Corpo Dança
A maior limitação está na mente, não nos membros atrofiados do corpo. Quem dança por dentro, rebola por fora.
A menina dança
a dança do ventre
sente o corpo todo
a te envolver
e na sua dança
tão leve e contente
sente a sua alma estremecer
por alguns momentos
sai daqui da terra
viaja no tempo
parece em outra era
a moça bonita
dança por prazer
dança para sí
dança pra viver.
Gosto de dizer ainda que a escrita é para mim o movimento de dança-canto que o meu corpo não executou, é a senha pela qual eu acesso o mundo.
II- A Filosofia pensa,a literatura escreve e a dança pensa e escreve com o corpo.A música? É claro que ela acompanha!
O som da tua voz é música para os meus ouvidos, dança para o meu corpo...tua voz é som de violino aos olhos meus.
A dança do ventre é arte, é terapia...
é um encontro entre o corpo e a alma,
entre a dança e a magia.
E já diziam os sábios: quem dança encontra a sua essência e vive a eterna alegria!
Meu corpo é para as rodas, assim como a mente é pro coração. Ambos precisam de equilíbrio. Juntos vamos a diversos lugares, a queda é apenas um passo de dança. O erro é uma correção, ele leva a almejada perfeição. Então patinar vai além do que parece ser, é o que precisamos ter diariamente: controle e equilíbrio para não cair. Uma releitura da luta entre razão e emoção. É pura arte sobre rodas.
QUANDO EU DANÇO, MINHA MENTE PERCEBE, O MEU CORAÇÃO SENTE E O MEU CORPO EXPRIME.
NÃO SOMENTE O QUE A ALMA QUER EXTERNAR, MAS O QUE O ESPÍRITO QUER EXPRESSAR.
A DANÇA É A EXPRESSÃO QUE INTEGRA, É UM MOVIMENTO DE ENTREGA.
Criada em 18/04/2012
Nas curvas da noite
Na geografia de teu corpo, aprofundo-me!
Feito cientista, estudo tua anatomia.
Sinto-me um calouro com um mapa às mãos.
Descubro curvas
- por onde ando -
segredos impressos,
versos poéticos
poemas inteiros.
Quanto mais arrisco-me
tanto mais confundo-me!
Desbravo a ti,
feito um bandeirante
desbrava a terra nova.
Monto campana em teus olhos
- que de tão brilhantes -
reflete todo o meu pecado.
Embriago-me em teus lábios
padeço em teu riso,
sorriso doce feito a lua de dezembro.
E tu, andas por ai...
A esquivar-se de mim,
a negar-se um estudo mais aprofundado.
Trabalho científico, coisa séria,
com os riscos e tudo o mais.
Nas planícies de teu território,
tens domínio pleno sobre mim.
Permitas uma observação in loco,
és um meu estudo de caso.
Conforma-se em meu corpo!
Embarco na tua viagem
navego por tua ternura
e aporto em tua ilha.
Já não podes fugir,
estou em todos os teus sonhos.
Delírio: Deliro por ti, deliras tu também, por mim.
Adeus às armas!
Mastro firme fincado à terra
bandeira içada aos quatro ventos
corpo cansado da intensa batalha
suor banhando a testa.
A guerra chega ao fim, a noite padece
Nasce o sol, surge o dia.
Pessoas corajosas de verdade vão e se entregam de corpo inteiro, apenas covardes fogem dos seus sentimentos
"Dance, encante até que o corpo não canse, pois quem dança inventa, recria movimentos, não se amarra ao tradicionalismo, e se firma no espaço e no tempo, e ainda se consolida no contemporâneo, perpassa, no que é antigo e se consolida no que encanta a nossa própria dança".
"Faça com que o corpo recrie seu próprio movimento seja ele único, uniforme ou não a sua criação é o que importa para que o movimento, pesquisa e criação seja desenvolvida numa magnitude única a sua própria dança, que também vai poder corroborar com tantas danças as que se firmam como danças criativas, vividas e desenvolvidas para um todo"
Concilia corpo e alma para que ambos possam se acoplar em sintonia, e faça de tua vida uma dança leve e sincronizada como os pés da bailarina.
A dança é a expressão da alma, que clama pela eternidade de um/num corpo que não é eterno. Ela preenche momentaneamente o vazio que essa breve passagem pela vida nos traz.