7 de Julho de 2011. Oi meu amor.Tudo... Melissa Lambrecht

7 de Julho de 2011. Oi meu amor.Tudo dói. Cada parte em mim dói, todas as palavras, estou cansada delas. Elas me atingem com tanta força, que me fazem ajoelhar e pedir para tudo isso passar. As vezes me sinto cega, não, já não tenho forças. Não sei onde ir, onde posso ficar em paz.. e apenas sorrir. Durante algumas dias, meu rosto é coberto por lágrimas. Você sabe, todos os problemas que eu enfrentava, você me dava forças para conseguir supera-los. Mas agora, já não consigo sorrir. Você não sabe o quanto eu preciso de você aqui. Sabes porque sempre te pedia, para nunca sair do meu lado? Seu amor me alimentava. Era meu remédio, meu refúgio. Não importa aonde, desde que eu estivesse ao seu lado, me sentia protegida. Como conseguias fazer com que toda dor sumisse? Ei, minha casa, se tornou um inferno. Tenho que tapar os ouvidos, mas ainda assim ouço os gritos. Apenas tenho que me segurar, para não cair. A dor está cada vez mais profunda. E você não imagina o quanto preciso. O quanto preciso, daquelas tardes, em que ficavamos juntos.. e bastava só te olhar, que involuntariamente um sorriso brotava em meu rosto. Porque você se foi? Já não tenho pra quem chorar. Pra quem contar tudo que está se passando. Você sabe que era o único em que eu confiava cegamente, o que sabia de tudo. Jamais contei a ninguém sobre meus problemas pessoais. Quando chega a noite, a tortura começa. É discução aqui, e ali. Eu apenas deito em minha cama, sinto meus olhos arderem, meu coração doer. E rezo na esperança de tudo aquilo passar. Mas que passe logo. Loucuras se passam na minha cabeça todos os dias. Nunca fui capaz de comete-las. Porque gostam de me ver sofrer? Será que ninguém entende o quanto dói? Ele anda me torturando todos os dias. Não consigo ficar em paz, por um segundo. Agradeço sempre que pego no sono, pois assim não sinto nada. Mas vou fazer como você me aconselhou, quando precisares de mim, não estarei ali. Apesar de ser fraca, e nunca conseguir não ajudar. Apartir de amanhã, prometo lhe ser forte. Espero, sempre que lembro, quase 24 horas por dia, o dia em que você voltará, dizendo que não consegue viver sem mim, pedindo perdão. Não sei se serei capaz, de tentar novamente. Porém, por mas que não deva, eu o perdoarei. Sinto que realmente estou lhe perdendo… mas já não faço questão, pois antes de você, eu superava tudo sozinha, apenas acostumei com não sentir dor. E por isso sempre quero reviver os momentos em que me permetia o esquecimento de tudo e todos. Não estou dizendo que já não lhe amo — pois o amo mais do que possa imaginar. — apenas estou dizendo que serei capaz de viver, se você não voltar. Não gosto de pensar nisso, porque involuntariamente lágrimas escorrem. Estou sozinha em casa, e você sabe o quanto odeio isso, não é? É como se eu estivesse realmente sozinha, sem ninguém que possa me ajudar. Mas hoje, alguém me tirou sorriso do rosto, e acredito que alguém se importa comigo. Deixarei de lhe escrever durante um bom tempo, necessito lhe esquecer. Esquecer da dor, que você jurou que não ia me causar mais. Esquecer de suas promessas falsas e vazias. — Lhe amo desde a primeira vez, que o vi com o sorriso mais apaixonado de todos, olhando para mim. Lhe amo até ser capaz de suportar essa dor, ou até depois disso. — Lhe amo por simplesmente o amar.