Faz de Conta Qu eu Acredito

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MÚSICA

Eu Quero fazer uma música
Daquilo que tem doído
E que eu me lembre de tudo
Como lembro o teu sorriso.

Que a tua boca me prove
Na vida o que mais preciso
Que minha boca te sorve
Toco no teu paraíso.

Em mim pouco, mas comove
Muito já tão esquecido
Tudo o que pranteio escorre
Em rios E tenho descido.

Como garranchos e escoras
De cercados decaídos
E esta letra que chora
Lembrando-te, enternecido.

Quero que essa música toque
Em tudo que tem perdido
Eu quero que te retoques
A maquiagem mexida.

Que te olvides se choras
Porque o que bebo é só isto
E tenho tomado porres
De amargos tão esquisitos
Tenho lembrado piores
Estações já despedidas.
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naeno*comreservas

Inserida por naenorocha

PALMA DA MÃO

Eu não conheço a palma da minha mão.
Entre tantos cruzados de linhas,
E mais de um veio principal
Onde descambam as águas dos meus dias.
Não tenho noção do que seja a palma da minha mão,
Reconheço, e já é volumoso
As coisas que toco, a embaralhar meu destino.

Reconheço, quando a espalmo frente aos olhos,
Alguns poros suados, o anel centenário,
A cor, que coincide com a cor do meu corpo inteiro.
Na aventura a que me lancei,
Em me procurar e me achar,
Em algumas partes de mim deu pra ver
Outras nem que eu virasse o mundo o contrário
Daria para medir, saber, esboçar.

Alguém, como eu, desconhece, numa vista frontal
O seu crânio, seu cabelo, tal como tal, são?
Ou conhece seus buracos
Que só na cabeça contam-se sete,
Afora os outros por onde se mete
Nosso temor, dizer explorar.
E os seus encontros de mãos e pernas,
Como uma árvore, quem conhece?
O por trás todo, ninguém sabe o que é.
Sabemos dos outros, também minúcias,
Nada de definido se sabe
O que conhecemos de nós mesmos
Também os ouros conhecem,
E somos mais conhecidos por eles,
Do que por nós, da mesma forma inversa.

Se por fora de nós pouco sabemos,
Imagine um devaneio por dentro.
_________________
naeno*comreservas

Inserida por naenorocha

POEMA DO CÉU

Se eu vier a nascer de novo
Pedirei ao Deus da vida...
Seja esta a vez da minha morte.
Mandai-me velho, com todo o tempo que terei
E deixai que progressivamente eu regresse.
Largai-me cambaleante como uma criança
Nos seus primeiros passos
Que daí eu desça, remoçando
Com a carga pesada de tudo o que é meu
Das coisas que vi e fiz e repetirei de novo.
E siga esquecendo, desaprendendo
Diminuindo ou aumentando.
Destapados os ouvidos, limpos meus olhos
Que eu ouça e veja.
E que tudo vá se diluindo e consistindo
No olhar atento e sentidos perfeitos de moço.
Mas que eu vá me esquecendo,
E o que eu lembre dure o tempo de esquecer.
Que a mim seja da beleza
De primeiro ver o crepúsculo
Pra só depois ver a aurora.
Que as estrelas e a lua, eu veja antes
Que a luz ofuscante do sol.
Que as mulheres se surpreendam
Com os beijos que sugarei de suas bocas
Que eu siga de tudo esquecendo...
Que as estações se invertam
Da forma como eu venho vindo e indo.
Que eu veja as águas que não se repetem
No mesmo ponto do rio
Descidas distas dos meus olhos, um dia.
Que as chuvas primeiras sejam as derradeiras
E eu já colha antes de plantar, antes de arar.
Que o meu primeiro presente, uma bola furada
Dê-me a alegria de um menino encantado.
Que eu desça ou suba esquecendo...
Desaprendendo, perdendo e sendo o sentimento adulto.
Que de repente eu me veja
No regaço de minha mãe sugando o colostro,
E de tudo esquecido,
Que se abram as portas
Por onde entrei e saí pela segunda vez.
________________
naeno*comreservas

Inserida por naenorocha

"Eu não sou contra o tempo, nada temo, estou no contratempo do mundo."

