Menina que Completou 15 anos

Cerca de 100 frases e pensamentos: Menina que Completou 15 anos

GRIPE SUINA

O surto de um novo tipo de vírus é algo que me intriga. Há uns 15 anos atrás, era o vírus ebola, que derretia suas vítimas em febre e assustava com a rapidez que se espalhava em uma África desde sempre precária em saúde. Depois, o surto da "vaca louca". Em seguida, um par de anos atrás, a gripe aviária. Agora, a mexicana gripe suina. Em todos os últimos casos, é de se notar que vírus devastadores agora se aproveitam da logística global do consumo exacerbado. Doenças que se limitavam a fundos de quintais ou cercanias de chácaras e sítios, agora adquiriram asas invisíveis. É de preocupar, claro.
Esse interesse pelo assunto que me levou a um livro de Stephen King, chamado "A dança da morte". No romance "kingiano" de quase mil páginas, um misterioso vírus liquida quase toda a raça humana, exceto algumas pessoas misteriosamente imunes, que tentam formar uma nova sociedade, enquanto o diabo andarilho erguia um império do mal num mundo caótico. Recomendo.
Ficção a parte, entre hipóteses de extinção da raça humana que às vezes formulo comigo mesmo, nenhuma está relacionada a algum tipo de vírus. Acredito que a biomedicina encontraria soluções mesmo em casos drásticos. E praticamente todo tipo de vírus acaba por encontrar resistência em algum dos diversos sistemas imonológicos entre bilhões de seres humanos. O homem encontrará uma maneira mais eficaz de se destruir, alguém duvida?

Inserida por FBICOSTA

Hoje eu estou com 15 anos, estou no 1ª ano e tenho vários objetivos para minha vidacomo por exemplo, eu quero fazer faculdade de Direito, sei que é meio impossivel mais é meu grande sonho e adoro essa profição mais penso também em fazer Educação Física eu treino volei e acho que dá pra fazer sim para preparar terreno pra daí sim faze a faculdade dos meus sonhos.
Como qualquer garota tbm quero me apaixonar, eu quero um cara bonito, especial, com grandes objetivos, que goste de mim, que seja alto de preferencia pq eu sou ,haha, que não seja igual ao meu pai nos detalhes de em quanto minha mãe faz a janta eli fica no sofá assistindo tv (acho issu ridículo), não espero um cara rico mais tbm não quero qualquer um, são muitas exigencias mais acho que mereço ou vou fazer para merecer caso ao contrário prefiro ficar sozinha. As vezes ficar sozinha em casa assistindo um filme é a melhor solução as vezes melhor do que com um marido e 3 filhos.
Casamento: talvez eu acho que prefiro viver tudu que eu posso pra pensar em casamento, eu acho a vida muitu curta não da pra aproveitar nada nessa vida era melhor se tivessemos duas, viver uma vez para errar e na outra para consertar os erros e aprender. Falam que o tempo cura tudo até um coração eu acho ao contrário, o tempo ajuda quando você fica longe de alguem ou do que fez, mais quando volta pra situação ve que o temp não a ajudou e nada vai fazer você equecer uma coisa que não quer.
Nos meu sonhos a faculdade ainda é prioridade mais eu tbm tenh sonhos como viajar para lugares distantes ou outros países famosos podendo me aprimorar nos conhecimentos, quero fazer curso de inglês quero ser culta e simples ao msmo tempo, esses meus objetivos vieram de um filme "Um Amor para Recordar" um grande filme a menina te vários objetivos para faze-los antes de sua morte mais acaba se apaixonando pelo menino mais popular da escola elis se casam e depois de um verão era falece, mais o importante é que ela realiza todos seus objetivos, assim eu me espelho nessa história é tão linda que faz que você queira viver e viver muitu mais além do que possa.
Sabe as vezes eu acho que vou viver solteirona pra sempre, que acho que nunca vou casar, que vou viver triste e infeliz, as vezes acho que issu vai ser um preço que vou pagar. Quero me mudar de Guaratuba tbm, quero novos horizontes e sabe aquele papo qui eu tava falando que o tempo não cura nada é msmo verdade você tem que querer e tudu se apaga na mente e no coração como s nada estivesse acontecido!!!
As vezes penso em ser médica, mais acho que é demais pra mim que eu não consigo eu acho que daqui a 3 anos eu vou saber msmo o que fazer mais essas 3 questoes são prioridade pelomenos eu acho que são. Eu quero tanta coisa que ja nem sei mais o que quero hahaha³

Inserida por Janainademoraes

Princesa, hoje você faz 15 anos.

