Uma mulher triste não chora apenas pelos olhos, mas pelo coração. Ela carrega no peito um silêncio pesado, como se cada batida fosse um lembrete daquilo que não deu certo. Sua dor não está só nas lágrimas que caem, mas também no sorriso que já não consegue sustentar.
Ela olha para o espelho e enxerga alguém que já acreditou em promessas, que já sonhou com finais felizes, mas que agora sente que a vida roubou um pouco da sua essência. A tristeza dela não é passageira, é profunda, é como um nó preso na garganta que não se desfaz.
Mesmo assim, dentro dessa mulher existe uma força escondida. Porque só quem sente a tristeza de verdade sabe o quanto é necessário ser forte para acordar todos os dias, vestir a própria dor e seguir em frente.
Gláucia Araújo
Ninguém vive para semente. A vida é um sopro, um instante passageiro, e por mais que lutemos para deixar raízes firmes, o tempo sempre mostra que nada é eterno. Muitas vezes, somos obrigados a pagar por dores que não nos pertencem, por culpas que não são nossas e por escolhas que nunca fizemos. A injustiça caminha ao lado da existência, e, ainda assim, precisamos seguir, como se fôssemos responsáveis por fardos alheios.
A verdade é que a vida não pergunta se estamos prontos, ela simplesmente cobra. E, nesse caminho de cobranças silenciosas e contas que nunca abrimos, aprendemos que nem sempre a justiça vem de fora — às vezes, só nasce dentro de nós, no momento em que decidimos não carregar mais aquilo que não nos cabe.
Gláucia Araújo
O amor e o ódio não estão em lados opostos, estão na mesma cama. Dormem juntos, acordam juntos, se confundem. Quem ama com intensidade, quando se decepciona, odeia com a mesma fúria. É no excesso que mora o perigo: o mesmo olhar que já foi desejo, vira veneno; o mesmo toque que já foi abrigo, se torna repulsa. Amor e ódio andam de mãos dadas, e quando um cai, arrasta o outro para o abismo.
Gláucia Araújo
Eu pensei que você era diferente. Acreditei nas suas palavras, nos gestos que pareciam sinceros, nos detalhes que me fizeram enxergar em você algo raro em meio a tanta falsidade que existe no mundo. Mas, no fim, você mostrou ser apenas mais um disfarçado, mais um personagem que se sustenta em promessas vazias e em uma máscara que cai quando já não lhe serve mais.
O meu erro foi esperar grandeza de alguém pequeno, acreditar em verdade onde só existia conveniência, enxergar luz em quem sempre foi sombra. Eu pensei que você era diferente, mas a diferença estava apenas na ilusão que criei. Você nunca foi especial, nunca foi único, nunca foi aquilo que eu imaginei.
Hoje entendo: a decepção não é sobre quem você é, mas sobre quem eu quis acreditar que você fosse. E agora, olhando de frente, percebo que não perdi nada. Pelo contrário, me libertei de mais um fardo, de mais um vazio disfarçado de amor.
Porque, no fundo, você não era diferente. Era só mais um.
Glaucia Araújo
Nada dura para sempre — e talvez seja justamente aí que esteja a beleza e a dor da vida. As coisas mudam, pessoas vêm e vão, sentimentos se transformam. O que hoje parece eterno, amanhã pode ser só lembrança. A impermanência nos obriga a valorizar o agora, porque ele é tudo o que realmente temos. E, ao mesmo tempo, nos ensina a desapegar, a compreender que perder faz parte de viver. Nada dura para sempre, mas é nesse ciclo de começo, auge e fim que a vida encontra sentido.
Glaucia Araújo
O ser humano é a única criatura capaz de transformar o planeta em um vasto cemitério e chamar isso de civilização. Enquanto os animais seguem o ciclo da vida com equilíbrio, o homem rasga a terra, envenena as águas, sufoca o ar e ergue impérios sobre os ossos daquilo que destrói. É a praga consciente, a doença que caminha de pé, vestida de orgulho e vaidade.
Os animais nunca conheceram a palavra “domínio”. Eles coexistem. Caçam apenas o necessário, dormem em paz com a própria natureza. Já o homem inventou a ganância, multiplicou a dor e declarou guerra contra tudo que respira. Chama isso de progresso, mas é apenas ruína adiada.
Na sua arrogância, acredita ser o dono da criação, mas na verdade é o carrasco do mundo. Nenhum predador foi tão cruel, nenhum vírus tão persistente quanto o ser humano. Se a Terra pudesse falar, gritaria em desespero contra seu hóspede mais nocivo.
