Crônica sobre Alcoolismo

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Nada pior do que ser viciado em alguma coisa. Fumantes, alcoólatras, workaholics, drogados, todos são Ph.D em escravatura. Mas o vício mais nocivo é o vício por outra pessoa, que muitos confundem com amor. Amor de verdade liberta. Vício é jaula.

Você já deve ter dito para uma amiga, ou escutado dela: "isso que você sente é uma doença". Não é outra coisa. Os sintomas são facilmente reconhecíveis. Vocês têm um relacionamento caótico. Brigam 24 horas. Um é de Marte, o outro de Vênus, como diz o título de um livro. Um dia os planetas se chocam e seu mundo desmorona.

Se fosse amor, o que viria depois do rompimento? Revolta, lágrimas, saudade, uma recaída breve, mais lágrimas, mais saudade, até que aos poucos surgiria uma certa paz, a auto-estima voltaria e o amor se transformaria em lembrança. Com o coração às moscas, você sairia em busca de um novo romance e começaria tudo outra vez. Não é um processo rápido, mas é mais ou menos assim.

Vício, não. Se você é viciado em alguém, vai só até a metade do caminho: revolta, lágrimas, saudade e recaída. E pára por aí. Insiste na recaída. A ansiedade faz você cometer loucuras para ter o seu amor de volta, e quando consegue cinco minutos com ele, atira-se com volúpia: fuma, cheira, bebe o cara até a última gota. Depois? Uma inebriante sensação de cura. Não, você não precisa mais dele. Pode muito bem passar sem ele. Você nem o acha tão atraente assim, e volta para casa sentindo-se um Hércules de saias: conseguiu vencer a si própria.

Passam-se então duas semanas e você liga para a companhia telefônica para saber se sua linha está com defeito. O telefone simplesmente não toca! Seu carro também já não obedece suas ordens: dirige-se sozinho para a rua onde mora o querido, só para ver se a moto dele está em frente à garagem. Está. Então ele não voltou para Vênus, continua na cidade. Você começa a suar frio. Sente vertigens. Mastiga o lápis do escritório, derrama café nos colegas, treme ao segurar um copo. Diagnóstico: crise de abstinência. Você o procura. Precisa urgente de uma injeção de carinho na veia.

O final dessa história? Não existe. Ele precisa dela também, caso contrário nem abriria a porta. Reivindica-se a criação urgente de um AA: Apaixonados Anônimos. Assim como tem gente que, para vencer o alcoolismo, evita dar o primeiro gole, algumas pessoas precisam aprender a evitar o primeiro beijo para não reincidir num amor que faz mal à saúde.

Martha Medeiros

Nota: Autoria não confirmada

Vejo a sociedade julgando suicidas, alcoólatras, desempregados, andarilhos, moradores em situação de rua, prostitutas e outras classificações. Não vejo a sociedade tentar ouvir essas pessoas, conhecer o que as levou ou motivou a chegar até essa condição, não vejo ninguém se solidarizar, ou até mesmo estender uma mão amiga para ajudar ao próximo a superar o momento difícil.
As pessoas não precisam de julgamentos da sociedade, ofensas e afins. As pessoas precisam de carinho, de compreensão, de acolhimento, de amor.
É apenas mais uma das reflexões sem motivação, prova viva de que podemos mencionar com tranquilidade a palavra 'ser', porém, com muita cautela, pronunciar a palavra 'humano'.

Sorria sarcasticamente, mesmo após várias discussões para os quais o alcoolismo levava. Sentia ter controle sobre a situação embora mal pudesse se manter em pé. A cada dose, a felicidade ilusória tomava conta de seus relacionamentos, de seu emprego, de sua vida. Prejudicando não só a ele, mas também todos que o cercavam e dependiam de sua sobriedade.
Os erros cometidos eram perdoados pela esperança da mudança que não vinha, todas suas ações eram praticadas em função do vício. As influências que começaram como farra aos finais de semana, tornou-se um hábito, todos os dias.
As críticas logo passaram a ser rebatidas agressivamente, seu desgosto e raiva pelas situações cotidianas eram descontadas na bebida e posteriormente nas pessoas. O dinheiro já não sustentava o vício e as necessidades que deveriam ser priorizadas, os empregos eram instáveis e sua reputação era danificada sem chance de reparos.
Não queria nada da vida, negava qualquer ajuda que não pudesse colaborar com a alegria proporcionada pelo álcool. A afeição existente da família destruída e pessoas próximas, passou a ser compaixão ou desprezo. A solidão tomou conta dos cômodos da casa, até o momento do despejo. Só então a ficha caiu, mas resolveu tomar alguns goles para amenizar o sofrimento.