Que lindo tempo de festa, de anos dourados, de risos e cores transformando o céu num manto cor-de-rosa com estrelas cintilantes.

Quanta ternura traz hoje o seu grande dia, onde a graciosidade deste momento transforma o Universo num palco encantado em que você é o centro de tudo que é belo.

Parabéns linda menina que sonha, que dança, que reluz mais que a lua e ofusca a mais florida primavera com o seu lindo sorriso.

Parabéns doce e encantadora debutante.

Hoje é o seu aniversário. 15 anos! Inesquecível momento.
Gosto muito de você.

Inserida por marciors1

Ha aproximadamente 15 anos atrás quando eu era apenas uma criança, um anjo procurou-me e confiou a mim uma missão muito importante, ele me disse que o anjo mais lindo e mais especial do senhor havia sido enviado a terra, para levar alegria aos corações das pessoas que tenham o prazer de conhecê-lo.

E que o meu dever é proteger, amar, dar alegrias e muito carinho a este anjo, aquela situação me deixou espantado e sem entender muito do que estava acontecendo, eu perguntei a ele, como iria fazer isso sendo tão pequeno e fraco, ele me respondeu, que ia fazer com que eu crescesse e me tornasse uma pessoa com potencial para realizar tal tarefa.

Ele também me disse que eu iria ter que procurar por este anjo e que durante esta procura, eu iria encontrar varias dificuldade, entre as quais fogo e água, sol e chuva, calor e frio, tristezas e alegrias, e que algumas vezes eu iria ate me enganar achando que avia encontrado o meu anjo, e que por estes erros eu “iria pagar caro”, pagar com solidão e sofrimento, mas que as duas maiores dificuldades mesmo iam ser conquistar o meu anjo e o tempo.

O tempo por que ele ia fazer com que eu ficasse ansioso e em alguns momentos ate pensasse em desistir, mas ele também disse que conquistar meu anjo não iria ser nada fácil, mas eu deveria persisti, persisti ate conseguir. E antes que ele encerra-se a conversa eu perguntei como ia saber quem é o meu anjo e ele me respondeu que eu iria saber quando o encontra-se, e que ia ser recompensado por todos os sacrifícios pelos quais passei e que o meu anjo ai ter o que lê foi prometido quando foi enviada a terra.

E agora tendo superado todas as dificuldades anteriores tenho certeza de que finalmente encontrei o meu anjo.
Gosto muito de você Lindinha

Voce è especial pra mim
Te AMO

Inserida por Montecino

Princesa...
Hoje você faz 15 anos.
Que lindo tempo de festa, de anos dourados, de risos e cores, transformando o céu num manto de rosa com estrela cintilante.
Feliz aniversário!

Inserida por minhas100poesias

A mulher aos 15 anos quer um homem popular, aos 20, quer um homem com futuro, aos 25, um homem bem sucedido, aos 30 quer qualquer Homem, e aos 35 simplesmente quer um HOMEM

Inserida por colombina

Tem muita minininha de 15 anos dando mais Luz que a E.D.E.L

Inserida por hermoislove

Se mãe do outro e minha mãe, uma rapariga de 15 anos que nasce um filho passa a ser minha mãe também?!

Inserida por hermoislove

SINCRONIA

A minha mente tem 15 anos, o meu corpo tem muito mais, de vez em quando a minha mente sai correndo e o meu corpo fica, eu preciso sincronizar os dois.

Ou faço um corpo de 15 ou uma mente de muito mais...

Inserida por Biaazv

A Tom Jobim.