E enquanto os animais guardam silêncio, inocência e equilíbrio, o homem cava sua própria extinção com as próprias mãos. O fim não virá como um castigo divino, mas como consequência inevitável da loucura humana. O apocalipse já não é uma ameaça distante: ele habita cada floresta derrubada, cada rio poluído, cada animal silenciado pelo grito insaciável do homem.
No dia em que os humanos desaparecerem, o planeta respirará alívio. Os animais, livres do carrasco, voltarão a reger o ciclo sagrado da vida. E então ficará claro: a verdadeira praga nunca foram eles — sempre fomos nós.
Glaucia Araújo
O ser humano se autoproclama racional, mas é justamente a sua razão que o conduz à crueldade. Nenhum animal constrói abatedouros em massa, nenhuma espécie além da nossa mata por prazer, ostentação ou vaidade. O lobo mata para sobreviver, o leão para alimentar a sua prole. O homem, porém, mata para afirmar um poder que não possui, para preencher um vazio que nunca será saciado.
Enquanto o animal carrega a pureza do instinto, o humano carrega a corrupção da consciência. Ele se orgulha de sua inteligência, mas a usa para torturar, explorar e subjugar os mais frágeis. É o único ser capaz de transformar a Terra em cemitério e chamar isso de progresso.
Chama os animais de irracionais, mas quem é mais irracional: o que segue sua natureza ou o que destrói a própria casa onde vive? O homem constrói religiões e fala de alma, mas não enxerga o sagrado que pulsa em cada vida que ele despreza. Ele se coloca no trono da criação, quando na verdade não passa de um predador travestido de civilizado.
O animal não conhece o ódio, o rancor ou a vingança. Já o homem se alimenta disso, como se fosse parte de sua essência. Talvez por isso tema tanto os animais: porque neles há uma pureza que escancara a podridão que o humano insiste em chamar de “evolução”.
Glaucia Araújo
Eu não reconheço mais o ser humano. O que era calor virou frieza, o que era lealdade se transformou em egoísmo, e o que chamávamos de amor agora se resume a interesse e manipulação. Olhares que antes transmitiam verdade hoje escondem mentiras, e palavras que antes curavam agora apenas ferem. Parece que a humanidade se perdeu em si mesma, trocando empatia por indiferença, coragem por covardia, e dignidade por conveniência. Sinto-me cercada por sombras disfarçadas de gente, por ecos de sorrisos que nunca existiram, por gestos vazios que não valem nada. E diante disso, só me resta uma constatação cruel: o ser humano que eu conheci morreu, e o que sobrou é apenas uma casca fria, distante, sem essência, sem alma.
Nada dura para sempre — e talvez seja justamente aí que esteja a beleza e a dor da vida. As coisas mudam, pessoas vêm e vão, sentimentos se transformam. O que hoje parece eterno, amanhã pode ser só lembrança. A impermanência nos obriga a valorizar o agora, porque ele é tudo o que realmente temos. E, ao mesmo tempo, nos ensina a desapegar, a compreender que perder faz parte de viver. Nada dura para sempre, mas é nesse ciclo de começo, auge e fim que a vida encontra sentido.
Glaucia Araújo
“Nunca fui segunda opção e nunca serei submissa a quem não me valoriza. Não nasci para ser opção de ninguém, nem para me curvar aos caprichos de quem se acha superior. Meu respeito se conquista, minha presença se merece, e minha força não admite submissão. Quem tenta me diminuir ou me colocar no lugar de segundo plano logo descobre que está lidando com alguém que não se dobra, que não implora e que não aceita migalhas. Eu sou inteira, intensa e imparável — quem não me enxerga assim, não merece nem meu tempo, nem meu olhar. Aqui, ou você reconhece meu valor, ou desaparece da minha vida.”
Gláucia Araújo
Você morreu para mim.
Não fisicamente, mas dentro do meu coração, onde já não existe espaço para você. O que um dia foi amor virou pó, e o que restou foi apenas o vazio de alguém que já não me diz nada.
Morreu quando deixou de me enxergar, quando deixou de me respeitar, quando me fez sentir sozinha mesmo ao seu lado. Morreu quando suas atitudes falaram mais alto que qualquer palavra.
Hoje, falar de você é como falar de alguém distante, apagado, inexistente. Alguém que invadiu minha vida suavemente de forma ardilosa e não valorizou e me perdeu para sempre, se eu disser sinto muito vou está mentindo quero que você suma da minha vida e nunca mais pense que um dia tu me terás novamente.
Ainda lembro de você, mas não como antes.
