Morro da Favela
Quando a favela acordar, o morro todo descer no asfalto para seus direitos reivindicar, o batuque desafinado de panelas vão se calar, politico pilantra vai aprender o povo respeitar, que jamais hão de se calar.... Espero a favela acordar...
Ela vem da favela-la
Dos morros de Santa Teresa
Debaixo do Redentor
E do sol no céu
Ela vem da favela-la
Me pergunta: E aí, beleza?
Debaixo do Redentor
Onde os morros ganham vida
Se eu fosse comandante da PM tiraria todos os policiais dos morros favelas e comunidades e deixaria a segurança nas mãos da população, traficantes e milicianos e ficaria só de longe observando para ver o resultado....Provavelmente ia ser aquele ditado, quem viver verá....
eu fico aqui cantando na favela porque eu não sou covarde eu mato e morro por ela.....
Mc Otavio sp - Pra Que Copa Do mundo
Só existe drogas na favela, porque os playboys sobem o morro para comprar, enquanto a classe desfavorável se marginaliza nos jardins supensos da babilônia criminal, os ricos se escondem através de leis que favorecem quem tem dinheiro. A marginalização é um fator histórico, cuja mentira da abolição é distorcida pela história, a escravidão social ainda impera em nosso país de maravilhas.
Lá no morro tem batuque e samba
Tem nostalgia,
Serena e seresteiros
Sobem e descem as favelas
Domingo: sol, praia...
Mulata, samba na rua
Muita gelada e conversa
Goles de alegria,
Roda de amigos
É festa.
Bate- papo, tem futebol
Maracanã lotado
Um só grito de gol
Garotada rola na areia
Empinam papagaio e pipas
Brincam em barracos
Garotos e meninas
De repente fogo
Balas perdidas nas vielas
Medo, terror
Homens de fardas
Reviram casas
Inocentes pagam a conta
De bandidos de paletó
Muita droga,
Muita dor
Juventude se acabam
Pais choram por seus filhos
Pedem paz, justiça
Amor.
A fava é Ela
Favela, Favela, Favela.
Dos morros de Canudos
Para as telas
Mandioca braba
Fomes e mazelas
Euclides da Cunha
Deu nome a Ela
Quem vive sabe
O encanto da bela
Jovem cidade
Moça donzela
Que todos se encantam
Quando a veem na janela
Debruçada e sorridente
Beleza que se revela
Nos estreitos becos
Cidade de curuelas
A fava é Ela
Favela, Favela, Favela.
Casa de tijolo
Casa de madeira
Casa lá no morro
Em plena ribanceira
Gente de todo tipo
Gente trabalhadeira
De sujeito esquisito
As várias mães solteiras
Muitos sons, ritmos muitos
O silencio nunca impera
A ostentação convive junto
Com a mais plena miséria
Tem a rapa da esquina
Que ganham a vida parados
Tem seu Zé que não para
Em busca de algum trabalho
Tem menina bonita
Que vive fazendo coisa feia
Tem criança que não brinca
E pega coisa alheia
Falam que lá tem de tudo,
Que só não tem dinheiro
Embora tenham achado um monte
Com um ex-prisioneiro
Hum, fofoca?
é o que lá mais tem
É a fulana que vai ter filho
E não sabe quem é o pai do neném
Lá não tem caloteiro
Lá não precisa de SPC
Pega emprestado algum dinheiro
E não paga pra tu vê
O castigo vem ligeiro
A punição é um horror
É melhor doer no bolso
Do que morrer de tanta dor
Mas lá tem muita coisa boa
Gente simples, né Arlindo
Gente que vem suportando
Gente que vai indo
Gente que não tem nada
Mas divide tudo
Gente que sofre em silencio
Mas que nunca fica mudo
Gente que para e pensa
E que não usa razão pra justificar
Gente que briga e luta
Para paz proliferar
Tem gente inteligente
Que vive achando que o governo vai ajudar
E gente que como o Renato
Morreu por isso esperar
Esse é o retrato
Essa é a realidade
E sei que esse sofrimento
não tira da quebrada a felicidade
Mas, é exatamente essa a alma do Morro: o som. O som de quem resiste, sobrevive, mesmo quando não tem para onde mais ir.
Alegria do Morro
Muvuca era do "vuco-vuco",gostava de samba, gela e mulher:
principalmente se fosse mulata, etivesse samba no pé.
Era um cara "sossêga", e respeitado pela rapaziada,
andava de boa no morro, nunca foi visto de cara amarrada.
Sangue bom prestativo, só sabia fazer o bem;
ajudava todo mundo, sem nunca perguntar a quem.
Malandro "responsa", não arrumava confusão,
se alguém lhe apresentasse encrenca, ia logo dizendo que não.
Mas a vida lazarenta resolveu com Muvuca aprontar,
e despachou o pobre diabo, para ir fazer festa para os lados de lá.
Os samangos chegaram no morro dando tiro pra todo lado,
tentando acertar bandido, mas o Muvuca é que foi alvejado.
Levou duas balas certeiras, e não teve nem como fugir;
Os tiras ainda disseram que o pobre tentou reagir.
A gente falou a verdade, mas ninguém quis escutar;
Nos mandaram baixar o facho, e não procurar sarna para se coçar.
E assim o Muvuca se foi - deixando mais triste o morro.
Só nos resta sentir saudade, e a Deus pedir socorro.
Socorro, meu pai, meu pai, socorro;
receba o Muvuca, meu pai, e traz de volta a paz pro morro.
Socorro, meu pai, meu pai, socorro;
receba o Muvuca, meu pai, e traz de volta a alegria pro morro.
Complexo de favela
Sou ágil igual a um gato,
da água fria me esquivo.
Não sou do mato, mas na cidade sobrevivo.
Tenho sete vidas. Se estou no morro,
sou alvo para a polícia. Complexo de Rocinha,
quem anda na linha?
POESIA
Título: Transformação
Desde cedo na luta
Trabalhado para comer
Mato um leão por dia.
Passo fome mas viverei
Nessa vida de favela,
Tudo se torna complicado
Luto para ser bodinho
Mas só ganho couro de rato.
Me vejo no barril,
Mas sou grato por tudo.
Agradeço ao meu Deus
Por vim a esse mundo.
Um certo dia,
Fui promovido no emprego
Ganhei bolsa de estudo
Tudo ocorreu ligeiro
Hoje estou instável,
Com muita fartura na mesa
Vivendo um barril dobrado
Como se diz lá na favela.