15 anos sem Jobim.
Realmente, tudo que é bom, tem fim.
Tanta coisa ruim pra ruir
e vai se embora meu maestro.

Cancionar, harmonizar o sol de Copacabana.
Eita saudade corroída pelo tempo,
eita tormento, piano com pano.

Consigo ouvi-lo quando em silêncio, ponho-me
na enevoada manhã dessas montanhas.
Estrangulo com as mãos, o pecado do ócio.

A ansiedade dessa cidade.
O tribunal de inquisições formais.
As bruxas de hoje não usam vassouras,
usam a mídia para se locomover.

Cansado dessa euforia do tempo,
de passar gota a gota pelo relógio,
coloco um vinil de Jobim e pronto!
Agüento mais um tempo até o disco acabar.

Inserida por nelmarques

Na escola: "professor, eu já tenho 15 anos. Não sou mais criança".
Em casa: "mãe, sabe dia 12? Está chegando, né."

Inserida por MariaZika

Sou só uma adolescente de 15 anos fazendo tudo o que sinto virar poemas. As vezes é bem mais fácil do que encará-los!

Inserida por AlinySamara78

Quando tinha 10 anos olhava para o espelho e me perguntava:- Como será quando eu tiver 15 anos?. O tempo passou cheguei aos 15 anos cheia de sonhos, mas continuava pensando e quando eu tiver 20 anos? Os 20 chegou. Expectativas? Muitas.
E os 30 anos e os 40 ? Casamento, filhos!
Hoje com quase 60 não me pergunto mais como será?. Quero viver o hoje como se fosse o último dia da minha vida. Ver meus netos, estar com aqueles que amo, viver em paz, morrer feliz!

Inserida por SoniaGuiraldelli

Resguardo da pátria

Faz 15 anos que ele foi à guerra
E, desde então, não mais voltou
Sua mulher continua no casebre
Recordando tudo o que passou

Tantos planos estão esfacelados
Em nome do resguardo da pátria
Contudo, a bandeira bem tremula
Representada por militar ou pária

O governante motiva o confronto
Pois não terá de pegar em armas
Vê o desenlace pelos bastidores
Enquanto famílias são ceifadas

Não há real vencedor na batalha
Muitos entregam seu maior bem
Tratando com artilharia pesada
Fatalmente se dizima alguém

Histórias ricas resultando em pó
De corajosos que agora jazem
Um pranto que retumba no ar
É o dos que ficam à margem

A mulher ainda está esperando
Já que ele prometeu o retorno
Em uma promessa incumprível
Do soldado morto em Livorno.

Inserida por PensadorRS

DEPOIS DOS 15

Depois dos 15 anos você percebe que não é mais a mesma pessoa, pois aquele sonho de ser a princesinha do papai e da mamãe não valem mais, a gente começa e a se descobrir e conhecer o mundo como realmente ele é.

A nossa vida é mesmo uma caixinha de surpresas e a cada fase dela é uma descoberta e, é a partir dessas descobertas, que passamos a nos descobrir perante esta sociedade que vai se modificando, e, é em muitas dessas modificações que a gente acaba percebendo que o tempo passou e com ele se foram muitas partes de nossa vida que não voltam mais, as alegrias vividas de uma inocência que foi nos tornando rebeldes, sabedores de tudo e com uma coragem que pensamos que conseguiremos pegar o mundo com as nossas próprias mãos, quem nunca se sentiu assim? Não é?

Até os 15 a gente ainda é aquela mocinha do papai e da mamãe que ainda quer colo. É nessa fase que deixamos de brincar de casinha, de boneca, de comidinha e passamos a ter diários que contam historinhas de príncipes encantados de amores de nossa infância, a gente se apaixona sem saber por coleguinhas da escola, da igreja, da rua, e carrega essa paixão consigo, escreve o nome dele no caderno, no diário e em todo lugar e engraçado é que ele não sabe de nada, a paixão é só nossa, é o nosso momento inocente da descoberta desse sentimento que irá aflorar em nossa vida durante a nossa adolescência.