Inserida por naenorocha

NATAL

por um tempo eu vi toda a alegria
que podia o mundo.
Era um Deus menino a falar baixinho
De um amor profundo.
E nesse momento de contentamento
Do meu coração
Me senti tão perto de meu Deus presente
E elevei as mãos.

E naquele tempo era tão comum
Tantos reis na terra
A obediência de um homem pra o outro
Até matar na guerra.
Foi assim que Deus
Ao julgar violada toda sua lei
Não mandou profetas, todos ofendidos
Ele mesmo veio.

E chegou tão simples
Numa manjedoura, num leito de feno
Mas era o mais bonitos
E todos O olhavam, como a um Deus supremo.

E quando eu me lembro
Que aquele Menino foi tão diferente
Me angustia a alma
Por saber que os homens foram tão ausentes.
Quizera que o mundo
Só por um segundo O visse de novo
E deixasse Ele, como sempre quiz
Conduzir seu povo.

Eis aí o meu servo
A quem eu amparo por todo caminho
Sobre Ele eu faço repousar meu braço
Todo o meu carinho.

Inserida por naenorocha

Eis aí o meu servo
A quem eu amparo por todo caminho
Sobre Ele eu faço repousar meu braço
Todo o meu carinho.

Inserida por naenorocha

Eu tenho tanto amor que seria capaz de amar o mundo, mas é você que eu amo...
Eu tenho tanto amor que seria capaz de abraçar o mundo, mas é você que meu corpo chama...
É você, só você, que não sai do meu pensamento!

Inserida por ligiarj25

Eu sentia tanta pena de mim mesma, que quando parei para pensar , descobri que a forma de fazer as outras pessoas bem, é somente sentir-se feliz consigo mesma, ou seja, se você sentir-se bem, obviamente irá atrair cada vez mais e mais pessoas para perto de você !

Inserida por caatsantos

ENTREGADOR

Eu gosto de tudo o que gostas
E tenho repulsa a tudo do que te afastas
Adoro o teu silêncio e a tua fala
Gosto do teu jeito de andar e do teu deitado.
Amo o teu corpo esguio
Tenho amor ao espírito que te guia
Gosto do mar porque nele te banhas
Adoro as roupas que tu vestes
Teus vestidos de cetim. Amo, e choro
Amo os teus filhos, porque saíram de ti.
Cuido dos meus braços, porque te abraçam
Gosto de todos que gostam de ti.
Gosto de Deus, porque foi Ele quem te fez.
naeno*

Inserida por naenorocha

eu ouço as musicas certas ,eu conheço as horas , no meu oceano a calma domina , as minhas terras falam por si , nao respiro , nao preciso , sempre sei o que fazer , sempre sou quem eu devo ser , uma borboleta em mar aberto, uma baleia no deserto , a raiva me deixa faminta , mas nao a sinto a seculos, nao existe inverno , a lua se foi , ja nao fica escuro, mas o sol nao queima , e eu nao reclamo , e assim eu vou morrendo , sempre só ;como eu sempre quiz , é exatamente tudo que eu pedi , pra na certeza do meu caminho seguir .




Quem sou eu ?


- A resposta errada.

Inserida por Lizzycareta

Não importa oque eu faço, porque nos meus atos eu posso fingir, mais sim o meu pensamento, porque deles eu nunca vou conseguir escapar.

Inserida por Fakezinhow

Então vem cá, senta aqui para conversar um pouco, jogar xadrez, rir para eu ficar te admirando. Segura minha mão, me leva para qualquer lugar, onde exista só eu e você. Volta depois de fingir estar indo embora só para eu ter uma ideia do que é a possibilidade de não te ter por perto. Me pega no colo, me tira do chão, me abraça. Finge que vai me beijar e depois recusa, só para me ver tentando roubar um beijo seu. Foge para eu ir atrás. Tenta me fazer cócegas para eu fugir de você e tu correr atrás de mim, depois me abraçar de novo, me tirar do chão de novo, me pegar no colo de novo. Então, senta aqui para conversar um pouco mais, me ver dando xeque mate no xadrez, rolar com você no chão, gargalhar e apontar para o céu nesse lugar onde exista só eu e você.

