Intercambio de Filha
"" Não compre minhas dores,
Pois com todas as cores
Elas se aninham,
Numa comedia intensa
Onde habita, meu próprio ser..""
Detalhes são importantes, notar o outro é essencial! Dizer ou não uma escolha... mas uma escolha que carrega o ônus de suas consequências.
NÓS DOIS
Chão humilde. Então,
riscou-o a sombra de um vôo.
"Sou céu!" disse o chão.
Inclinei os olhos a uma das vertentes, e contemplei, durante um tempo largo, ao longe, através de um nevoeiro, uma coisa única. Imagina tu, leitor, uma redução dos séculos, e um desfilar de todos eles, as raças todas, todas as paixões, o tumulto dos Impérios, a guerra dos apetites e dos ódios, a destruição recíproca dos seres e das coisas. Tal era o espetáculo, acerbo e curioso espetáculo. A história do homem e da Terra tinha assim uma intensidade que lhe não podiam dar nem a imaginação nem a ciência, porque a ciência é mais lenta e a imaginação mais vaga, enquanto que o que eu ali via era a condensação viva de todos os tempos. Para descrevê-la seria preciso fixar o relâmpago. Os séculos desfilavam num turbilhão, e, não obstante, porque os olhos do delírio são outros, eu via tudo o que passava diante de mim,— flagelos e delícias, — desde essa coisa que se chama glória até essa outra que se chama miséria, e via o amor multiplicando a miséria, e via a miséria agravando a debilidade. Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma dor bastarda. Então o homem, flagelado e rebelde, corria diante da fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, — nada menos que a quimera da felicidade, — ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão.
A felicidade estava nas minhas mãos, presa, vibrando no ar as grandes asas de condor, ao passo que o caiporismo, semelhante a uma coruja, batia as suas na direção da noite e do silêncio...
Écloga (imitado de Alberto de Oliveira)
Tirsis, enquanto Melibeu procura
Esgarrado caprídeo, sonolento
Deita-se à sombra de pinhal e o vento
Escuta, olhando os cirros pela altura.
Chega porém das vargens Nise pura,
Que o tem preso a seus pés, e ele, sedento
De amor, mais o de sonhos lesto armento
Guarda, que esse, de capros, na planura.
Passa-lhe a ninfa ao lado. Ele então muda
O olhar para essa frol de primavera,
E diz, vendo-lhe os lábios e o regaço:
- Ai se eu pudesse, em vez da à frauta ruda,
Minha boca na tua, não tivera
Então escuro o engenho, e o corpo lasso.
Acha mesmo que me conhece? Engano seu, às vezes nem mesmo eu me reconheço! Por trás desse belo rosto há um ser oculto completamente diferente do que todos julgam conhecer. Meu alter ego, um "outro eu"!
Pobre do homem que pensa que as mulheres escolhem a calcinha que usarão numa noite especial do mesmo modo que nós homens escolhemos nossa cueca: A que não estiver furada. A calcinha de uma mulher esconde uma das maiores místicas desse ser venusiano de pele macia e fala (nem sempre) mansa.
Nada faz uma mulher se sentir mais desejada do que um homem que ama vê-la de lingerie, que presta atenção na cor, na textura, no tamanho ou que a peça para vestir uma calcinha especial. Apesar de muitos homens acharem que elas só servem para ser tiradas, um cara que sabe dar vida e alimentar essa fantasia real de que, ela não escolheu aquela calcinha na gaveta ao acaso, e consegue fazer com que ela sinta intensamente toda essa sensação de sentir-se linda e de, não só fazer sentir desejo, mas de sentir-se realmente desejada, está um passo mais próximo de ter uma mulher verdadeiramente confiante, inteira, entregue e consequentemente, desejosa. Um furacão.
Uma calcinha, escolhida minuciosamente na gaveta para aquela ocasião especial, não esconde somente aquilo que a maioria dos homens pensa, esconde um universo feminino de entrega e sensações que são vividas de uma forma tão intensa, seja por uma vida inteira ou por uma noite, que nós homens, reles mortais, jamais poderemos sentir.
Minha sorte está lançada
Eu sou, eu sou estrada
Eu sou, eu sou levada
Eu sou, eu sou partida
Contra o grande nada - lá vou eu!
Ao romper da madrugada
O sol no pensamento
E o tempo contra o vento
E a minha voz alçada
Contra o grande nada - lá vou eu!
"Quem vem lá?" Pergunta a solidão
"Sou eu!"
Sou eu que vou porque o meu tempo nasceu
Entre os ecos do infinito
Eu grito, eu mato a solidão
Eu sou meu tempo, eu vou
A ferro e fogo, eu corro
Eu vou, eu canto e grito: amor!
Eu vou, eu vou, eu canto e grito: amor!
Evidentemente, para vós, a resposta imediata seria que melhor é ser amado. Quem ama, sofre, se entrega sem por vezes nada encontrar em troca desse sofrimento. Esqueceis, porém, que não possuindo uma só vida, várias são as situações que se repetem. Quem ama já foi amado, quem é odiado já odiou. Mas de que serve construir o que não seja só amor, se somente o sentimento puro e desinteressado do amor poderá construir felicidades futuras? Tudo ocorre porque a humanidade ainda não apreendeu o significado do sentimento pelo qual Jesus tanto lutou para deixar sobre a Terra. Somente à sombra dos troncos desta árvore meia e acolhedora todos poderão sentir-se felizes.
Confundem amor com escravidão, mas esperando do que dando, mais pedindo que oferecendo. Amor deve ser sentimento desinteressado. É servir pelo prazer de dar-se. Porém, cobram mais o que dão. O dia em que compreenderem que realmente feliz é aquele que ama desinteressadamente, sem cobrar, sem pedir, aí então sim; o envolvimento neste sentido será como um ímã de forças, atraindo mais amor, mais carinho. Amor que entre homens não terminará pelo fato de chegarem as primeiras rugas, os primeiros cansaços. O amor entre os esposos será ternura duradoura e bela. Busca no amor a compreensão, a aceitação; exigir menos e daí mais e ficarei admirados de ver a atração da vibração amorosa, trazendo a paz do carinho puro e verdadeiro. (...)
Desanimada.
Olhos vendados, boca fechada, totalmente desanimada.
Palavras cortadas, não decifradas.
O tempo passa e nada muda.
Preciso de um lugar novo.
Ocupar minha mente.
Ler intensamente.
Rir alegremente.
Dizer adeus.
Ao vazio.
Adeus.
Vazio.
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