Italo Marinho

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Uma das grandes dificuldades da vida é adivinhar qual é o desejo de uma mulher.

Escrever é sempre esconder algo de modo que mais tarde seja descoberto.

Um dos primeiros efeitos da beleza feminina sobre um homem é o de tirar-lhe a avareza.

A fé é uma visão das coisas que não se vêem.

O mentiroso deveria ter em mente que, para ser acreditado, precisa apenas dizer as mentiras necessárias.

O conhecimento do próximo tem isto de especial: passa necessariamente pelo conhecimento de si mesmo.

Até mesmo para quem passou toda uma vida no mar, chega uma idade em que se deixa a embarcação.

A vida de uma pessoa consiste num conjunto de acontecimentos, dos quais o último também poderia mudar o sentido de todo o conjunto.

Não podemos conhecer nada de exterior a nós próprios que nos supere (...) o universo é o espelho em que podemos contemplar apenas o que aprendemos a conhecer em nós.

Os leitores são os meus vampiros.

Quando tenho mais ideias do que os outros, dou-lhe essas idéias, se as aceitam; e isso é comandar.

A vida não é nem feia, nem bonita, mas é original!

A vida parece uma doença porque avança por crises e deterioração progressiva e tem melhoras e agravamentos quotidianos. Porém, ao contrário das outras doenças, a vida é sempre mortal. Não admite tratamento.

Quando se está a morrer, tem-se muito mais que fazer do que pensar na morte.

É sabido que nós homens não buscamos na esposa as qualidades que adoramos e desprezamos na amante.

Há duas maneiras de não sofrer. A primeira parece fácil para a maioria das pessoas e consiste em aliar-se ao inferno até não mais senti-lo. A segunda é difícil e exige aprendizado continuo e constante e consiste em saber quem é o quê, no meio do inferno, que não é inferno e preservá-lo e abrir espaço!

Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações? Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser completamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis.

"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: procurar e reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço"

Meu Deus! Como é engraçado.
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço.
Uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não embola.
Vira, revira, circula e pronto, está dado o laço.
É assim que é o abraço (...)
Ah, então é assim o amor, a amizade, tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas não pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços.
Então o amor, a amizade são isso.
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Maria Beatriz Marinho dos Anjos

Nota: Adaptação do poema de Maria Beatriz Marinho dos Anjos.

Malandro é cavalo marinho, que finge que é peixe pra não puxar carroça.