Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov

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⁠“A receita de bolo é interessante, desde que eu a transforme no sabor que eu quiser.”

Inserida por natasha_de_vuono

⁠Um linguista vê o mundo que o cerca, com olhares e ouvidos voltados para a linguagem verbal e não verbal.

Inserida por carla_amorim

⁠As memórias não mudam, e a mudança é a lei da existência.

Inserida por pensador

⁠Outros amores, outros gostos, outros interesses... Eles olhariam para nós com tristeza e ternura por um momento, enxugando suas lágrimas, e então voltariam para seus túmulos para descansar.

Inserida por pensador

⁠O que é uma frase sem tom ou ritmo? Uma mulher morta, uma múmia. Ah, linda voz humana, alma das palavras, mãe da linguagem, que rica, que infinita você é!

Inserida por pensador

⁠Nunca se vive tudo, mas o suficiente para sua história por menor que seja !

Inserida por renato_moraes_1

⁠Se recebe grande recompensa quem salva vidas nesta Terra, quanto mais receberão aqueles que ganharem almas para Deus e os levarem para Eternidade.

Anderson Cássio de Oliveira

Inserida por cassiooliv

⁠erguem-se
majestosos
os pilares de hércules
no mar de escuridão
e uma eólica negra
e distinta
feita da mesma carne
com o sangue pulsante
observa o vítreo sonho
à distância de um palmo
todos os terrores findando
onde o mundo começa
um preto
enterrando os pés
no medo e hesitação
enche o peito de ar
ou de coragem
e num salto
que ninguém vê
e num grito
que ninguém ouve
não sabemos
o seu destino.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "mar de escuridão")

Inserida por PoesiaPRM

⁠um dia depois do amanhã
talvez seja segunda-feira
estarei definitivamente só
tornar-me-ei criador de barcos
feitos de um fino e branco papel
que venderei como simetrias
plenas de um aço sonhado
com que rompi a terra infértil.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "criador de barcos")

Inserida por PoesiaPRM

⁠se esta terra fosse surda
e os seus pés respirassem
mudos na penetrante calma
do Alentejo
talvez a isóscele sombra
que me encandeia o crânio
iluminasse
num só suspiro
o esplendor vítreo
do sono
e fosse uma cratera
ou criatura
viva e venosa
e litúrgica
fina e mansa
como um ritual
ganhando luz
sobre o solo
e não apertasse esquiva
a garganta da planta
que a raiz engole
e torna infértil a terra na terra.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "se esta terra fosse surda")

Inserida por PoesiaPRM

⁠pouso a mão exausta
na circunscrição do objecto
demorado no meu tempo
chamo-lhe qualquer coisa
circunciso-lhe a consistência
porque não há segredos
no universo exacto
a memória não é exacta
os pés da terra são
terríveis hastes moles
árvore que se dança
é tudo quanto basta.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "a mão exacta")

Inserida por PoesiaPRM

⁠multiplicam-se sombras
ténue pestilência
sigilo absoluto
infestam mudas
o chão
a parede
o tecto
e a alma
à luz da noite
brotam
impetuosas
precipitando a diáspora
do corpo humano.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "infestação")

Inserida por PoesiaPRM

⁠de que vale o consolo humano da lágrima
trespassando a carne viva do coração
se são os meus horrendos e gigantes pés
ágeis pincéis que sangram no céu escarlate?

(Pedro Rodrigues de Menezes, "inutilidade da lágrima")

Inserida por PoesiaPRM

⁠nunca o meu corpo abstracto
na sua infinita aritmética
encontrou a geometria da mão
que o elevasse ao quadrado
multiplicador da sua raiz.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "obtusidade no corpo")

Inserida por PoesiaPRM

⁠monja de salto-agulha
encontra o teu destino
imola-te na laça poeira
do celeste e laço doce
uno absorvente e único
das infinitas cadências
porque virão galáxias
e cometas invisíveis
velar a mulher densa
untada do encarnado
quente e magmático
resplandecente corpo
onde a mulher morta
dá lugar ao vaticínio
há mil anos escrito
no sangue e no fogo
o universo ressurge
enquanto a deusa nasce
da kundalínica nébula
que os povos adorarão.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "monja de salto-agulha")

Poema dedicado a Sheila

Inserida por PoesiaPRM

⁠mês de julho
dia vinte e dois
farias sessenta anos
mais os quatro decorridos
sobre o ano que adormeceste
a palavra pai é como um balão aceso
sobre a imprecisão contígua da boca cerrada
só a prejuízo a poderei pronunciar com a leveza certa
porque arde e não sei quando se fará noite dentro de mim.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "vinte e dois de julho")

Inserida por PoesiaPRM

⁠pai
não tenho memórias
desde que mostraram
a mortalha coerciva
cercando o teu corpo

pai
ouvia dizeres “é a fingir”
eu ria e dizia “é a fingir”

por isso todos acreditaram
que a minha extravagância
era um produto da loucura

pai
como se na aritmética
da vida que continua
e do tempo que passa
coubesse alguma lógica.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "aritmética do luto")

Inserida por PoesiaPRM

⁠procurando a poesia
terrestre e concreta
observam as mães
as mãos do poeta
cada vez mais fundas
cada vez menos visíveis.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "as mãos do poeta")

Inserida por PoesiaPRM

⁠se eu fechar os olhos
pelo instante breve
talvez o instante perdure
porque a escuridão é
uma luz por instruir.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "a instrução da luz")

Inserida por PoesiaPRM

⁠uma flecha que anoitecesse no tempo
lugar, pedaço de terra, erva ou árvore
uma flecha que resistisse implacável
à biologia de uma meia volta de Úrano

sem a subtracção de uma soma
este lugar contém o mesmo
azul celeste sem ser galáctico
poalha invisível sem ser cósmico

é este o lugar onde renascem
os primeiros homens órfãos
do destino sem distinguirem
a mortalidade do seu tempo

densos e altos e firmes poentes
ave, voo pleno ou plano boreal
desvelam frondosos sobre a água
o misticismo das sereias mudas

ninguém as vê plantando os peixes
ninguém as vê caminhando sobre o céu
ninguém as vê contando as pedras
e os peixes voam no céu como pedras.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "os peixes voam no céu como pedras")

Inserida por PoesiaPRM

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