⁠A vida
E algo🌹 inexplicável
Não sabemos de onde viemos
E nem para onde iremos
🌹🌹🌹
Dúvidas sobre quem somos
🌹🌹
Dormir , comer e acordar
Fazendo isso repetidamente todos os
Dias
🌹🌹🌹
Sem resposta !
🧝‍♂️🌹🌹🌹
Apenas crendo em" Deus "
🌹🌹
A humanidade precisa acreditar que existe uma força maior que nós para conseguir
Viver em mundo sem resposta 🌹🌹

Inserida por Theopoeta90

É assim que lembro do meu tio alcoólatra, bebia até cair, a família cansou de buscá-lo na sarjeta, era uma decisão infeliz, ele não se sentia doente e nós não conseguíamos mudar seu ponto de vista.

Ele não era aparentemente saudável, usava roupas inapropriadas, cabelos assanhados, com uma vontade súbita de morar na mesa de um bar. De forma esplêndida ele se destruía a cada dia. Fiel a cerveja, whisky e cachaça.

Era um otimista incorrigível, a vida estava sempre pedindo comemoração com um copo de bebida na mão, havia mil razões para convencê-lo do contrário, mas ele estava completamente feliz com sua escolha.

A família foi paciente, passou por momentos de vergonha, por dúvidas sobre uma internação compulsória, sob o olhar de julgamento de quem não entende da cruz de ajudar quem não quer ser ajudado.

Às vezes damos mais importância às drogas ilícitas do que ao alcoolismo, mas o sofrimento é o mesmo de toda dependência, principalmente para a família que não sabe como agir.

Por várias vezes ele foi encontrado molhado de xixi, com frio de uma madrugada ao relento quando resolvia mudar de bar e sair de casa sem avisar, com dívidas exorbitantes de vendas no fiado.

Foi tudo repentino, uma dose aqui, outra ali, uma vontade de beber de dia, de tarde, de noite, de madrugada, uma vontade de não sair do bar até ser expulso porque o estabelecimento precisa fechar.

Nem ele acreditaria que fosse possível se viciar, de jeito nenhum, essas coisas acontecem com os outros, ficamos imunes, não sofro de nada, posso parar quando quiser, bebo porque gosto e me faz bem são as respostas de sempre.

Essas pessoas não afundam sozinho, não sabem a gravidade de adoecer a família inteira com preocupações, com emoções desgastantes, com falta de dinheiro desviados para o bar, meu tio foi rico, poderoso, político, importante, porém perdeu tudo, se afundou.

Perdeu principalmente a dignidade, o respeito, o amor-próprio, perdeu seus neurônios, perdeu o que a vida tinha a lhe oferecer, perdeu a bondade, se espatifou no chão, se destruiu.

