E o Tempo da Travessia e se Nao Ousamos Faze-La
Tenho uma sensação que estamos o tempo todo sendo controlados e vigiados. E que liberdade plena não passa de uma grande ilusão.
Falar bobagens o tempo todo não passa de uma estratégia promovida pelos donos do poder para tirar o foco dos problemas reais.
Nosso presidente é apenas uma peça nesse jogo de xadrez.
A espera já não é o que era
Esperança... espera
Quem te deu e quem te dera
O tempo passa, tá passando
Só Deus sabe até quando
Cai a pétala ao chão
Choram mágoas o coração
Vai a vida e a vida vai, vive
Recordação de onde estive
São saudades, emoção
Sensação... sensação
De outrora primavera
Agora mais quimera
Mais lentidão
Importante é a razão
O que mais vale, o amor
Onde for....
Já não é o que era
Esperança... espera
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04’50”, 18/10/2021 – Araguari, MG
SOFRENTE CANÇÃO
O tempo amarelou meu verso apaixonado
Porém, não afastou aquela ilusão sonante
Deixou o instante imaculado e no passado
De modo nostálgica a saudade sussurrante
E, cá, eu, pelas bandas desde meu cerrado
Com sensação no peito e emoção gigante
Tão distante, me vejo, num suspiro calado
Com uma faiscante aflição, tão devorante!
Que pena! Tudo parecia não ser engano
Teu olhar tinha o sonido dum suave piano
Trazendo aquele sossego para o coração...
Mas a poesia que aparentava mais sentido
Na privação o meu desejo tornou-se diluído
Em dor, em solidão e uma sofrente canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de agosto, 2022, 16’58” – Araguari, MG
ROMÂNTICA TEXTURA
Exaltarei, o amorável verso que esmera
o amor. Vem com o tempo que não para
já a paixão que a suave emoção espera
é desejada, e o bom sentimento prepara
Tem uma poética de toada da primavera
eu, só, não tornarei o desencanto apara
e, do meu sonho, quero toda a quimera
versejando aquela seduzida poesia rara
Em nome desta prosa de amor, o amor
e na sintonia, assim, sentimental e pura
aquele toque, versado com todo o ardor
Estima-se, a sensação cheia de ternura
mais vida, o poema prosado com sabor
e em cada trama uma romântica textura.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 junho 2024, 15’44” – Araguari, MG
Não é omitindo erros ou estimulando autoengano que vamos melhorar pessoas que se vitimizam o tempo todo.
Perdoar o tempo todo não ajudará as pessoas mudarem de direção.
Para tudo tem limite, inclusive para o perdão.
Se anular, concordando e dizendo amém o tempo todo, não é garantia de que vamos ficar com alguém para sempre.
Viva um dia de cada vez, sem se deixar afetar pela pressão do tempo. Se não passou na faculdade tão sonhada, espere por uma nova oportunidade. Não se desespere só porque outros estão à frente.
A meta deve ser buscada, não comparada.
Começo sem fim...
Tenho muito guardado para te dar
Que não foi oferecido a ninguém
Todo o tempo e suas horas a ofertar
Tuas são as especiais e mais além
O que importa a tua história
A minha, no caminho do amor
Se desenhou com ou sem glória
Se sincero é o que tenho a propor
Não tem importância o lugar
Nem distância, se comigo estiver
O que importa é poder te amar
E brilho nos olhos eu poder ver
Te adoro, te desejo, sem limite
Quero mais que um simples sim
Quero mais que frases no convite
Quero ter começo e não ter fim...
Semente
O tempo não para nos ponteiros
Fecho os olhos e sinto saudade
Ainda ontem eu via os carroceiros
Das ruas da minha capiau mocidade
Aqui inventando um pouco de ilusão
Tanto tenho e quero mais felicidade
Mas sinto falta de quimera no coração
Das madrugadas da vida de sonoridade
Tão inquietas e tão cheias de emoção
E tão bem fazem pra nossa mortalidade
Quero o mar para paliar a minha tristura
Palavras para escrever contentamento
De estes versos tirar esta toda amargura
Pois ainda moço vetusto sou para ter tal sentimento
E se o decesso ainda não veio, quero mais aventura...
Semente de paixão, ter a vida com mais acontecimento.
Horário de verão
Roubada hora
E o tempo não para
Adentra o dia, à noite a fora
Nesta roda vida, que mascara
A madrugada mais cedo
O entardecer que não chora
Embora,
O Relógio já não marque as horas!
A Vida Passa... A Alma Não
Na velocidade do vento a vida passa
A lentidão da infância o tempo abraça
Os ganhos e perdas ora caçador ora caça
A biografia e as lendas nossa carcaça
Fervilhando nas macambúzias alegrias
Entre as expectativas e melancolias
Nas promessas feitas pelos momentos
Tudo passa com os seus contratempos
Renascem as flores da confiança
Morrem primaveras de esperança
No vai e vem da eterna mudança
Firme é o Espírito, sua semelhança.
Na estória a doce loucura teórica
Confabulada em silenciosa retórica
De paixão, desilusão, recordação
Pois a vida passa... A alma não...
Até mais!
O tempo é indefinição
Eu vim parar no cerrado
Onde não tem inclinação
O por do sol é encarnado
E a secura racha o chão
Também, é encantado...
Eu vim buscar a benção
E encontrei o meu fado
No amor outra direção
Na vida o meu real cais
No coração só devoção
Na poesia tantos anais
Daqui, levo a gratidão
Até mais!
DOLOROSA VIA
O tempo me fez velho e derreado
Já não respondo aos vários limites
A vida agastada perdeu os convites
Os sonhos de mourejar hão curvado
O corpo na ação perdeu o apetite
E assim vou num choroso estado
De lamúria triste e olhar cansado
Enfraquecido na força sem rebite
E o insistente querer, ainda espera
Da vitalidade, poesia e viva quimera
Para velejar nas nuvens da ventura
Nestes trilhos deixo o carril da sorte
Até que eu baste no portão da morte
E vá estar na paz lúgubre da sepultura
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
Parodiando Pe. Antônio Tomás
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