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⁠Teu nome

Se tu fosses uma palavra, certamente seria a mais bela,
talvez eu te chamasse de adorável,
ser encantado que desorienta minhas razões.
Ou te chamasse de caminho, mas não qualquer um,
tu serias aquele com harmonioso cenário,
ainda poderia chamar-te de mistério
ou de infinito, já que não posso imaginar tua dimensão.
Teu nome poderia ser chuva,
rio ou o nome de qualquer substância fluida que mate a minha sede,
também te chamaria de marés e lembraria o balanço do teu corpo sobre o meu.
Então começo a divagar por pensamentos e me vem a saudade,
palavra bonita que também me lembra de ti.
Recordo tantas outras belas palavras:
coragem, esperança, memória,
sem dúvida, teu nome seria o mais sublime de todos.
Mas nome bonito mesmo é liberdade
e tu terias nome e sobrenome.

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Trecho do poema "Virgínia"

⁠Mulheres de Minas
Curam as dores da alma, as dores do corpo
e toda a carência,
são protetoras das matas, das florestas,
das plantas, rezam pela colheita,
e lindos oratórios enfeitam,
com seus vestidos de chita,
altares de santos e violas de fita...

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⁠Morte

Se um dia eu ficar sem norte,
se um dia bater à minha porta a morte,
e sem ar, sem poder respirar,
ela me abraçar,
não fique triste,
não há motivos,
emotivo ficarei de ver-te triste...

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...⁠no fundo, escrevo para perdurar, p’ra existir,
escrevo, p’ra seguir em frente,
escrevo, porque é preciso resistir.
para que não fique ausente o que tenho p’ra dizer...

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⁠Cinema mudo


Ficarás emudecido e, se não falas,

terei que interpretar o silêncio,

investigando os trejeitos e o olhar.

Aguardarei, sui generis.

Ficarás quieto, desejando-me,

como o ramalhete de Astromélias

à espera da seda e do laço


Seguirás desejando-me,

como o mar à espera de torrentes flumes

e o solo à espera da mãe-d’água.


Seguirás desejando-me, como sementes

à espera da embriaguez dos céus,

como o campônio à espera da boa safra,

como um pobre garoto à espera da noite de Natal.



E nada mais importará.

Seremos ausência, o mortório que faz apagar,

momentaneamente, as tempestades

das evitáveis tragédias humanas:

o vírus, a fome, toda essa cólera, esse dia.



Não houvesse tantos medos,

resignadamente esperaria.



O breu taciturno findaria e a aurora carminada,

certamente, imperaria, e a sua voz terna,

finalmente, verteria como enxurrada

por todo o meu corpo,

mas não tenho tempo, o radicalismo,

o caos e o ódio imperam.

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