Ja Amei e não fui Amada
O ódio que o povo cativa e cultiva,se tornou um câncer que corrompe toda a fétida humanidade, já fadada a sua autodestruição.
boiada
não deixe nada para depois.
pois, o ontem já foi
o agora está sendo
e a saudade cobra os bois...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Só quem já teve seus valores mais sagrados achincalhados pela ignorância alheia consegue entender quão devastadora pode ser a sensação de haver misturado suas jóias mais caras à lavagem que acabara de deitar à pocilga.
EU ASSIM
Fiz pedaços de mim e me distribuí inteira.
Já não sou mais sozinha.
Em cada canto da cidade eu existo,
Eu resido,
Eu vivo.
Sou assim:
Metade inteira e metade completa.
Não sou por acaso.
Sou o meu próprio suado.
Sou o meu intenso,
O meu avesso e o meu relento.
Em cada parte que me dou,
Eu penso
Em ser um pouco do que sou
E do quem já não estou.
A quem me entrego inteira
Sou a história primeira.
Sim!
Sou essa mesmo, assim:
Assim meio eu,
Assim meio outra,
Mas verdadeira,
Faceira
E louca!
Nara Minervino
À velhice, para onde tod@s nós; @s “sortud@s”, caminhamos!…
A ti, que de tanto viver, já vens;
Nessa pobre carcaça, para o pó;
Jamais te esqueças da sorte que tens;
No este verso estares a ler, tão só!
Jamais te esqueças, tal agradecer;
A quem quiseres, por tão longa vida;
Te ter Doado, aquando o teu nascer;
No Decidir, tua certa partida!
Porque coitado do pobre agarrado;
À carcaça, que vai, pra onde bem sabe;
Quem se esquecer, do tal agradecer!...
Quando de cá, tiver que ser julgado;
Do semear, que só a cada um cabe;
Por ser tal semear, que irá colher.
Porque do destino marcado, só acredito na hora da partida, [uma vez que o restante, é por livre arbítrio, decido por cada um] digo: Quanto maior viver, maior semear, logo; maior colher!
SONETO DA AUSÊNCIA
O cerrado já não mais é meu confidente
o pôr do sol não mais ouve o meu plangor
os cascalhos do segredo fazem amargor
e a saudade já não mais está condizente
Não mais estou melancólico no rancor
nem tão pouco sou aquele imprudente
e ao vento nada mais contei contente
deixo o tempo no tempo ao seu dispor
Até da recordação eu tenho medo, dor
o entardecer tornou-se inconcludente
e o olhar se perdeu nas ondas de calor
O poetar fez da madrugada noite ingente
carente nas buscas do tão sonhado amor
e hoje o meu eu no cerrado está ausente
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/06/2016
Cerrado goiano
Os caminhos imperfeitos do homem já se demostraram em milhares, o conhecimento já se demostrou totalmente expansivo em apenas um código, a realidade era apenas uma ilusão projetada para satisfazer a consciência e alimentar a alma, o sorriso sincero fez nascer uma motivação capaz de alcançar novos mundos, o sistema manipula e aprisiona, os inconformados criam sistemas próprios e descrevem novas histórias.
18 de Outubro de 2019
Já passei por esta fase.
Demorou para eu perceber que nada daquilo que fizeram ou desejaram contra mim eu poderia, simplesmente, ignorar e relevar, sem nenhum desgaste emocional de minha parte.
Entendo agora que “dar o troco” jamais deveria, um dia, ter povoado minha mente, mesmo porque, neste revide eu estaria concordando com meu agressor e dando a ele o prazer de
sua constatação, mesmo que falsa.
Se formos vítima de algum engano e, no calor desta intriga, nos empenhar em algum revide, isto sempre nos enfraquecerá muito mais, pois, não conhecendo o ambiente do agressor já estaremos em desvantagem.
Nesta situação somente o tempo agirá a nosso favor, e nosso silêncio será por todos compreendidos, nos devolvendo e ampliando nossa admiração.
(Teorilang)
O ideal é o caminho pelo qual as aspirações individuais de felicidade distribuem-se nos sulcos já abertos da realidade exterior, saem da redoma do sonho e ganham um corpo no cenário maior dos fatos e das coisas.
Já parou para pensar, que nem tudo que falam de você e por te invejar?por querer ser quem você é ou até mesmo ter o que você tem?
Já parou para pensar que você não é perfeito? Que mesmo você tendo chegado onde chegou, tem imperfeições, tem defeitos?
As vezes é necessário pararmos e pensarmos quem realmente somos...
Quem sabe você em todas as suas conquistas ainda não conquistou um amigo que consiga te desafiar, apontando as tuas qualidades mas deixando bem claro que você tem defeitos. Talvez você nunca encontre esse amigo, talvez nunca encontre essa pessoa que fale o que você precisa ouvir, então faça você essa auto reflexão... Em que preciso melhorar? Como posso ser uma pessoa melhor? Talvez assim a fenda que está nos seus olhos caia e te faça uma pessoa melhor, não pelo quem tem, mas pelo que és!!!
Tantas lágrimas já chorei, tantas rasteiras dessa vida, que hoje me peguei olhando ao redor e pensando: "São esses será, os dias de glória? E a resposta veio rápida no meu coração, se são de glória não sei, mas com certeza são dias de muita paz!
autor
Já dizia a canção, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer,” assim é a felicidade, enquanto muitos esperam, outros a buscam, tenha em mente que você é senhor de seu destino.
Quando não quis tentar,
tentei, por medo de errar
errei. Eu já pensei em
parar, mas bota fé ainda
não parei...
Vai acreditar que não doeu
Vai passar...
Vou te enganar
Vai acreditar que já era
Passado, pra trás...
Vou te enganar
Vai pensar que tô em outra
Vivendo...
Sol, mar...
23/09/2019
Os cortes já não doem mais
As cicatrizes que trago são coisas que deixei para trás
As dores são apenas coisas mentais
Não me sinto inteiro
Os olhares de canto não me importam mais
Os cortes já não doem mais.
A DANÇA
Agora já tarda
O ponteiro não para
Sem intervalos nem pausa
entro na dança
Erro passos
Cometo delitos
E muito sem querer
Encontro o teu retrato
Não culpo a moldura
Então mudo o cenário
me acostumo com o ritmo
Se burlei o esquecer
Ele apenas retorna
No infringir do entardecer
ROSAS DA COR DO MAR
Há um caminho, já percorrido
Hum tão tempo
Se não me falha memória
Cujo chão é cor de rosa
Na arena tem estrelas
Soltas, desprezas
Lá no céu há branco paz
Nesse ar desatado ...
As sujeiras por sua vez
Não podiam faltar
Afinal, qual lugar
Que tem uma marca pra deixar
Não deixam...
Sujeiras rosas nesse mar
