OH! QUÃO BOM E SUAVE É QUE OS IRMÃOS... Ricardo Vianna Barradas

OH! QUÃO BOM E SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO. É COMO O ÓLEO PRECIOSO SOBRE A CABEÇA. QUE DESCE SOBRE A BARBA, A BARBA DE AARÃO, E QUE DESCE À ORLA DOS SEUS VESTIDOS. É COMO O ORVALHO DE HERMÔN QUE DESCE SOBRE SIÃO; PORQUE ALI O SENHOR ORDENOU A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE.

Atribui-se a David a autoria do Salmo 133, exalta a vida em harmonia na convivência dos irmãos. Particularmente acredito que tenha sido cantado, ao som de um saltério, por ocasião da Festa do Tabernáculo quando os israelitas subiam até Sião, Jerusalém para orarem no templo. O Salmo 133 é uma eloquente saudação da beleza do puro e sublime amor fraternal. Segundo alguns autores, a leitura do salmo 133 , foi usada pela primeira vez, na metade do século XVIII, por algumas Lojas do Antigo Rito Yorkshire, na Inglaterra, quando ainda nem havia um rito totalmente organizado e utilizado entre as lojas de um mesmo oriente. Sendo assim esse hábito foi abandonado e, já a partir da adoção do Rito Inglês de Emulation, abria-se a Bíblia Sagrada em qualquer pagina. sem leitura de capitulo e versículos algum, só pelo gesto ritual simbólico de abrir o Livro da Lei e exaltar assim a presença do do Grande Arquiteto do Universo, que é o Deus Cósmico Universal de todas as religiões do mundo. Este antigo hábito foi retomado por algumas Grandes Lojas norte-americanas, principalmente as da cidade de Nova York. Atualmente segundo alguns escritores e pesquisadores da ritualística maçônica, dizem que nos Estados Unidos da America, quanto ao simbolismo, só é praticado nas lojas de Rito de York, pois o Rito Escocês Antigo e Aceito, tão predominante nas lojas simbólicas no Brasil, lá só é praticado nos Altos Graus do Filosofismo. Da pratica da Grande Loja de Nova York, que o salmo 133 foi introduzido no Brasil e na América do Sul, que seguem o atual Rito Escocês Antigo e Aceito. O Salmo 133 é conhecido como o Salmo do Aprendiz, o Salmo da Fraternidade.
A vivência desta bela exaltação deve ser a base da conduta de uma fraterna, justa e perfeita oficina, o base de uma comunidade dentro da sociedade que existe e vive em prol de um trabalho e objetivo maior, não só dentro da convivência maçônica, mas da sociedade contemporânea global universalista do bem.
Particularmente associo esta fraterna e intercultural saudação a uma indiana muito conhecida - Namastê. Que é um cumprimento ou saudação com origem no sânscrito. Namaskara é considerado uma forma ligeiramente mais formal, mas ambas as expressões revelam um grande sentimento de respeito.

É utilizada principalmente na Índia e no Nepal por hindus, sikhs, jainistas e budistas. Nas culturas indianas e nepalesas, a palavra é dita no início de uma comunicação verbal ou escrita. Contudo, o gesto feito com as mãos dobradas é feito sem ser acompanhado de palavras quando se despede. Durante os vários anos que segui tradicionalmente o Yoga, em um ashram, o uso diário do Namastê era como se disse se ao Mestre Instrutor e que, nessa situação, significava “sou o seu humilde criado”.

Por vários estudos meus anteriores acredito que não exista literalmente um significa absoluto traduzido para a cultura ocidental , ate por que não é uma só palavra como muitos pensam e erroneamente imaginam, é a união de duas que seria "curvo-me diante de ti"; a palavra provém do sânscrito "namas", que pode significar "curvar-se", "fazer uma saudação reverencial", e (te), "te", "tê". A palavra "Namas" antes do som "t" não precisa da aplicação do ajuste eufônico (Sandhi) e, portanto, não se transforma em "Namaḥ".

Quando dito a outra pessoa, é normalmente acompanhado de um gesto feito com as duas mãos pressionadas juntas, as palmas tocando-se e os dedos apontando para cima, no centro do peito. O gesto também pode ser realizado em silêncio, contendo o mesmo significado.

No geral nas diversas escolas filosóficas orientais significa:

"Minha atenção e respeito a você; o divino em mim, reconhece o divino em você." - diante do profundo respeito a divindade do outro, mesmo sem conhecermos.

Diante desta semelhante interpretação pessoal que encontra se o G.A.D.U., o Grande Arquiteto do Universo, que é o Cristo, Deus feito Homem para os cristãos. Javé para os Judeus, Aláh para os muçulmanos ou Olorum, Mawu, ou Nzambi,no Candomblé afro-brasileiros, na crença em um Ser Supremo.

Em todas as culturas do planeta, em unidade mantêm uma só mensagem primal que pode ser resumida praticamente entre os dez mandamentos da Lei Mosaica:

”Amai-vos Deus sobre todas as coisas e amai vos uns aos outros como Deus vos ama”.


MM Ricardo V. Barradas.
Grande Oriente do Brasil - RJ - Brasil.