Depois dos 15 a gente começa ver o mundo de outra forma, começamos a perceber que nem tudo era como a gente pensava, que nem todos garotos são aqueles príncipes que sonhávamos, que sonhar é preciso, que correr atrás do sonho é mais ainda, que a responsabilidade é algo que temos que ter, que o primeiro emprego é uma conquista de liberdade, que o dinheiro dos pais não é mais suficiente, que viver intensamente é preciso...

Começamos a perceber que tudo ao nosso redor são consequências daquilo que fazemos, que aparecem muitas duvidas, muitos questionamentos, que o mundo é um desafio a ser descoberto, que viajar e viver momentos são essenciais e as forças parecem não acabar mais, as pequenas conquistas se tornam grandes realizações, pois nos dão forças para seguir em frente e não desistir jamais, a gente vai aprendendo com os nossos erros e as vezes caímos uma, duas, três vezes para poder acertar e ver que não estávamos certos, porque o ego é bem maior que a humildade de reconhecer e aceitar que erramos.

E assim, vamos levando a vida acertando e errando, mas tirando lições de cada fase para tentarmos mudar o que foi ruim e nos tornarmos pessoas melhores, porque o mundo só muda porque nós mudamos, e a mudança muitas vezes não é só preciso, como essencial.

Inserida por luzianeaguiar

Sou o Pedro, tenho 15 anos e sou negro! Esperei até os 11 anos sentado naquele balanço de pneu por alguém que olhasse em meus olhos e percebesse que eu era igual aquelas outras crianças sorridentes entrando no carro de sua nova família.
Quando me nasce alguma esperança, esta é inteiramente soterrada pelas estatísticas do CNA (Conselho Nacional de Adoção). 71% dos casais preferem uma criança de até 3 anos, 39% só aceitam se mesma for branca ou parda e 22% apenas as `arianas`.
Sim... meu `fator de proteção solar` me condenou a ser invisível, mesmo eu sendo tão escuro.
Semana que vem, na véspera do natal, faço 16! NEGRO! E ainda sem sobrenome, apenas Pedro! A criança `exposta` aquela do qual não se tem notícias dos pais, NEGRA!
Talvez eu não seja real, mas o `Pedro` existe! Negro... sem sobrenome... esperando alguém olhar nos olhos e ver seu espirito sorridente... na verdade, APENAS VÊ-LO!

