E la nave vá e ritorna É preciso... alexandru solomon, escritor

E la nave vá e ritorna

É preciso admitir que o Exmo. Senhor Ricardo Lewandowski chuta melhor que seu homônimo que atua no Bayern de Munique. Pegou de voleio uma proposta de destaque, driblou o artigo 52 da nossa Constituição e, pronto! É o caso de se dizer que foi um golpe... de mestre, no qual não pode ter havido improvisação; foi uma jogada ensaiada. Querer anular a votação do destaque levará o processo à estaca zero, o que, na ausência de jurisprudência, significará uma interminável coreografia em torno do tapetão com desdobramentos tenebrosos. Tapetão lembra tatame, de-ashi-barai, osotogari, rasteira, em suma.
Os beneficiários já são os já conhecidos alvos da Lava Jato. Poderão ser cassados e voltar a candidatar-se alegres e sorridentes, com a quase certeza de serem “inocentados pelas urnas”, e assim, engrossar, ou na pior das hipóteses, manter constante o famigerado contingente dos 300 picaretas.
Quanto à “presidenta inocenta”, na pitoresca expressão do Senador Lindbergh, além de poder alegar total inocência, já que foi condenada pela metade – a velha história do copo meio cheio, meio vazio, não fica claro, com o currículo que possui, que emprego ela poderia conseguir, fora da órbita companheira. O tempo dirá.
O melhor que resta ao comando petista seria explicar aos ‘movimentos populares’ , “exercito dos Boulos e Stédile” que “oposição implacável” não significa depredar bens públicos ou privados nem a institucionalização da baderna como forma de diálogo. Seria um gesto de grandeza do qual dificilmente será capaz.