Camisa verde amarela, A Elite na janela.... Claiton de Paula

Camisa verde amarela,
A Elite na janela.
Empregadas e babás no canto
É o pobre vestido de branco.
Panelas, carreatas, rosto pintado,
Se é promoção de partido
Não vá, não corra perigo.
Se tiver emissora, vá, lute, até morra.
Manifestação, ruas, aglomeração.
Gás de pimenta, bomba, Polícia violenta.
Cada um no seu quadrado.
Propina pra todo lado.
O destino é a própria Grécia;
Economia na Inércia;
Que a justiça realmente esteja
No final desta tragédia Grega
É Esquerda,
É Direita,
Amizade quase desfeita.
A gente briga daqui, eles se aliam de lá.
A conta fica pra gente pagar.
Não há quem nos represente.
É um Brasil em caos, um Brasil doente.
Quem chega, esquece da gente;
E se alia novamente.
Fora todos eles!
Lava Jato neles!
Reforma Política já!
Queremos Diretas Já!
Por um Brasil diferente,
Calma, não é campanha, minha gente.
É a voz de um cidadão,
Falando com o coração,
Triste, angustiado,
Cansado de ser enganado.
A poesia é uma desculpa,
Onde a rima não tem culpa.
É um texto, é um pretexto.
É Brasília fora do eixo.

Claiton de Paula.