Inserida por LImaBA

Meus 15 anos!
Eu sempre me senti diferentes das outras garotas. Não mais bonita, nem mais feia, só diferente. Nunca gostei de maquiagem, quando usava me sentia o curinga personificado. Minha moda? Eu mesma criava o meu jeito de me vestir. Saltos? Nunca gostei, eu preferia All Star. Roupas com decote? Eu passava longe!
Eu estudava em uma escola de tempo integral - Escola Estadual de ensino integral Emanuel Rosa Sales. Meu tempo de escola não era diferente desses famosos clichês que passam nos filmes: "Garota bonita vs Garota feia".
Bruna, é uma daquelas garotas que todos os meninos são loucos para "pegar". Realmente linda e atraente, mas posso dizer que tinha muita beleza e pouco conteúdo. Eu era exatamente o oposto dela. Enquanto os garotos faziam fila para namora-la, eles também faziam fila para fugir de mim.
O meu primeiro e tão sonhado beijo, aconteceu com um garotinho da escola, que tinha por nome Pedro. Eu estava feliz, cheguei a pensar que ele e eu namoraríamos (quanta inocência)... Depois de alguns dias trocando beijos e acreditando que estávamos juntos, Pedro me deu um belo fora dizendo:
- Não posso mais ficar com você, meus amigos estão me zoando e falando que estou namorando uma garota que parece menino.
Eu chorei muito ao ouvir aquilo, eu tinha apenas 13 anos e não entendia porque insistiam em me rotular gay.
Comecei a perguntar a mim mesma se aquilo era resultado do modo como eu me vestia ou talvez o jeito masculino como eu andava (eu já tinha ouvido alguns colegas dizendo que eu não sabia rebolar e andava de um jeito masculino. Eu nunca imaginei que existia regras na forma de andar, onde diferia homens de mulheres.) Talvez a minha falta de feminilidade tenha contribuído em toda essa construção pejorativa que as pessoas tinham com a minha aparência.
Um dia almoçando sozinha na escola, sentou uma garota na minha mesa (de nome Nicole) para me fazer companhia. Isso raramente acontecia... Ela me tratou bem como há muito tempo não acontecia, disse que entendia tudo que eu estava vivendo pois também passou pelo mesmo ao se assumir.
Fiquei brava por ela ter agido como se eu também fosse lésbica. Levantei furiosa e fui embora pra minha sala deixando o almoço quase intacto na mesa. Sentei na minha cadeira e comecei a refletir que talvez aquela menina tenha sido a única que me tratou bem, não se importando com o que falavam sobre mim. E se eu tinha tanta raiva daqueles que me julgavam, porque logo eu iria julga-la? Voltei ao pátio e olhei em volta para encontra-la e fui até onde ela estava para me desculpar.
Ela desculpou-me e se tornou minha melhor amiga. Quando alguém zoava a gente nos chamando de lésbicas ela sabia exatamente como nos defender, até parecia que ela acostumou com aquilo ao ponto de ser mais forte e pouco a pouco ela me ensinava a ser forte também.
Depois de um tempo esse tal menino - o Pedro - começou a me zoar com os demais amigos... Me chamava de "Maria macho", "sapatão" e uma série de coisas desse gênero. Eu chorava e tinha vergonha de ir a escola. Eu implorava que minha mãe me tirasse de lá, mas ela inocentemente achando que era preguiça de estudar, não atendeu meu pedido. Eu comecei a rezar que a convivência na escola melhorasse, mas tudo só piorava, passei a ter medo de me aproximar das pessoas e chorava quase sempre que estava sozinha.
Eu comecei a cair em uma depressão enorme. Piorando eu morria de medo de falar para minha mãe o que estava acontecendo. Eu tinha medo que ela também achasse que eu era lésbica. (eu era só uma garota de 13 anos sentindo-se só).
Os boatos sobre minha sexualidade se espalharam e logo todos os alunos e alguns professores já estavam sabendo da história e tomando essa mentira como uma verdade absoluta. Eu me afundava a cada dia em uma solidão absurda dentro de mim. E sempre quando me viam chorando nos cantos da escola, afirmavam que era vitimismo para chamar atenção.
Tentei me afastar da Nicole para diminuir os boatos, mas sem ela a escola era ainda mais difícil de suportar. Nossa amizade só crescia e os boatos de que estávamos namorando se espalhou pela escola.
Em uma manhã de quarta-feira fui ao colégio, mas não tive coragem de entrar na sala de aula. Eu tive fobia/medo daquelas pessoas que se diziam meus colegas. Covardemente desisti de entrar na sala e segui de uniforme, livros e mochila até a saída para tentar ir embora da escola, mas infelizmente os portões já haviam sido fechados e eu em uma atitude desesperada para não entrar na sala, segui em destino ao banheiro do vestiário feminino. Fiquei lá por quase 4 horas sentada no chão do banheiro, por mais desconfortável que fosse, era melhor para mim que entrar na sala.
Na hora do intervalo um grupo de meninas da minha sala entraram no vestiário para retocar a maquiagem antes de irem almoçar. Ironicamente notei que o assunto da conversa era sobre mim. Elas falavam em alto e bom som, para que quem entrasse naquele banheiro pudesse ouvir que os diretores deveriam expulsar-me, pois pois era inaceitável um namoro lésbico na escola. Todas caiam na risada, pareciam contar a mais engraçada de todas as piadas.
Abri a porta do banheiro e com toda a raiva que eu estava sentindo, empurrei uma delas contra o banco do vestiário. Por ironia, era a Bruna. Mas meu ódio me cegou e não consegui parar de machuca-la, suas amigas tentaram separar a briga e chamar socorro, mas até lá eu já tinha feito um estrago no rosto dela.
