Marcel Sos
A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos.
A razão pela qual algumas pessoas acham tão difícil serem felizes é porque estão sempre a julgar o passado melhor do que foi, o presente pior do que é e o futuro melhor do que será.
Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?
Só se ama o que não se possui completamente.
Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação.
O amor é o espaço e o tempo tornados sensíveis ao coração.
As pessoas querem aprender a nadar e ter um pé no chão ao mesmo tempo.
Só nos curamos de um sofrimento depois de o haver suportado até ao fim.
Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras.
Saber amar não é amar. Amar não é saber.
Em certa idade, quer pela astúcia, quer por amor-próprio, as coisas que mais desejamos são as que fingimos não desejar.
Se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos é sonhar mais.
A sabedoria não se transmite, é preciso que nós a descubramos fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma maneira de ver as coisas.
A felicidade é salutar para o corpo, mas só a dor robustece o espírito.
Se uma mulher se vestisse só para um homem, com certeza não demoraria tanto tempo.
É espantoso como o ciúme, que passa o tempo a fazer pequenas suposições em falso, tem pouca imaginação quando se trata de descobrir a verdade.
A sabedoria não nos é dada. É preciso descobri-la por nós mesmos, depois de uma viagem que ninguém nos pode poupar ou fazer por nós.
O ciúme é muitas vezes uma inquieta necessidade de tirania aplicada às coisas do amor.
Há males de que não se deve buscar a cura, porque só eles nos protegem contra males mais graves.
A pessoa amada é sucessivamente o mal e o remédio, que suspende ou agrava o mal.