Inserida por deboradalsasso

Não choro mais, não penso mais, não procuro entender. Mas, talvez no fundo, eu nem viva mais também.

Inserida por deboradalsasso

Existem momentos que as palavras são completamente inuteis. Eu que sempre quero falar mais do que sentir, fui calada pelo seu abraço e afogada em minhas próprias lágrimas.

Inserida por deboradalsasso

É como se eu virasse para o lado e não te encontrasse. É como se fosse o fim de um recomeço.

Inserida por deboradalsasso

Eu dei pra contar o tempo, pra sonhar com o vento que o teu cheiro traz.

Inserida por naenorocha

DESAFORTUNADO

Eu conheci a casa de um desafortunado
Nela vivi quase toda minha vida,
Apanhei gravetos para os invernados,
Puxei gavetas e guardei retratos,
Um arquivo morto de mim retirado.
Eu andei por dentro da casa cumeada
Tropecei pelos atalhos, cadafalsos
Troquei uma vida, que me dera, inventada
Por uma que eu vi de perto, andando enfalço.
Fui o primeiro desordeiro do motim.
Não tive nunca uma gota de raiva,
E foi assim, andando dentro e fora dos pântanos
Que hoje dou graças à sorte fora de mim.
A imaculada virgem, mãe da Conceição
O meu amparo, de quem mais eu vi nos olhos,
A minha amada, o tempo todo cortando a rota
Dos desamados, sempre me trouxe por sua mão.
Fiz pisoteio até o cultivo dos desgarrados,
E vi a festa da colheita das formigas,
E disso eu disse, com o coração e alma aflitos,
Não me descanso, mesmo quando estou sentado.
E da lavoura que os cupinzeiros demarcavam,
Umas espigas de milho bem debulhadas,
Pus o sabugo como mastro da bravata,
E lutei só, com Conceição, nela amparado.
Olha-me Deus, no que escrevi,
Eu relatei a minha vida e Vos traí,
Era um segredo até à outra por vir,
Até cansar, e cansado, aqui cair.

Inserida por naenorocha

AMANDO

Ontem as vinte e duas horas e quarenta minutos
Horário oficial de Brasília
Eu estava ardendo em febre, suando.
E na tiragem dos meus ais contados
Uns vinte e tantos mil, falei, lagrimei
Aos teus ouvidos.
E de febril, o meu remédio
Tomei por tantas horas, em tantos goles
Até me embriagar e cair sobre o teu corpo.
Amando-te libertino, suei
A febre não passava
Passavam-se tempos recorrentes
Já pela madrugada, ainda eu te desejava.
E pela manhã, eu te ordenhava
À hora da voz do Brasil
Em meu delírio, uma poldra branca
De crinas alvas e esvoaçantes
Carregava-me sobre seu dorso.
E eu galopei por mais dez horas
Sobre um leito de areia fina.
E nas esquinas por onde andei
Espantava-me o medo, de cair
Por tua cabeça,
Quando te inclinavas a me beijar
Fazendo. Aproximadamente
Um tempo impreciso, imenso
Sem que o espólio se cruzasse.
Eu seguro na tua crina
E nos meus flancos te segurando

Inserida por naenorocha

A pista agora está vazia,
Mas ainda reflete os nossos passos,
A luz vermelha, eu em teus braços.
De lembrar o corpo todo se arrepia.

A pista amor, já está vazia,
Mas ainda sinto o ritmo do tango.
A cabeça gira, gira e rodopia,
Lembro de ti, sorrio e não me zango.

Sim, a pista agora está vazia
Mas o prazer, a loucura, a alegria,
Fizeram valer, enfim,
O tango que hoje, reflete assim.

(Dancei o Tango)

Inserida por linamarano

FAROLEIRO

Eu faço versos como quem
Num farol, um plantonista,
Vê o céu muito além
E perto de mim uma vista.

Se vestem meus versos de espumas,
Uma nudez quase mostrada,
E os barcos que olho enfumam
Suas velas na alvorada.

Quanto mais claro vejo o amor,
Quanto mais densa a letra escoa.
Amor tem de ser motivo, uma dor.

Quanto mais turvo olha-me o vazio,
Mas me transformo em amor,
Meus poemas são desvarios.

Inserida por naenorocha

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