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Não quero ser matéria prima para fábrica de gente morna.
O tolo é filho da mão beijada, o sábio é filho da mão calejada.
A CULPA É DA RAPOSA
São muitas as belezas que vejo
Uvas brilhantes no parreiral
Ao longe parecem ser perfeitas
O desejo a ouvir o sabor
A raposa culpada em Esopo
Transformou seu almejo em banal
Poderia estar escorreita?
A pressentir algum amargor?
