Conto: Maria de Madalena Éis que um dia... Max Diniz Cruzeiro

Conto: Maria de Madalena


Éis que um dia estava uma mulher que fora encontrada de posse de muitos homens. Homens de bem, alguns enamorados por outras mancebas e alguns casados. E no ano 30 antes de Cristo a lei era dura e severa. E a mulher fora levada para um profeta que estava na região para que fosse julgada e condenada ao apedrejamento.

O sábio ouviu todas as testemunhas, os homens que se envolveram com aquela mulher alegaram que foram atraídos por sua impureza e seus feitiços, as mulheres dos homens que deitaram com Madalena desejavam-na realmente que fosse apedrejada.

Então o sábio perguntou: onde está a adúltera? E todos apontaram para o chão, com as pedras na mão prontas para o apedrejamento, em direção à mulher que estava em prantos. E novamente o sábio perguntou onde está a adulteração? E todos novamente apontaram para a mulher que estava no solo chorando.

Suas lágrimas caiam aos pés do pensador que parou por uns instantes e disse para a multidão:

“Quando cada um de vós se comprometeu amar uns aos outros em sinal de respeito ao Criador ao menos pararam para refletir nas consequências que a adulteração do pensamento levaria a própria destruição do ensinamento?

O que fez esta mulher além de apenas amar?

Eu vejo em seus rostos adulterados pela expressão de um pensamento que induz ao ódio e que visa à destruição do próximo quanto àquilo que jorra incompreensão.

Quem realmente adulterou o propósito divino? Aquela que entregou o corpo em sinal de amor ao próximo ou aqueles que modificaram o seu propósito inicial na interação com o criador?

Então que assim seja proferida a sentença. Aquele que não tiver em sua face adulterado o propósito verdadeiro do amor que julgue esta mulher pelos crimes que a ela foram imputados,... “

E um a um saíram todos sem que uma pedra sequer fosse lançada.

Autor: Max Diniz Cruzeiro
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Como diria o mestre: "Amai uns aos outros como eu vos amei"; "Amai a Deus sobre todas as coisas e o Próximo como a ti mesmo"