Inserida por Arcise

⁠ACORDANDO NU - O poema de um ex-alcoólatra

Estou em uma festa quando uma criança me pergunta:
"Ei, você quer beber, mano?"
Oh, não, obrigado, eu não bebo mais
Isso é uma porcaria
Otário, trouxa, fraco
Às vezes devo ser chato - então sou chato
As festas que geralmente vou consistem de café e sentimentos
Algumas vezes por semana, nós sentamos em um círculo
e tentamos reconstituir nossas vidas.
Não nos lembramos delas tão claramente.
Além disso, uma vez, quando pesava apenas 60 quilos,
matei uma garrafa de Jack Daniel's em trinta minutos.
Na manhã seguinte, acordei nu no banco de trás do meu carro
Com o gosto de vômito subindo até a garganta.
Sou alérgico ao álcool.
Toda vez que bebo eu acabo algemado
cago no carpete da sala e, em seguida, chuto uma porta.
Até hoje eu coloquei três gatos em uma mochila,
um cachorro em um armário
Não me chame de chato, senhor
Uma vez, eu esqueci onde era minha casa
Fui escoltado por estranhos
Estava com um pacote de biscoitos, um guarda-chuva
e completamente nu
Mas uma vez eu soquei o meu melhor amigo
tão forte que quebrei o nariz dele
E uma vez eu tomei mais comprimidos que eu consigo lembrar
E aceitei que estaria morto em uma hora
Não se atreva a me chamar de fraco
Eu engoli mais litros de arrependimento
do que o sangue que você é capaz
de bombear no seu corpo.
Não diga ao meu pai que ele era ‘chato’
ao olhar o seu único filho nos olhos
e perguntar-lhe se ele bebeu mais uma vez.
Você não será bem-vindo nesta casa.
Não diga a minha mãe que eu sou fraco
Ela não vai conseguir conter as lágrimas
ao lembrar-se de quando ‘passeava’ pela ala psiquiátrica
Para ver seu próprio filho algemado
a uma cama na sala de emergência.
Ela passou quatro anos orando pela minha sobriedade,
E você não vai tirar isso dela.
Se for me dar uma dose (tiro), é melhor ter um gatilho envolvido
A vez que me senti mais forte foi quando
eu disse “não” pra bebida pela primeira vez
Eu disse não, todas as manhãs desde 29 de setembro de 2008
Eu digo não dezoito vezes antes do café da manhã
Um para cada passo necessário para ir do meu quarto até a geladeira
Eu digo não dez vezes antes de trabalhar
Uma para cada outdoor que me diz que eu era mais forte quando bebia
Eu disse não mais vezes do que posso contar
Uma vez pra cada noite que minha família ficava acordada
tentando não imaginar a minha lápide
Você me faz a pergunta
Eu não ouço as palavras que você está dizendo
Escuto você me perguntar: você quer morrer, Michael?
Não, eu não quero mais morrer.

Inserida por sammis_reachers

Dopamina

Há um tempo que tranquei minha boca
Para os copos transbordando alcoolismo
Você é o único prazer em alto teor que devo provar

Há um tempo que fechei meus pulmões
Para cigarros que já haviam se tornado sagrados
Você é o único mau que me tira o ar

Há um tempo que fechei meus olhos
Para a realidade que destruía meu mundo
Você é minha única bomba nuclear

E há quem diga
Que sustento meus vícios
Invés de alimentar nosso amor

E há quem siga
Os caminhos dos quais fujo
Para não sentir dor

Há bons anos que afastei-me do ciclo
Vicioso que minha vida se tornara
Por conta de caos que se tornara constante

Há bons anos que entreguei-me à ti
Como forma de protesto às minhas origens
Por conta de um amor viciante

Há bons milênios que vago por aí
Em busca de um corpo capaz
De me encaixar a ti

Para provar e ter overdose
Da dopamina que traz
Tua presença
Que me é vicio
Desde o início
De todo fim.

⁠ANOMALIA
A arrogância é como o alcoolismo. Todos que permeiam o recinto, percebem e a reconhecem como um vício ,porque é um ato doloso. Se autodeterminar melhor do que o outro, deixar explícito a supremacia intelectual, social ou espiritual perante o seu oponente, valorizando enfadonhamente com exclusividade os movimentos rasos e retilíneos; É um erro!
O sujeito quando se auto avalia o exemplo a ser seguido, assina automaticamente a sua confissão de arrogante.

Um homem alcoólatra, que já está na idade de ser chamado de senhor, pois a velhice que o faz ser idoso chegou.

Mesmo em todos os anos que ele viveu, e experiências que teve, não aprendeu.

És um escravo, prisioneiro da bebida, triste realidade a dele.

Não apenas a dele mas de muitas pessoas; é difícil compreender; amargamente é apenas lamentável!

Inserida por MaViTri

Meu pai foi ausente, alcoólatra e imoral!
Com 69 anos contraiu câncer de cabeça e pescoço e faleceu.
Eu lia a Bíblia para ele, tocava violão e cantava para ele ouvir.
Ele enchia os olhos de lágrimas e, em meio a tantas dores, dizia: "Eu nunca senti tanta paz. Você é como um anjo na minha vida!".
Eu respondia que o que ele estava sentindo era o amor de Deus pela vida dele. Minha irmã e eu fizemos tudo o que pudemos para cuidar dele, mas ainda achamos que fizemos pouco.
Ele não merecia o nosso carinho? Não me considero grande cantora e mal toco violão, mas era tudo o que eu tinha. Cada um oferece o que tem!
No final dessa história, o bem venceu o mal, e isso é o que importa! E você? O que tem a oferecer?