A lembrança existe, mas já não me pesa. Você faz parte da minha história, não do meu presente. O que um dia foi forte, hoje é apenas rastro, eco distante que não me afeta mais. Lembro porque vivi, mas não porque ainda sinto. Você ficou no passado, e é lá que vai continuar morto e enterrado.
Meus sentimentos já não são os mesmos.
Tudo aquilo que um dia existiu em mim por você simplesmente se perdeu no tempo e nas suas atitudes. O que eu sentia morreu aos poucos, até sobrar só indiferença. Não tenho mais a mesma entrega, não tenho mais o mesmo olhar, não tenho mais o mesmo coração voltado pra você.
Hoje eu vejo claro: o que restou não é amor, é apenas lembrança. E lembrança não sustenta nada.
Glaucia Araújo
Tudo mudou.
Um dia eu era a mulher que você dizia admirar, aquela que te despertava desejo, carinho e respeito. Hoje, diante dos seus olhos, pareço ter perdido essa essência — como se o tempo tivesse apagado o brilho que antes você enxergava em mim.
Você já não me olha mais como mulher, não me enxerga como alguém que pulsa, que sente, que precisa ser vista. É como se eu tivesse virado apenas presença, rotina, um corpo que existe ao seu lado, mas não desperta nada dentro de você.
E isso dói. Dói porque eu continuo sendo mulher, com minhas forças, minhas fragilidades, minhas vontades e a necessidade de ser reconhecida. O que mudou não foi em mim, mas em como você escolheu me ver — ou melhor, deixou de ver.
Agora carrego em silêncio a ausência do seu olhar, e percebo: pior do que perder o amor, é ser esquecida como mulher.
Glaucia Araújo
Existem pessoas que simplesmente não merecem a sua atenção. Gente que só aparece quando precisa sugar algo de você, mas que nunca está quando é a sua vez de precisar. Pessoas que diminuem suas conquistas, que zombam dos seus sentimentos, que te cercam de inveja e negatividade. Dar atenção para esse tipo de gente é como desperdiçar energia preciosa em algo que não retorna nada de bom.
Atenção é valor, é cuidado, é escolha. Quem não te respeita, não te apoia e não sabe reconhecer quem você é, não tem direito a ocupar espaço na sua vida. Não se culpe por fechar as portas. Você não deve nada a quem não sabe somar.
E essa invisibilidade dói. Dói no peito, dói na alma. Porque ser mulher não é só existir. Ser mulher é ser inteira, é ser notada, é ser vivida e sentida. Mas eu? Eu só continuo aqui, triste, inteira e ignorada, como se minha essência fosse nada, como se meu ser não importasse
Glaucia B, Araújo
Eu queria esse amor que fosse leve e profundo ao mesmo tempo, que me fizesse sorrir mesmo nas horas mais complicadas, que me inspirasse a ser melhor, mas que também aceitasse minhas imperfeições. Porque mereço alguém que me ame de forma completa, que me faça sentir especial todos os dias, e não apenas quando for conveniente.
Gláucia B Araújo
Estou cansada de tentar ser feliz para outros. Cada gesto, cada sorriso que ofereço parece se perder no vazio. Meu coração já se quebrou tantas vezes que hoje hesita até em se abrir. Não é desinteresse, é medo. Medo de me entregar e descobrir que tudo não passa de aparência. A tristeza me envolve como um manto pesado, e meu ânimo para me conectar com outro homem simplesmente desapareceu. Prefiro o silêncio à decepção, a minha própria companhia à companhia de quem não me entende. Aprendi que é melhor proteger meu coração do que arriscar mais cicatrizes.
Gláucia Araújo
Eu acreditava cegamente no casamento. Pintava minha vida com cores de sonhos, imaginando sorrisos que durariam para sempre, mãos dadas que nada quebraria. Mas a vida se encarregou de me mostrar a verdade: nem toda promessa é sincera, nem todo amor é eterno. Hoje, vejo que o que eu achava lindo era só uma máscara, uma ilusão vestida de contos de fadas. Meu coração se cansou de esperar por algo que talvez nunca existiu, e minhas lágrimas aprenderam que valor real não se mede por palavras bonitas, mas por respeito, cuidado e verdade.
Gláucia
Ainda lembro de você, mas não como antes.
A lembrança existe, mas já não me pesa. Você faz parte da minha história, não do meu presente. O que um dia foi forte, hoje é apenas rastro, eco distante que não me afeta mais. Lembro porque vivi, mas não porque ainda sinto. Você ficou no passado, e é lá que vai continuar morto e enterrado.
Top mais compartilhados
Ainda não fez nenhuma conquista de compartilhamento.