Fui suspensa após isso e quando finalmente voltei à escola minha vida se tornou um inferno ainda pior. Bruna começou a espalhar boatos mentirosos sobre mim, afirmava aos quatro cantos da escola que me viu beijando uma garota e eu havia batido nela para que ela não falasse a verdade sobre mim.
E enquanto pessoas como a Bruna e o Pedro se voltaram contra mim, a Nicole se aproximava cada vez mais e me fortalecia.
O tempo foi passando e eu acabei me encantando por aquela garota. Me encantei por ela e não por ser uma menina. Acabei me apaixonando pela forma que ela me cuidava e me protegia do mundo. Eu não sei se nasci lésbica ou se me tornei devido as circunstâncias, mas até hoje não me arrependo.
Parei de me importar com o que as pessoas falavam sobre mim e passei a ter orgulho de quem eu era. Tomei coragem e me assumi para minha mãe que, graças à Deus, me aceitou bem. No início eu tinha receios de assumir até a mim mesma, mas depois que eu me aceitei vi que minha sexualidade não me fazia menos que as demais pessoas.
Fomos o primeiro casal lésbico da escola. Era algo novo e inusitado, após isso muitos outros casais gays começaram a assumir também.
Ao me assumir, uma porção de barreiras difíceis começou a surgir para que eu quebrasse. Eu era vítima de preconceito constantemente. Até daqueles que deveriam nos defender. Acabei sendo obrigada a mudar de escola após uma conversa de diretores com minha mãe. As pessoas não aceitavam e parecia que a minha sexualidade desmoralizava a todos.
Pessoas se afastaram e deixaram de ser meus amigos, no início não entendia o que estava acontecendo comigo. Eu era uma menina como todas as outras, a única coisa diferente era o que eu trazia no meu coração. Mas desde quando a minha forma de amar muda quem eu sou?
(...) ANOS PASSARAM
Deixei de ser a menina assombrada, para me tornar a mulher destemida. Concluí o ensino médio e iniciei a faculdade de Psicologia.
Um certo dia vindo da faculdade, encontrei uma garota desolada, com a cabeça baixa, sentada em um banco na rodoviária. A faculdade é em uma cidade vizinha, então fazia parte da minha rotina descer do ônibus na rodoviária e ficar na espera da minha mãe ir buscar-me.
Já era tarde e não tinha quase ninguém na rua, era por volta de quase onze e meia da madrugada. Me aproximei e quando a tal garota levantou a cabeça, vi que se tratava da Bruna. Nesse momento eu gelei, fiquei paralisada e sem ação.
Ela tentou ignorar a minha presença, continuando sentada em um banco, tentando abafar o choro. Creio que se sentiu intimidada. Tentei me aproximar, porém eu estava com certa vergonha. No fundo eu sentia muita mágoa, raiva e desprezo ao lembrar de tudo que ela me causou anos atrás, mas ir embora e deixa-la para trás naquele estado me traria peso na consciência. Já era tarde e seria perigoso para qualquer garota ficar ali naquele horário sozinha. Insisti para que ela se abrisse e eu pudesse entender o motivo do choro. Mesmo com muito medo que ela me tratasse mal como tratou em todas as vezes que cruzamos.
De início ela me tratou mal e disse que eu estava tripudiando da tristeza dela. Ela implorou para que eu me afastasse, mas eu fui insistente. A verdade é que ela estava insegura, achando que eu estava ali para me engrandecer com sua dor.
Sentei ao seu lado no banco em que ela se encontrava e disse:
- Eu não quero te fazer mal, se o destino fez que a gente se encontrasse a essa hora, talvez fosse mesmo pra ser assim, do contrário, as forças superiores teriam enviado uma daqueles suas amigas do ensino médio. - Rimos juntas.
Ela começou a chorar e me abraçou, fortemente como se fosse um pedido de desculpa por ter durante tanto tempo me perseguido. Creio que a minha piadinha fora de hora sobre ensino médio tenha despertado tais lembranças nela.
Ela ainda presa no meu abraço, contou-me que acaba de ser expulsa de casa e o motivo era sua sexualidade. Eu fiquei surpresa. Puts! Sempre imaginei ela héterosexual e agora essa revelação, caramba me pegou realmente surpresa. Ela chorava mais que antes e me pedia desculpa por tudo que me causou e me abraçou ainda mais forte.
Quando minha mãe finalmente chegou para me apanhar da faculdade, eu expliquei toda a situação e pedi permissão para leva-la para dormir aquela noite em casa.
Minha mãe respondeu algo que me fez agradecer aos céus por ter a sorte de ter nascido daquela mulher:
- É claro que pode Lanny. Algumas vezes na vida, nós pais tememos tanto que nossos filhos sofra, que brigamos para que eles sigam um caminho que a nossos olhos seria menos doloroso. Talvez seus pais só esteja com medo de tudo que você vai enfrentar pela sua sexualidade. No início eu também agi assim, mas depois me preocupei em não der para minha filha um exemplo dessas pessoas que não se importam com com a felicidade. Nós as vezes buscamos tanto o melhor para nossos filhos e esquecemos que o melhor nem sempre é o caminho mais fácil e sim o caminho que mesmo difícil os fazem mais felizes. Eles vão te aceitar Bruna, é questão de tempo até que eles vejam a filha maravilhosa que você é.
Naquela noite e por mais alguns meses Bruna passou a dormir em minha casa. Esquecemos sobre o passado e firmamos uma amizade forte. Hoje somos quase como irmãs. Após alguns meses sentindo na pele o peso da rejeição e do preconceito ela foi finalmente aceita por seus pais e hoje é namorada de uma garota linda que costumo chamar de cunhada.
Não sei se dá pra tirar uma moral dessa história, mas se desse seria: O mundo gira e as pessoas que hoje você oprime, amanhã pode ser uma das poucas que vai te estender a mão quando precisares.




