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Mata o mal em ti...
assim o mal do mundo
não pode mais te agredir..."

Que sucede quando o pensador percebe que ele é o pensamento? Que acontece, realmente, quando o "pensador" é o pensamento, assim como o "observador" é a coisa observada? Que acontece? Não existe mais separação, divisão e, por conseguinte, não há conflito; conseqüentemente, já não há necessidade de controlar ou moldar o pensamento. Que sucede então? Existe divagação do pensamento? Antes, controlava-se o pensamento, concentrava-se o pensamento, e havia conflito entre o "pensador", que queria controlar o pensamento", e o pensamento que queria divagar.

Nós fomos “programados” biologicamente, fisicamente, e, também, “programados” mentalmente, intelectualmente. Devemos estar cientes de que fomos programados como um computador. Os computadores são programados por especialistas para produzirem os resultados que eles desejam… O homem foi programado para ser católico, protestante, para ser italiano ou inglês, e assim por diante. Durante séculos ele foi programado – para acreditar para ter fé, para seguir certos rituais, certos dogmas; programado para ser nacionalista e ir à guerra. Desse modo, o seu cérebro tornou-se tal como um computador, embora não tão capaz, porque o seu pensamento é limitado… Perceba o que isso significa: isso significa que você não é mais um indivíduo. Isso é muito duro de aceitar, porque nós fomos programados religiosamente para pensar que temos almas separadas de todos os demais. Sendo programado, o nosso cérebro trabalha do mesmo modo há muitos séculos. Temos que aprender a ver as coisas como elas são na realidade – não como vocês são programados para olhar. Podemos nos libertar de sermos programados e olhar?

O que é que querem fazer quando vêem alguém que amam sofrer? Querem ajudar; querem retirar o sofrimento dessa pessoa. Mas não podem, porque esse sofrimento é a sua prisão. É a prisão que essa própria pessoa criou, uma prisão que não podem retirar – mas isso não significa que a vossa atitude deva ser de indiferença.

Ora quando alguém que amam está a sofrer, e vocês não podem fazer nada por essa pessoa, voltam-se para a oração, esperando que algum milagre aconteça para aliviar o seu sofrimento; mas uma vez compreendam que o sofrimento é causado pela ignorância criada por essa própria pessoa, então perceberão que lhe podem dar simpatia e afecto, mas não lhe podem retirar o seu sofrimento.

Inserida por Gabriel86

A sabedoria não é uma análise. Vocês sofrem, e pela análise tentam encontrar a causa; isto é, estão a analisar um evento morto, a causa que está já no passado. O que têm de fazer é encontrar a causa do sofrimento no próprio momento do sofrimento. Analisando o sofrimento vocês não encontram a causa; analisam somente a causa de um acto em particular. Depois dizem, “Compreendi a causa desse sofrimento.” Mas na realidade somente aprenderam a evitar o sofrimento; não libertaram a vossa mente dele. Este processo de acumulação, de aprendizagem através da análise de um acto particular, não confere sabedoria. A sabedoria só surge quando a consciência do “eu que é a criadora, a causa do sofrimento, é dissolvida. Estou a tornar isto difícil? Que acontece quando sofremos? Queremos alívio imediato, e portanto aceitamos qualquer coisa que nos é oferecida. Examinámo-lo superficialmente no momento, e dizemos que aprendemos. Quando essa droga se revela insuficiente no alívio que proporciona, tomamos outra, mas o sofrimento continua. Não é assim? Mas quando sofrem completamente, integralmente, não superficialmente, então algo acontece; quando todas as avenidas de fuga que a mente inventou foram compreendidas e bloqueadas, somente permanece o sofrimento, e então compreendê-lo-ão. Não há cessação através de uma droga intelectual. Conforme disse no outro dia, a vida para mim não é um processo de aprendizagem; contudo tratamos a vida como se ela fosse apenas uma escola para aprender coisas, apenas um sofrimento para aprender; como se tudo servisse somente como um meio para qualquer outra coisa. Dizem que se puderem aprender a contemplar enfrentarão a vida na íntegra, ao passo que eu digo que se a vossa acção for completa, isto é, se a vossa mente e coração estiverem em completa harmonia, então esse mesma acção é contemplação, é sem esforço.

Inserida por Gabriel86