Engolir

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Pedem-me pouco, pedem-me quase nada. O terrível é que eu tenho muito para dar e tenho que engolir esse muito e ainda por cima dizer como delicadeza: obrigada por receberem de mim um pouquinho de mim.

Clarice Lispector
Varin, Claire. Línguas de fogo. São Paulo: Limiar, 2002.
Inserida por DAlma

⁠Não questionar é engolir a própria insignificância

Eu prefiro engolir as facas da honestidade a nadar no ouro da hipocrisia.

⁠Tem dias, que a tristeza, tenta me engolir

Ela vai ter que engolir esse amor.. E vai se engasgar!

Você pode pensar que as suas únicas opções são engolir sua raiva ou jogá-la na cara de alguém, mas existe uma terceira opção: você pode simplesmente seguir em frente.

Tem palavras que parecem cacos de vidro, mas a gente prefere engolir e se cortar por dentro do que colocar para fora e ferir alguém.

Eu tenho sim algumas especialidades: calar,fugir,disfarçar,engolir o ar seco,deixar pra lá.Uma mania feia de passar por cima de mim mesmo.

Também acreditava que poderia engolir o mundo. Que jamais olharia para trás para essa vida e que nunca me arrependeria de nada. Mas, um dia, algo te faz parar de repente.

Eu sei que você já mordeu o lábio tentado engolir tudo o que queria dizer, por simples medo de fazer alguém sofrer, sei que já guardou mágoas mesmo não querendo, aposto que já disse não quando queria dizer um sim mas não disse porque alguém poderia se ferir, sei que já se arrependeu de não ter feito algo porque alguém pensaria alguma coisa, sei que ja prometeu a si mesmo que iria pensar um pouco mais em você e não cumpriu. sei também que tem escondido seus sentimentos por medo que esse alguém não sinta o mesmo. Sei que você tem se escondido do mundo e tem se sentido minúsculo diante a tantas opiniões, que tem tido medo de reações, e que tem desistido de sonhos pois julgam ilusão. Sei que você não sabe o quanto você é perfeito por tantas qualidades e tantos defeitos.

As cobras acabam sempre por engolir o seu próprio veneno, assim como quem cospe para o ar acaba sempre por levar um banho da sua própria saliva.

Enquanto você acha que eu vou engolir tudo o que você faz, eu só queria te lembrar que eu não sou qualquer uma. A hora que eu me cansar você nunca mais vai nem ouvir falar de mim.

Engolir o orgulho tem um gosto horrível, mas imagine o gosto de perder a pessoa que você mais ama no mundo por causa dele.

Não me sinto obrigada a engolir o que não me faz bem, e uso com gosto a minha liberdade de ir e vir para me distanciar daquilo que não muda nada em mim . Indiretas nunca me foram agradáveis , e gente que erra e se faz de santo nunca foi bem vinda pra mim , as pessoas viveriam com mais intensidade se fossem transparentes , as amizades seriam mais bonitas se a falsidade não fosse o alicerce , o amor seria mais nobre se uma insatisfação não fosse o motivo pra tantas fofocas e disse me disse . Aprendi tanto com esta gente inconstante e vazia de sentimentos verdadeiros que hoje eu sou assim , meu sorriso só destrava pra quem realmente gosta de mim.... Pra quem não gosta , me perdoe a sinceridade , mas "to nem ai".

Ter que engolir o ciúmes e ainda ficar na minha. Prazer, sou eu.

Quero esperar o amanhã, sentindo a brisa leve em meu rosto. Quero engolir o medo dos abismos e, aos poucos me renovar como as flores na primavera. Não importa quantas portas eu terei que derrubar para então abraçar a felicidade, eu sei, ela vai está a minha espera, com lindas rosas nas mãos. Essas rosas são meus sonhos, os quais plantei há algum tempo. Quero chegar devagar e bem suavemente apossar-me do lar que mora a minha tão sonhada prosperidade, minha felicidade plena. Ela estará tão bela como uma noiva que espera o amado. Esse dia será um dia pleno de alegria, será tudo tão radiante como a luz que reflete em meus olhos.

