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Abraço; a parte pequena que falta em mim.
O abraço é a demonstração mais verdadeira do misto de emoções e das sensações que se sente e não se explica.
Abraço é palavra sem tom e é canção sem melodia.
O abraço encontra, encoraja e alivia.
O abraço é parceiro de braços abertos e n'outra hora é fechado que acalma.
Abraço é amigo sem medir.
É acolhedor e sereno.
Abraçando me sinto bem. Sendo abraçado estou feliz.
Um abraço traduz toda a língua tudo o que se quer dizer e não sabe quais palavras usar.
Abraço é apelo carinhoso é um calor gostoso que me faz acalmar.
Abraço diz o que não posso dizer. E assume o que não tenho coragem de fazer.
O abraço assume toda a covardia que as palavras pensadas não conseguem dizer.
Abraço é braço dado, é força de outrem em mim.
Abraço é doutro modo amor sem teimosia. Mas teima em decifrar até o que a mente não é digna de revelar. E ainda que se passe em minha mente o que palnejei a vida inteira, amor é dito num abraço como jamais nenhum poeta imaginou.
Que graça é de graça que habita em mim e nele o consolo do abraço que tem em mim. Porque o abraço é a forma mais fácil de dizer o que da boca não sai.
Mal sabe você que eu só quero aquilo que eu quase não sinto de você. Aquilo que não arranca pedaço e nem mata. Aquilo que conforta. Aquilo que vem cheio de energia quando é bem dado. Aquilo que estrala as costas de tão forte.
Aquilo que faz o mundo girar em segundos (...)
Um simples abraço.