A janela de Overton sempre se moveu pelas Mãos Invisíveis das narrativas, mas nada foi tão medonho quanto a ver se valer da “Idoneidade Policial” e da “Fé Religiosa”.
A Janela de Overton — esse mecanismo silencioso e traiçoeiro que define os limites do que é socialmente aceitável — sempre se moveu pelas mãos invisíveis das narrativas.
Ideias outrora impensáveis se tornam plausíveis, discutíveis, desejáveis… e até aceitáveis.
Nada disso é novo.
Mas há deslocamentos que ultrapassam o jogo das ideias: eles tocam em pilares que, uma vez manipulados, comprometem a própria estrutura da convivência civilizada.
Nada foi tão medonho quanto assistir a essa janela se valer da “Idoneidade Policial” e da “Fé Religiosa”.
Ambas, por natureza, deveriam inspirar confiança — não manipulação.
Quando começam a ser usadas como régua para definir quem merece voz, respeito ou até mesmo existência, o que está em jogo não é mais apenas a opinião pública: é a própria noção de justiça e espiritualidade.
A confiança na justiça perde o chão quando o discurso sobre “idoneidade” é moldado para blindar abusos e silenciar denúncias.
E a fé, que deveria acolher, se torna instrumento de controle quando usada para validar narrativas de exclusão, discurso de ódio, intolerância ou superioridade moral.
Quando a Janela de Overton se move por esses vetores, não estamos apenas assistindo a uma mudança de ideias.
Estamos permitindo que conceitos sagrados e instituições essenciais sejam descaradamente arrastados para a seara da manipulação.
E isso, sim, é digno de temor.
Tenho medo…
Que a Paz encontre aos que se atrevem a oferecê-la embrulhada na Chantagem!
Amém!
Quando a paz se apresenta como um dom, mas vem embrulhada na chantagem, ela deixa de ser paz para se tornar imposição disfarçada.
Essa manobra é tão antiga quanto as relações humanas: transformar aquilo que deveria ser um gesto nobre em moeda de troca para interesses particulares.
A verdadeira paz nasce do diálogo sincero, do reconhecimento mútuo, do respeito às diferenças.
Ela não exige submissão, não impõe silêncio, não condiciona liberdade.
Mas, quando alguém ousa oferecê-la como prêmio por obediência ou ameaça por resistência, estamos diante de uma contradição cruel: pacificação à força é só guerra com outra roupagem.
Esse tipo de “paz chantagista” aparece na política, quando líderes pregam concórdia desde que todos aceitem suas regras; nas relações pessoais, quando a harmonia depende de uma renúncia unilateral; e até entre nações, quando tratados escondem dominação.
Em todos os casos, o preço cobrado é alto demais: a Integridade, a Dignidade e a Liberdade.
Porque paz Comprada, Negociada ou Imposta não é paz: é só mais uma forma sutil inventada para covardes guerrear.
Que a Paz Autêntica — aquela que não Cobra, não Ameaça e não Finge — abrace a todos que não se prestam ao desserviço de barganhá-la.
Amém!?!
Você começa a perceber que a leitura é um caminho sem volta, quando mal desvia os olhos de um texto e se vê lendo e interpretando pessoas.
Quando, sem notar, ela começa a moldar a forma como você enxerga o mundo.
No início, os livros parecem apenas histórias, informações, curiosidades.
Mas, com o tempo, algo muda: cada página lida amplia sua lente interna.
Você já não se contenta em apenas decifrar palavras — passa a querer decifrar gestos, silêncios, intenções…
Aquilo que antes parecia simples ganha camadas, nuances, contextos.
Ler é, aos poucos, aprender a interpretar o humano.
É perceber que as pessoas, assim como os livros, carregam prefácios ocultos e capítulos inacabados.
Que as entrelinhas não estão apenas nos textos, mas nas conversas, nos olhares, nos desvios de assunto…
Os que cultivam o hábito da leitura acabam desenvolvendo um tipo raro de sensibilidade: não conseguem mais caminhar pelo mundo sem tentar enxergar as histórias escritas em cada rosto, enredos escondidos em cada atitude…
Por isso, a leitura não transforma apenas o leitor; transforma também a forma como ele se relaciona com tudo e todos.
E, depois disso, não há retorno.
Porque, uma vez que aprendemos a ler as páginas da vida, descobrimos que elas nunca acabam.
Aprendemos que cada indivíduo é uma obra aberta, cheia de prefácios ocultos e capítulos inacabados.
No submundo da polarização, só sobem ao pódio duas imprensas: as que retroalimentam nossos vieses e as que ostentam a própria parcialidade.
Elas sempre foram opinativas e parciais; com o surgimento das redes sociais e a fragmentação do cenário midiático, elas apenas se reinventaram.
Algumas tentam manter a sutileza, confiando na distração — ou na confusão — dos que se perdem na enxurrada simultânea de informações.
Resta-nos perceber que o acesso às notícias nuas e cruas deixou de ser direito universal, para se tornar privilégio dos que investigam.
No submundo da polarização, só sobem ao pódio duas imprensas: as que retroalimentam nossos vieses e as que ostentam a própria parcialidade.
A imprensa sempre foi opinativa e parcial; com o surgimento das redes sociais e a fragmentação do cenário midiático, ela apenas se reinventou.
Algumas tentam manter a sutileza, confiando na distração — ou na confusão — dos que se perdem na enxurrada simultânea de informações.
Talvez a gentileza que tanto incomoda — quando vem dos homens — seja o pé na bunda da nojenta grosseria “masculina” que se vê por aí.
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Você começa a perceber que a leitura é um caminho sem volta, quando mal desvia os olhos de um texto e se vê lendo e interpretando pessoas.
Quando, sem notar, ela começa a moldar a forma como você enxerga o mundo.
No início, os livros parecem apenas histórias, informações, curiosidades.
Mas, com o tempo, algo muda: cada página lida amplia sua lente interna.
Você já não se contenta em apenas decifrar palavras — passa a querer decifrar gestos, silêncios, intenções…
Aquilo que antes parecia simples ganha camadas, nuances, contextos.
Ler é, aos poucos, aprender a interpretar o humano.
É perceber que as pessoas, assim como os livros, carregam prefácios ocultos e capítulos inacabados.
Que as entrelinhas não estão apenas nos textos, mas nas conversas, nos olhares, nos desvios de assunto…
Os que cultivam o hábito da leitura acabam desenvolvendo um tipo raro de sensibilidade: não conseguem mais caminhar pelo mundo sem tentar enxergar as histórias escritas em cada rosto, enredos escondidos em cada atitude…
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E, depois disso, não há retorno.
Porque, uma vez que aprendemos a ler as páginas da vida, descobrimos que elas nunca acabam.
Aprendemos que cada indivíduo é uma obra aberta, cheia de prefácios ocultos e capítulos inacabados.
No submundo da polarização, só sobem ao pódio duas imprensas: as que retroalimentam nossos vieses e as que ostentam a própria parcialidade.
A imprensa sempre foi opinativa e parcial; com o surgimento das redes sociais e a fragmentação do cenário midiático, ela apenas se reinventou.
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Se os presídios se tornaram poderosas incubadoras de facções, talvez a prisão domiciliar seja só um jeito torto de afastar criminosos da pós-graduação.