Inserida por NannyeDias

Diário de um Alcoólatra


Alcoolizado,
vejo como tudo esta errado
como o mundo é complicado
e o porque não estou ao seu lado

Como pode ver
Fico muito mais alegre ao beber
Pois todos problemas consigo esquecer
e é assim que deve ser...

Como o álcool é destilado,
Qualquer problema pode ser simplificado,
todos são meus amigos,
E ninguém fica parado..

Mais uma dose
e tudo começa a rodar
do passado fico a recordar
E no meio do bar, começo a chorar

Mais uma rodada
para eu não lembrar de nada,
e não me fala de igreja
Pois estou a degustar minha cerveja!

Nada mais me traz alegria
fora nosso álcool de cada dia
Vamos beber e nos divertir
Pois é o que resta para me fazer rir!

Inserida por douglasmcarrobrez

⁠Alcoólatra

Já não me basta mais essa garrafa vazia
Essa garrafa de vidro escuro que torna impossível dizer se há algo dentro
Gostaria de sentir mais desse vinho delicioso
Mas... obrigada pela gotinha que você me deu!
Eu mesma já estava morrendo de sede, e você me deu uma gota
Uma gotinha.
Eu... continuo morrendo de sede... mas obrigada!
A cada gota que você me dá, tenho mais certeza de que há outra gota ali dentro,
Daquela garrafinha opaca que não consigo nem distinguir o que é vinho e o que é sonho.
E a cada gota que eu tomo, tenho certeza de que é delicioso!
Faz meu coração bater e me sentir viva por um segundo
E me dá mais vontade de passar horas esperando por outra gota,
Sim, basta uma gota para que eu possa passar horas observando a garrafa, esperançosa de que outra esteja escondida atrás do vidro
Cada gotinha, um contratempo para que eu possa esperar... outro contratempo?
Me dá certeza de que um dia eu virarei a garrafa e o conteúdo jorrará como uma cachoeira, até que enfim matando minha sede.
Basta esperar um pouquinho.

Inserida por Leticiaaugusto

⁠Lamentos de um alcoólatra

Não sei o que acontece
mas sei o que entristece
O meu pobre coração
Levaste minha alegria
e tudo que eu tinha na mão
Inclusive meu irmão....
Li seu bilhete com tremor em minhas mãos
lágrimas de começam a cair
sabendo que está certa
Não sei como sair desse buraco
que me meti
Nessa hora quero um gole
Nessa hora busco um porre
Para tentar esquecer o que fiz
Levei sofrimento para você
meus filhos Além do Meu Pequeno irmão
Vontade de correr atrás para pedir perdão
Preciso me livrar dessa grande maldição
Só eu poderei compensar a vida de cão que impus
a você, aos meus filhos e ao meu irmão
Por enquanto não vou atrás mas quero
o seu perdão
e através dele Viverei até então...
Vocês são minha vida
Irei cuidar de mim
Mas não posso impedir que você seja feliz
Cuide de nossos filhos e meu irmão...
Logo estarei de volta recuperado e são
Perdoa pelo que fiz
Logo logo estarei feliz
Quando puder estar ao seu lado..

( Fiquem tranquilos é uma obra de ficção)

Inserida por PoemasDuclert_Junior

Para drogados e alcoólatras existem órgãos chamados narcóticos anônimos e alcoólicos anônimos, para pessoas depressivas existem os serviços como o CVV por exemplo, mas para pessoas que tem sérios problemas amorosos no relacionamento, até onde sei não existe um serviço que preste auxílio a esse tipo de ajuda gratuita e independente de se misturar com uma religião.

E em muitos casos o que leva uma pessoa para as drogas ou bebida ou ao suicídio, é justamente o motivo de um problema relacional amoroso.

