ser, mas eu me perdia do que eu era. E abafei minha loucura no peito comprimido para ser socialmente agradável. E escrevi coisas otimistas quando estava sofrendo de tanto medo. E ninguém sabia que aqui do outro lado eu estava chorando. E deixei que me julgassem sábia quando sou apenas mais uma buscadora tateando no escuro à procura da luz que pretendo beber a grandes goles.
Grande é a dignidade das almas, quando cada um delas, desde o momento de nascer, tem um anjo destinado para sua guarda.
Como traduzir o profundo silêncio do encontro entre duas almas? É dificílimo contar: nós estávamos nos olhando fixamente, e assim ficamos por uns instantes. (...) Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isso de: estado agudo de felicidade.
Em um determinado momento, a gente começa a analisar quantas coisas boas já aconteceram. Quantas pessoas legais já passaram pela nossa vida. Quantas pessoas de verdade nos marcaram. Quantas pessoas realmente ficaram. Com quantas pessoas você pode contar, afinal, a vida é um eterno afastamento. E, mesmo que se afaste de todo mundo, você jamais pode se afastar de você mesmo.
Quantas vezes a felicidade disse um OLÁ radiante pra você,
e você simplesmente virou a cara e olhou pro outro lado?
- Sorria quando o mundo sorrir pra você. ;D
‘SÓ DE SACANAGEM’
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, à luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval; vou confiar, mais e outra vez”!
Eu; meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve, e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo; a gente consegue ser livre, ético, e o escambau"!
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo, mas se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
não quero saber quantas namoradas
que eu não descobri
silêncios e desvios que não percebi
nem quero saber
sobre aquele fim de semana que não te vi
do teu pouco caso com o meu sofrimento
de nenhum movimento a meu favor
de nenhum amor que eu me lembre
não quero saber
quantas mentiras pra me acalmar
quantos mares a navegar sem mim
que fim deram aqueles retratos
se aquele abraço era mesmo assim
não quero saber
quantos meses você me deixou
a delirar e quantos presentes me deu
sem escolher e quantos beijos foram dados
por dar
não quero saber dos requintes
de crueldade nem do momento
fatal
o que não se sabe
não faz mal
Não entendo como de olhos fechados ainda te persigo, como sem te encontrar, ainda te sinto, como sem nunca te olhar ainda te vejo. Como explico a fúria que comprime os sentidos e expande as vontades nesta busca louca onde sei que não te vou encontrar. Não vale, não vale mais a pena percorrer mil caminhos, pois sei de ante-mão que já não estás. Os dedos cravam-se na casca das árvores, querem teu corpo escalar, o teu cimo alcançar para poder olhar o horizonte que teima em se ocultar detrás das copas da floresta. Não adianta correr, saltar, para tentar ao Olimpo chegar, pois o caminho é de pedras e as noites longas são escuras como breu, o frio aperta e a pele dilacera-se nas bainhas destas espadas que carrego. Não vale a pena guerrear, combater, perante ti me ajoelhar porque não me vês, o teu olhar fixa-se no mais distante ponto do Universo, estás imerso num qualquer lago morno, o frio não te corta os sentidos, não te esmaga a carne, não te arrebenta o destino, porque já chegaste, e nunca por mim esperaste.
Se fechardes os olhos, mergulhardes no silêncio, podereis encontrar-vos na imensa sala da Alma. Lá, a vida é simples como deveria de ser e a paz é simplesmente o abraço que vos envolverá.
"Você me confunde...
Confunde meus sentidos, meus pensamentos!
Confunde minha emoção, me tira o chão.
Ilumina meu olhar, me faz sorrir, me desperta a paixão.
Mistura tudo aqui dentro, bagunça meus sentimentos.
Preciso de você pra me explicar, pra me equilibrar, pra me deixar relaxar, pra me ensinar a ensinar a amar!"
Absorção da envolvência
Não sei porque me fecho sobre o peito, porque guardo no silêncio este lamento que grita baixinho. É como se chorasse por dentro, como se houvesse um mar que me afogasse em mágoas que não compreendo. É nesses momentos que não consigo entender porque estou aqui, o que faço neste lugar, é nesse instante que me afogo num drama que não me pertence, que equaciono partir para lado nenhum. Neste sítio de onde me vejo, chamo pela salvação, como quem quer ser perdoado, espero a redenção, com a certeza que um dia virá alguém para resgatar esta alma atormentada deste poço infinito de tristeza, saudade e dor. Quisera entender esta lamúria e perceber onde a vida me tolhe, para saber como vergar-me à sorte e assumir que não sou mais que um caminhante para a morte.
Eu sei, que se um dia desejar partir, devo aguardar na estação, com as malas feitas, pela eterna viagem que há-de levar-me à consagração duma alma que de tão pesada, não se sustenta num frágil corpo de menino. Nesse dia serei apenas brisa, vento e chuva, tempestade que lavará a calçada e fará do vazio um lago cheio de tantas lembranças.
Devo conter a minha sensibilidade, para que as dores do mundo não passem a ser as minhas verdades, de outra forma anteciparei o fim do meu tempo e serei igual lamento e não esperança, serei igual tormento e não a aliança entre a felicidade e a esperança.
Antonio Almas
Na noite escura do quotidiano há sempre uma luz que anuncia a esperança. Para cada noite haverá sempre um dia.
Antonio Almas
Existência
Quando percebo a tua presença sinto a electrizante sensação de que me olhas, que perscrutas os meus pensamentos, que lês os meus segredos no mais profundo da minha alma. Sei que chegas, de pés descalços sobre o soalho, caminhando lentamente para que não se agite a brisa, para que não te perceba a gente. Sei onde estás, embora não te olhe, embora não te toque, sei sempre onde te encontrar. Não te reflectes na luz do dia, nem no brilho do luar, teu corpo é volátil como o ar. Conheço o cheiro da tua pele, antes mesmo de chegares já a tua essência se anuncia, já a minha alma vazia se preenche de aromas do teu corpo etéreo. Balanças as ancas, num andar belo que te denuncia entre as mulheres, a tua voz macia, é canção que ecoa por entre a multidão, ninguém te escuta, apenas eu conheço a frequência do teu cantar, apenas eu sei como te olhar. Todos os dias te visto um corpo diferente, todos os dias te descubro na minha mente, como fórmula alquímica que se pressente, mesmo antes de se tomar. Neste vento de levante, és minha a todo o instante.
Antonio Almas
Nunca te esqueças que as tuas palavras fazem eco na alma daqueles que te amam, por isso pronuncia-as com a delicadeza duma canção de embalar, para que assim agitem menos o ar.
Antonio Almas
Por vezes precisamos de ver para acreditar, esquecendo-nos tantas vezes que o amor não reflecte a luz do Sol, mas o brilho da alma.
Antonio Almas