A reconstrução eterna dos meus sonhos que já nascem fragmentados para que eu possa engolir tudo aos poucos.

"Já me decepcionei muitas vezes. Já fui cortada em tirinhas, massacrada e tive de engolir minha própria dor. Admito que, ainda hoje, continuo a me decepcionar. A gente pensa que amadurece, que depois das chicotadas se aprende mas, até que aprende, mas bem pouco. Temos um coração que ainda insiste em acreditar nas pessoas e fazer com que tenha olhos brilhantes diante delas e de seus gestos coloridos e encantadores. Aí, quando você pensa que não... Já levou outra trombada."

‘SE VOCÊ ENGOLIR TUDO QUE SENTE, NO FINAL VOCÊ SE AFOGA’ (RUTH BORGES)

Engole o choro. Engole sapo. Não diga, não quero saber. Cala a boca, cala o peito, cale-se! Mas o corpo fala, e como fala. Fala a ponta dos dedos batendo na mesa, fala o dente acirrado, rangendo estridente. Falam os pés inquietos na cama. Falam os olhos caindo tristonhos. Fala dor de cabeça, dor na alma. Fala gastrite, psoríase, fala ansiedade, fala memória perdida. Fala o corpo curvado, fala o nó na garganta atravessado. Fala angústia, fala ruga. Fala insônia, fala sono demasiado. Falador.

É impossível entrar no tatame da vida sem levar uns tapas dela. Mágoa, tristeza, dor, raiva, são sentimentos que nos atravessam sem pedir licença. A verdade é que enquanto estamos sentados na pedra fitando o abismo em dor, mastigamos as emoções, mas nem sempre as digerimos bem. Emoções engolidas e não digeridas corroem feito ácido. É bicho morando no estômago, mordente, cáustico. É soda! Emoções indigestas são como bruxas trancafiadas no corpo. Medonhas, a carregar sensações malditas e mal ditas. Ninguém quer saber de falar de sentimentos mal cheirosos. Então a gente engole, e esse mal entendido vira coisa que entra no estômago, percorre a garganta, o peito, e se deixarmos, calará nossa boca e nossa paz por uma vida inteira.

E aí, cedo ou tarde, todas as dores do mundo hão de querer vomitar, regurgitar o mal resolvido, e nos contorcer novamente as entranhas. É preciso um pouco de coragem para se fazer falar. Emoção amordaçada nos faz refém dela. Dor tapada, cala necessidade. Mágoa não entendida, enfarta a fé nas pessoas. Raiva carregada, pesada, transita ardente pelas costas. Não dá pra engolir tudo e dizer amém! Eu sei. Também não dá pra cometer sincericídios por aí. Mas dá para expressar. O que se sente cabe tradução.

Freud disse certa vez: “a ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz como são umas poucas palavras boas”. É isso, tem hora que o sentimento pede pra ser dito, entendido, descodificado, traduzido. Tudo que ele quer é ser exorcizado pela palavra ou pela via que lhe cabe melhor. Expressar tranquiliza-a-dor. Dor não é pra sentir pra sempre. Dor é vírgula.

Então diz! Diz logo o que quer dizer sua bruxa. Coloca a dor no caldeirão e faz sopa de letrinhas. Faz uma carta, um poema, um livro. Faz uma orquestra tocar. Pega as sapatilhas, sapateia. Faz uma aquarela. Faz uma vida. Faz lá, sol, manda a dó se catar. Faz piada, faz texto, faz quadro, faz encontro com amigo. Faz corrida no parque. Fala pro seu analista, discute com Deus, se pinta de artista. Conversa sozinho, papeia com seu gato, berra aos céus, mas não se cala. Fala, vai. Pois “se você engolir tudo que sente, no final você se afoga”. É que emoções indigestas e encarceradas mergulham no coração mais tarde para explodi-lo.

E aí, me diz, quem será capaz de nos juntar? Jamais a mágoa e toda a lama que ela carrega será melhor do que a nossa paz.

Medir as palavras que você diz a alguém é essencial. Já que a vida pode te fazer as engolir um dia