Inserida por GabrielSkrilatt

ARSENAL CONTRA O ALCOOLISMO – SÓ NÃO TRATA QUEM NÃO QUER

Por Fernando Vieira Filho (1)

Mães e esposas aflitas muitas vezes me procuram solicitando apoio profissional para seus filhos e maridos alcoólatras, e grande parte vem ao meu consultório desacompanhada do familiar doente. Pergunto o porquê da ausência do marido ou filho em questão. Elas respondem que eles não estão interessados ou não quiseram vir. Então, digo a elas que não posso fazer nada por eles, pois para tratar o alcoolismo é preciso que o próprio doente se comprometa e queira sair do “pântano sedutor” da autopiedade, da autocomiseração. É necessário que ele aceite iniciar uma luta para o resto de sua vida, que se responsabilize 100% por seu próprio destino. O que faço com essas mães e esposas é ensiná-las a lidar com o doente, orientando-as no sentido de estimulá-lo, de forma bem sutil, na decisão de buscar seu próprio tratamento.
Em minha vivência profissional percebo que a maioria dos alcoóis-dependentes não quer deixar o vício, pois estão “viciados” nos ganhos secundários que advêm da doença, como atenção e cuidados de parentes e amigos. Por exemplo, quando uma mãe ou esposa se refere ao filho ou marido alcoólatra dizendo: “Meu filho é muito bonzinho, coitado, sofreu muita decepção na vida”; “Meu filho, ‘tadinho’, não deixo faltar nada para ele, dou comida, lavo as roupas e se for preciso dou até banho. Eu o trato com carinho; “Meu marido bebe todo dia, mas é trabalhador, é bonzinho com a família, o coitado sofreu muito e não sabe falar ‘não’ para os amigos”; e por aí vai, eu afirmo o seguinte: enquanto as mães e esposas e, também, os amigos continuarem a “passar a mão na cabeça” do dependente alcoólico, ele dificilmente tomará a decisão de sair desta “zona de conforto. ” É sempre bom lembrar que o amor tem que ser exigente.
Infelizmente, até hoje, é expressivo o número de pessoas que desconhecem a existência de medicamentos seguros e eficientes e, bem antigos, que são de grande valor no tratamento do alcoolismo. Então, vamos falar de dois deles:
O clordiazepóxido, que no Brasil é conhecido como Psicosedin, foi o primeiro benzodiazepínico (ansiolítico) sintetizado no mundo, em 1957, e, três anos depois, começou a ser comercializado nos Estados Unidos e Europa com o nome comercial Librium. Com o tempo se revelou uma medicação de primeira linha para interromper o uso da bebida alcoólica. No caso do alcoólatra, sabemos que não se deve interromper, de supetão, o uso contínuo de álcool, assim o Psicosedin (clordiazepóxido) é uma ótima escolha para a substituição do álcool. A interrupção do álcool sem nenhum suporte de medicamento psicotrópico pode trazer mais problemas do que a continuidade do vício, por causa da síndrome de abstinência. Esta medicação – o Psicosedin - deve ser mantida pelo tempo que for necessário até que se constate o término do período de abstinência alcoólica. A síndrome de abstinência constitui-se no conjunto de sinais e sintomas observado nas pessoas que interrompem o uso de álcool, de uma só vez, após longo e intenso uso. As formas mais leves de síndrome de abstinência se apresentam com tremores, aumento da sudorese, aceleração do pulso, insônia, náuseas e vômitos, ansiedade depois de 6 a 48 horas desde a última bebida, e, na forma mais violenta, o Delirium Tremens.
Em 1920 foi descoberto, o dissulfiram que é comercializado com o nome de Antietanol (Brasil), Antabuse (USA) e Antabus (Europa). É outro medicamento para ser usado no tratamento do alcoolismo, que atua de forma a provocar desagradáveis efeitos colaterais quando na presença de álcool. O dissulfiram, uma substância sem atividade psicotrópica inibe uma das enzimas de metabolização do álcool, provocando acúmulo desse metabólito no organismo e consequentemente forte mal estar mesmo para doses pequenas de álcool. O dissulfiram deve ser usado junto a um apoio psicoterapêutico.
Temos outros medicamentos mais modernos como a naltrexone, conhecida como Revia, e o acamprosato (evita a recaída alcoólica), conhecido como Campral, que podem ser associados aos mais antigos.
Enfim, existe um verdadeiro “arsenal” medicamentoso para ajudar o álcool-dependente na “guerra” que irá empreender contra o vício-doença. O doente vai precisar do apoio da família, do médico psiquiatra (totalmente necessário) e do psicoterapeuta. E a religiosidade deve ser estimulada por amigos e familiares, pois é de grande valia no fortalecimento da fé, bem como é importante frequentar as reuniões dos Alcoólicos Anônimos (A.A. – www. alcoolicosanonimos.org.br)
No meu trabalho psicoterapêutico, depois do comprometimento do doente alcoólico com o seu tratamento, inicio com uma investigação das possíveis causas emocionais, muitas inconscientes, que o levaram a buscar na bebida uma forma de se autopunir. A autopunição - de forma absolutamente inconsciente - é uma consequência do remorso que advém da culpa. Mas o que o levou a sentir culpa? A mágoa (ódio) por si mesmo ou por alguém? Por ter, tempos atrás, julgado, criticado, humilhado algum parente, amigo, um pai ou mãe alcoólatra?
Aos poucos, o doente começa a entender e a se conscientizar das causas que o levaram a se submeter à droga. A partir daí a pessoa adquire o controle sobre si mesma e, então, a oriento na utilização das “ferramentas” e técnicas necessárias para o início de sua luta, que é manter a doença sob seu controle para o resto de sua existência. Como diz o psicólogo Cel. Edson Ferrarini, que trabalha gratuitamente há mais de trinta anos na prevenção, orientação e recuperação de dependentes do álcool, tabagismo e das drogas, na cidade de São Paulo, o vício é um “leão” dentro da pessoa, e, até hoje, não foi descoberta uma forma de matar esse “leão”, portanto, a recuperação consiste em manter o “leão” adormecido por toda a vida. Para entrar em contato com o Centro de Recuperação, acesse http://coroneledsonferrarini.net.br/, ou ligue: (11) 5058-0726.
E, finalizando, é bom que se diga que para qualquer tipo de dependência química - e não só o alcoolismo - é fundamental que o dependente queira se tratar, com verdadeiro comprometimento, persistência e disciplina.

