Menina dos Cabelos Escuros
Em meios aos teus dedos, tinha-se meus cabelos e tudo o que restou agora foram apenas o anseio e a saudade.
Minha pele ficará enrugada, flácida e manchada, meus cabelos (ou o que resta deles) brancos assim como todos os pêlos do corpo, minhas costas se curvarão, minha voz se enfraquecerá e minhas vistas não terão mais o mesmo alcance. Mas meu espírito? Meu espírito é eterno e não está sujeito à decadência seja ela física, intelectual ou moral. Porque devo me preocupar com o efêmero se o que realmente sou somente se fortalecerá e amadurecerá a cada dia de minha imortal existência?
Da floresta mágica, do mais encantado dos reinos, surgiu uma Deusa dourada. Seus negros cabelos e seu olhar de estrelas, encheram o mundo de magia, fazendo que para sempre, todos que provaram seu amor , nunca mais se sentissem sós.
Pʀɪᴍᴇɪʀᴏ Aᴍᴏʀ
Como eu queria ter dividido
os cabelos brancos e os silêncios
com você.
Ver o tempo sorrir em suas rugas,
sentir que o mundo lá fora podia girar —
mas o nosso ritmo era só nosso.
Ainda escuto seu riso
nas manhãs que não têm pressa,
aquela paz de saber:
estávamos onde devíamos estar.
Mesmo estando longe,
você segue envelhecendo dentro de mim.
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
Um desjejum de algumas delícias.
Mamãe abotoou a gola de linho,
Penteou seus cabelos, fez carícias,
Regou as plantas com carinho.
Tomando os lindos e compridos cabelos da bela dama em suas mãos macias o cavalheiro inclina seu corpo suavemente e beija o seu belo dorso de pele branca, macia, perfumada que à dama oferece docemente com sutis suspiros.
Autora A.Kayra
O tempo é um senhor de cabelos braços,observando a vida sentado em um banco,exercitando a paciência.
Um Sopro de Amor Sob a Lua
Nas sombras suaves da noite falante,
Longos cabelos fluem como rios de seda.
Mãos de cavalheiro, delicadas, excitantes,
Tocam com graça que o tempo mal mede.
A leve curva de um corpo inclinado,
Beija a alvorada na pele da dama.
Branco e puro, o dorso iluminado,
Por um amor que tudo acalma.
Sua pele, um campo de lírios em flor,
Exala perfume, que ao céu se eleva.
Suspiros soam, música de amor,
Num romance que a noite revela.
Cada carícia, uma palavra não dita,
Em versos de afeto, a paixão se convida.
E naquele instante, tudo se acredita,
No toque, a essência da vida.
Às vezes, Deus vem nos visitar em envelopes de carne e osso, com cabelos brancos ou disfarçado de criança brincalhona. O problema é que quando ele aparece, nunca o reconhecemos, estando muito ocupados com o diabo, a violência, o mal e com as pessoas tão inúteis e efêmeras, mas que juramos que são relevantes.
"VERTER ANOS"
Nesses cabelos tubianos
Trançam histórias dos anos
Com rastros que não reclamo
Pois aqui fiz muitos manos
Por vezes rasguei os planos
Quase à beira do insano
Peço perdão pelos danos
Que tenha feito ao paisano
Assim meio veterano
Não me preocupa o Cicrano
Arredio ao cotidiano
Claro que não puritano
Sem deixar ser leviano
Chego a ser espartano
Às boas causas que tramo
Quero acalmar quem eu amo
Quando eu me for pra outro plano
Por tudo que paleteamos
Um infinito encontramos.
Cada dia que passa nessa vida
O acúmulo de perdas não para de crescer
Perdem-se os dentes, cabelos, saúde e emprego.
Perdem-se também os amigos, algo triste de se ver,
A cada dia temos menos,
Alguns mudam de lugar e perdemos o contato,
Eles vão para nunca mais voltar.
Percebo que estamos ficando sozinho,
Cada um no seu canto, todos dentro do seu ninho
Vendo à sua hora chegando.
E aquele amigo que nunca nos abandona
Está preparando lugar, pois sempre nos honra,
Com a nossa morada cheia de pompas.
Mas ele é paciente e nunca se zanga.
E só vai nos levar quando estivermos velhinhos.
Iremos do mesmo jeito que viemos enrrugadinhos,
E mesmo assim, nos receberá com alegria,
Na certeza de que sempre agiu com a sua justiça.
No tempo que me resta
Ao olhar os meus cabelos já grisalhos,
Penso nas tantas coisas que passaram...
Não são mais frequentes como antes,
Os amigos se foram para nunca mais, sumiram!
Cada um no seu canto buscando um conforto,
As pequenas ações agora são percebidas...
Velhos amigos espalhados em todo canto,
Nossos esforços são para outras vidas.
Nos contorcemos em momentos de nostalgia,
Sem saída buscamos sempre o que fazer.
No tempo que me resta, xô melancolia!
Saiba que não me venceu, eu quero viver.
São tantas intervenções pelo amor pretendido...
Lutas inglórias pelos que não querem mudar.
Só para ver a felicidade alheia e plena,
O politicamente correto, eu prefiro ignorar.
Enquanto o tempo se espreme com rapidez,
Eu viajo nos encantos da literatura.
Busco ter serenidade nas ações de solidez,
Dou mais valor aos aromas da natureza.
Quem resolve não mudar e fica estático,
Vai morrendo um pouquinho a cada dia!
Eu vou ouvindo e pensando nas mudanças,
Para continuar vivo e com muita alegria!
O Preço da Liberdade
Ela chegou como o vento que despenteia os cabelos e desarma certezas. Trouxe consigo o perfume do desconhecido e o peso da ausência. No instante em que a liberdade tocou minha pele, compreendi que não era um presente, mas uma travessia.
A liberdade pediu-me tudo, meus medos, meus desejos, minha história. Com mãos delicadas, ela despiu minha identidade, arrancando cada fio de apego que me vestia. No espelho, vi uma estranha, alguém sem nome, sem passado, apenas um sopro vagando entre o céu e a terra.
E no vazio, a verdade sussurrou: somente aquele que se desfaz de si encontra o infinito. A liberdade, tão gratuita, exigia o preço da entrega absoluta. O amor e a saudade, antes refúgios, tornaram-se rastros de um tempo que já não me pertencia.
Mas então, ao perder tudo, ganhei o universo. Tornei-me o pássaro sem gaiola, o mar sem margens, a chama que arde sem se consumir. A liberdade não me deu novas amarras; apenas me ensinou que nunca precisei delas.
E assim, sem nome e sem destino, dancei com o vento e abracei o vazio como quem reencontra o lar.
O Tempo é implacável, vai arrancar teus dentes, teus cabelos, tua beleza, teu sorriso, sem você notar.
Seus cabelos são como as ondas do mar: vêm e vão (vã), mas sempre presos ao mesmo lugar.
Parece que você se esqueceu do que te fez chegar onde está.
Teu orgulho é tão corrosivo quanto esse hábito crônico, feito um cachorro que volta ao próprio vômito."
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