Desde o segundo quartel do seculo XX no... RICARDO V. BARRADAS

Desde o segundo quartel do seculo XX no Brasil existe a arte brasileira como uma forma de investimento mas desde então, até hoje o consumo da obra de arte propriamente dita é muito pouco. A não indexação dos valores em moeda americana praticados pelo mercado é quase inexistente no entanto dos valores sociais, educativos, históricos, culturais e educacionais estes sim amplamente negligenciados pelo mercado por conta de ínfimas e quase inoperantes politicas publicas das que existem para o patrimônio, identidade e cultura. A indexação dos preços das obras de arte no Brasil, se agravam por duas formas. Ora por que o mercado, comercio e procura internacional de obras de arte de artistas latino-americanos que despertaram muito interesses dos investidores internacionais nos últimos anos do seculo XX e o mais grave que é a falta de subsídios fiscais e programas de parcerias internacionais para a importação de todos os materiais artísticos, usados pelos estudantes, moldureiros, profissionais, artistas. restauradores, conservadores, que utilizam todo material importado por que no Brasil não existe fabricação.O que é bom deixar claro, seria que não é a simples substituição do material de uma qualidade menor por outro de melhor qualidade. Não é. Não existe a fabricação e comercialização de tais produtos nacionais e quando aqui aparecem são praticados no mercado paralelo por altos valores. Caberia ao Ministério da Cultura, debruçar sobre esta questão com mais carinho e soluções. Quando falo a respeito de materiais, falo em uma lista quase infinita do que não existe para comprar no Brasil e muitas das vezes, nem a qualquer preço. A exemplo muito diminuto temos - papeis, tintas, vernizes, resinas, temperas, guache, pinceis, espatulas, serras, material de lapidação, folhas a ouro, medidores, lentes, escalas, ferramentas, aparelhos especiais, compassos, diluentes, ceras, gomas, etc...
Melhor parar por aqui pois a listagem é quase infinita. Sendo assim, creio que se o Ministério da Cultura procurasse por meio de convênios e parcerias colocar estes materiais inexistentes a um valor justo, em território nacional poderia ir alem com edificantes politicas publicas de cultura, educação e trabalho promovendo cursos profissionalizantes de mão de obra especializada para uso destes materiais em todos os degraus da industria criativa nacional brasileira que possui um gigantesco campo de trabalhos ocioso e um vasto oceano de oportunidades para isto.