Repentinamente me vejo sendo outra vez aquela garota de quinze anos. Isso é tão assustador!
Me vi presa outra vez dentro de mim mesma, com medo de sair do quarto e viver. Parece tão louco me sentir assim. Eu sempre me achei/pensei ser tão segura de mim mesma.
Me sinto de mal com o espelho, quando fico diante dele vejo um reflexo errado de mim. Por mais louco que seja, ele mostra a imagem de uma garota de quinze anos chorando, mas eu sou uma mulher. Ele deve estar refletindo errado ou sera o reflexo da minha alma?
As pessoas me olham, mas sinto que são sempre olhares focados para as minhas "imperfeições" e nunca olhares de admiração. Eu já desisti de conhecer novas pessoas por vergonha da minha aparência, recusei alguns encontros por puro medo do que os outros pensariam de mim depois de me conhecerem a fundo.
Sei que muitas pessoas não entendem meus sentimentos, minhas escritas, minha palavras. Mas a confusão dessas palavras combinam com meu excesso de sentimentos confusos. Sou tão de mal comigo mesma que me recuso a pensar na ideia de alguém me ver com bons olhos... É como se fosse impossível na minha cabeça.
Cinco anos passaram e a garota de quinze anos ainda não morreu dentro de mim. Ela continua chorando e se sentindo abandonada nesse mundo onde só parece caber pessoas de boa forma e pouco conteúdo.
Gosto de pessoas que buscam despir não só meu corpo, mas minha alma também.

Inserida por lannyContos

Tenho 15 anos nasci no dia 30/11/93. Esse é minha primeira digitalização no diario..

Inserida por sanshus

"Não tenho 15 anos, nem sonho com príncipe encantado.
Só quero ter um homem que viva do meu lado"

Inserida por clarear

⁠A garota tem 15 anos, vive a custa dos pais, mal consegue estudar para passar em uma prova de matemática, nem se quer consegue andar sozinha pelo próprio bairro onde mora e ainda por cima pensa que já sabe de tudo.
Que condição tem uma garota dessas para namorar?
Mamãe e papai que tem filha nova que namora, VIGIA!

Inserida por elielton_lima