Fome no Mundo

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No mundo governa um czar impiedoso: fome é o seu nome.

Hoje, setenta por cento da humanidade ainda morre de fome... e trinta por cento faz dieta.

Se o seu inimigo estiver com fome, dê comida a ele; se estiver com sede, dê água. Porque assim você o fará queimar de remorso e vergonha. Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal com o bem.

Pertence aquele que tem fome o pão que tu guardas; àquele que está nu a capa que tu conservas nos teus guarda-vestidos; àquele que está descalço, os sapatos que apodrecem em tua casa; ao pobre o dinheiro que tu tens guardado. Assim tu cometes tantas injustiças quantas as pessoas às quais poderias dar.

Quem tem fome não tem escolha. O seu espírito não vem de onde ele gostaria, mas da fome.

A fome é a companheira do homem ocioso.

A gula começa quando deixamos de ter fome.

Depois, mais do que a dor, venceu a fome.

Não seria maravilhoso se a nossa mente roncasse como o nosso estômago faz quando está com fome?

O amor morre mais de indigestão que de fome.

A necessidade leva as pessoas ao engano e a fome os lobos a sair do arvoredo.

A fome, que tanto marca a alma como o rosto.

Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições.

Fernando Pessoa
Livro do desassossego. São Paulo: Principis, 2019.

Peste, fome e guerra, morte e amor, a vida de Tereza Batista é uma história de cordel.

Jorge Amado
Tereza Batista, cansada de guerra

A Fome e o Amor

A um monstro

Fome! E, na ânsia voraz que, ávida, aumenta,
Receando outras mandíbulas a esbangem,
Os dentes antropófagos que rangem,
Antes da refeição sanguinolenta!

Amor! E a satiríasis sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolínica besta famulenta!

Ambos assim, tragando a ambiência vasta,
No desembestamento que os arrasta,
Superexcitadíssimos, os dois

Representam, no ardor dos seus assomos
A alegoria do que outrora fomos
E a imagem bronca do que inda hoje sois!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

As muitas fomes é o que impulsiona o sonho. Fome de nos sentirmos bem na nossa pele de espécie pensante.

Mais que comum dos dias,
olhei o mais que pude os rostos
dos pobres, gastos pela fome,
esmagados pelas humilhações,
e neles descobri teu rosto,
Cristo Ressuscitado!

Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou. A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar? Existe terapia pra tentar ser infeliz?

Meu coração é uma planta carnívora morta de fome.

E o ser humano pode tolerar uma semana de sede, duas semanas de fome, muitos anos sem teto, mas não pode tolerar a solidão. É a pior de todas as torturas, de todos os sofrimentos. Cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.