(1) Fernando Vieira Filho - Psicoterapeuta/clínico, palestrante e escritor. Autor do livro CURE SUAS MÁGOAS E SEJA FELIZ! – 2ª Ed. - Barany Editora - 2012. E coautor do livro DIETA DOS SÍMBOLOS – 6ª Ed. - Melhoramentos - 2004.
É autor dos E-Books:
PSICOFÁRMACOS - Uso e aplicações de forma simples e eficaz.
PSICOPATOLOGIA - Apresentada de forma simples e objetiva - Incluindo psicopatologias infantis. SISTEMA DE TERAPIA FLORAL do Doutor Edward Bach (Portuguese Edition) – Amazon – 2013. E-book.
Para saber sobre o atendimento psicoterapêutico presencial ou online, via Skype. Entre em contato comigo através de meu site https://www.harmoniacomflorais.com/agende-uma-consulta.php ou entre em contato pelo fone: (34) 9 9972-4096.
Conheça seus blogs e sites:
http://www.harmoniacomflorais.com
http://harmonize-se-com-florais-de-bach.blogspot.com.br/
http://curesuasmagoasesejafeliz.blogspot.com.br/
http://maldealzheimerhoje.blogspot.com.br/
http://obsessaoepsicopatologias.blogspot.com.br/

Inserida por fernando_vieira_filho

( Amor alcoólatra.)
Em um fim de semana qualquer, sem tem medo de meter o pé, a cachaça já tava na mesa um cheiro forte de cerveja.
E quando te conheci, não tive pra onde ir, uma alcoólica de mim, me dá um tempo ai pra essa ressaca de você passar.
Desliga o celular! Meu bem vou te falar agora o que eu mais quero só serve gelada na hora, não demora.

