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Do abismo vejo ao longe
Um horizonte
No meu cárcere sou livre
Nesse globo da morte, vivo
Num dia lagarta
Noutro com asa
Vou, voo
Quem sou
Ora fada
Ora sereia
No ar
No mar
Nem tente me encontrar
Sou certa aos loucos
Sou louca aos certos
Não vim para agradar
Deixe-me voar!

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Realidade de um sonho

Outro dia sonhava
Morava numa casinha de veraneio
Onde haviam jardins e alguns canteiros
Ô terrinha boa de plantar
Salsinha, cebolinha... e umas florzinhas pra cheirar
Uma rede branca na varanda deixava a sesta boa
E o quintal com churrasqueira terminava na lagoa
Lá de dentro acordes do violão faziam o som
Nas mãos de uma leonina de timbre forte e ouvido bom
Amiga parceira, que por sorte, da vida ganhei
E então, daquele sonho despertei
Porém, me embalando na tal rede pude observar
Que tudo aquilo eu tinha, não estava a sonhar!

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Amar não é errado

Por que tratamos o amor como algo errado algumas vezes?
Um sentimento lindo ao qual tentamos "apagar" quando não correspondido
Porém, podemos amar tantas coisas que não nos corresponderão
Amamos músicas
Amamos lugares
E isso, só acontece quando tal nos faz bem
Quando, simplesmente, prevaleceu o que de bom aquilo nos proporcionou
Talvez, nunca mais volte àquele lugar
Talvez, nunca mais ouça aquela música
Ainda assim, não precisarei deixar de ama-los
Podemos amar sem pretensão alguma, não há erro nisso, nada mudará
Haverão novas músicas
Descobrirei novos lugares
Conhecerei tantas pessoas que, possivelmente, despertarão esse sentimento
Cada um com sua particularidade, mas acontecerá
E farei questão de, sempre, expressar o quão bem me causam ou causaram
Pois merecem saber que são especiais para alguém
Sem serem esquecidos obrigatoriamente.

O silêncio dos cantos

Despertava ao som dos passarinhos
O som que dei à tua voz
Cantavam e me alegravam
Contavam em cantos
Me embalavam
Quanta beleza havia em melodias
Expressões cantadas, não calculadas, sem resultado exato
Mas não é sempre exato?
Não cara flor, era abstrato
Sem seus contos 'en cantos'
Não cantam mais passarinhos
Sequer diálogo
Não mais passarinhos
Apenas pássaros, que voam alto.

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O fim de um conto

No escuro te vejo
Em silêncio te ouço
Na ausência te sinto
Um vazio cheio de amor
Amor preenchido de vazio
Um frio, o calafrio
A falta do arrepio
Perdido ou nunca tido
Foi sentido sem sentido
Aquele vinho tinto a recordar o que já nem sei explicar
A mudez dos pássaros faz-me lembrar
Que te dei asas para voar
E sem razões para voltar
Aqui no meu divã
Apenas uma certeza
Perdi meu Peter Pan

Inserida por CristinaMarafiga