( Refrão) Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz, mostrar, mudar, não quero mais brigar, falar, gritar só se for pro coração que eu to morrendo de paixão. 2x
Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz 2x
Essa cachaça doe em mim!
Pois desse mais uma garçom, põe uma caixa e aumenta som!!
Que eu vou esvaziar o bar inteiro, se essa mulher não admitir que sou seu amor cachaceiro.
( Refrão) Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz, mostrar, mudar, não quero mais brigar, falar, gritar só se for pro coração que eu to morrendo de paixão. 2x
Amor deixa os problemas na TV, no nosso canto eles vão desaparecer.
Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz, mostrar, mudar, não quero mais brigar.
Berrar, fingir, negar, mentir, deixa isso pra lá, do nosso jeito vamos nos cuidar.
Só vocês!
Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz, mostrar, mudar, não quero mais brigar, falar, gritar só se for pro coração que eu to morrendo de paixão. 2x
Mais uma vez o culpado é o coração.

Inserida por WesleyNabuco

Todo aquele falso amigo que alerta aos companheiros alcoólatras por divertimento sobre locais de ocorrência das Lei Seca, com uso de bafómetro, erra e comete perjúrio moral perante a lei da vida.
O comunicante é tão irresponsável quanto o infrator, que incorre em possível desgraça anunciada da própria vida, da vida dos seus entes queridos muitas das vezes crianças e dos muitos infelizes desconhecidos que nada tem haver com o comportamento de um doente que leva a vida com tanta estupidez.

Inserida por ricardovbarradas

⁠A nova dança o zumbi alcoólatra está se tornando um fenômeno no bairro. Todos estão aprendendo os passos para acompanhar a música e divertir-se ao máximo. As pessoas adoram a ideia de se vestir como zumbis alcoólatras e se divertir ao som da música. É uma forma única de desfrutar dos momentos de lazer com os amigos e familiares. Venha juntar-se a nós e aprender a dançar o zumbi alcoólatra!🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
Tô morrendo de gargalhada
Marcos escritór do Brasil
Autor da frase 🤣🤣

-Um veneno, o mais forte por favor!
Foi meu ultimo pedido, bebi o mais rápido que pude, todo de uma vez, andei alguns metros e cai em seguida, foi mais rápido que eu pude imaginar...
Em meus delírios via o mundo, as pessoas, sentia minhas lagrimas escorrerem sobre minha face lentamente. Todos que passavam pelo local paravam e tentavam me ajudar, em vão é claro, já estava caído ali e não pretendia levantar mais, não conseguiria ao menos. Recordações de minha infância e juventude, todas passando uma a uma em minha mente, como um daqueles filmes que passam em casamentos contando as história do casal, mas dessa vez contando as decepções de minha vida, desde amorosas a monetárias, tudo isso junto a azia devido ao mais forte dos venenos.
Tudo para de uma vez, dormência em todos os muculos do corpo, sera que enfim morri? O doce morte, és tu quem me abraça? Horas depois uma forte enxaqueca mostra que ainda vivo, uma sede incontrolável, droga estou atrasado!
Pago o bar, corro pra casa, tomo um banho e vou viver minha mediócre vida trabalhando. Bem, no próximo final de semana tento novamente me matar, espero que o bar faça uma promoção dessa vez.

<Chiquinho (Sexta-feira treze)>

Quando a morte nos abraça e segue caminhando a nosso lado, falando baixinho em nossos ouvidos os seus segredos mais bem guardados,
ela parece querer que ninguém desconfie que seus intentos são engenhosos:

- Uma queda da própria altura, um tropeção imbecil
e a cabeça explode em uma quina qualquer...
Quando a morte nos abraça pelo caminho
é o nosso descaminho que ela quer.

Não foi a cachaça maldita
nem esse bendito calor
caminhando pela rua do bairro, esquivou-se pra despedida
veio a morte enxerida e com um abraço apertado o golpeou.

Tentaram reavivá-lo... Não teve jeito!
Já estava confortável em seu leito chão.
Todos diziam que ele era um bom sujeito
mas agora caído, morto, duro e frio o que dirão?

Chamavam incessantes por seu nome:
- Chico! - Chico! - Chico! - Chico...
Tentavam reavivá-lo, faziam massagem em seu coração,
respiração artificial, preces a Nossa Senhora Aparecida...

Mas ele já estava confortavelmente acomodado em seu leito chão.
Descansava da vida
da sua nada mole vida
em vida.

Todos perplexos já haviam entendido
encerrara-se mais uma vida, secara mais uma flor
e aquele corpo duro e frio contorcido na avenida
padeceu feito outros tantos todos os dias, o motivo: - desamor.

Inserida por JotaW