Coleção pessoal de ProfessorAntonio

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A simbiose do nosso amor

Felizes fomos
Com muito fervor
Quando nos tornamos
Uma simbiose
Uma simbiose do amor

Lembra de quando estávamos juntos
Quando dormíamos unidos
De conchinha e tudo
Numa simbiose juvenil
E um amor longe deste mundo?

Lembra que líamos os pensamentos
As intenções
As vilanias
Os medos absurdos
E nossa simbiose numa doce sinfonia?

Tínhamos a mesma pele
Mesmo coração
Um mesmo sentimento
Uma mesma emoção
Na simbiose da razão

Espero um dia te rever
Ver se resta em nós
Quem sabe de novo
Possamos amarrar nossas vidas
Em vários amorosos nós

Entre o fato e assimilação do mesmo pode haver um tempo. Por isso, a paciência para não criar julgamentos infundados.

Me ajuda a te amar

Meu medo de me magoar
Exala sensatez

Acalma meus grilos
Justifica minha surdez
Um desarrazoado em te ouvir
De não cuidar do meu ego
Abalado por não te sentir

Ao menos te vi

Temor de te ter
Erguendo minha sobrancelha

Atenuando receios
Magoando minha psiké
Apequenando meu espírito
Recebendo tudo no meu leito
Me ajuda a te amar

Ser ímpar é um senhor elogio, mas todos preferem ser par.

Me inspiro no veneno e na apatia das pessoas

A chuva voltou

A chuva voltou
Vento e chuva
A vida e o frescor
O arborescer e a mata reflorescer
Estação de chuva e sol
De dia calor e ventilador
E de noite muito lençol

A esperança de plantar
E em alguns meses da roça sentir o sabor
Poder dos seus doces frutos comprar
Desfrutar depois do trabalho e seu ardor

Mesmo com dores jamais demonstrar tristeza
Essa é a doce amarga vida
De quem depende da impetuosa natureza
Onde só chove
Se do homem for bem servida
E respeitada sua eterna verde beleza

Minha doce insônia

Minha doce inimiga
Minha amarga companheira
Minha odiada amiga
Como sempre uma fiel escudeira

Quisera eu amarrar-te
Trancar-te num porão
Amordaçar-te por lá
Para você jamais voltar

Você está me envelhecendo
Tirando-me meu sossego
Por meio de ti ouço
Ouço um estrondoso desassossego

Já tentei acalmar-te
Dando-te um cala-boca
Mas para você não tem jeito
Você volta e tira minhas forças

Nossa vida nos ensina

Não há grande ou pequeno. Há o generoso e o tacanho. Quem com olhos de bondade ver, não assassina a alma do semelhante. Não há maldade sem planejamento nem afago que não cure.

Somos tão bons quanto nos queiram ser. Somos tão ruins quanto nos imaginem ser. O nosso ser é acalentado pelo calor do amor e ressecado pela frieza do ressentimento.

O mais difícil é mensurar a brisa que acalma o coração e as gotas que caem dos olhos pela alegria ou pela tristeza que o amor provoca diante do sabor ou dessabor da dor.

Não imagino uma vida sem preocupações nem alegrias sem frustrações. A madureza é feita a partir do entalhe que a alegria e a dor esculpem em nossa mente e coração.
Graças às verdadeiras dores que nos ensinam que a alegria é efêmera e mentirosa,embora deliciosa, nos enganam e nos anestesiam e nos deixam inconscientes que a vida é difícil. Mas é isso que alegra o nosso ser, a verdadeira mentira que o mau é bom e que o bom é fútil.

Amar é mais que sentir amor

Amor é querer bem
É sonhar
É gostar de sentir
É gostar de conversar

Amar é demonstrar
É colocar em prática
É ação
É não ficar apenas no coração

Muitos têm amor
Muitos sentimentos têm
Muitos até se emocionam
Jamais esquecem do amor que retêm

Muitos não sabem amar
Apesar do amor que tem
Muitos esquecem
Amar é mais do que o coração contém

Aja por ele
Não apenas sinta amor
Demonstra ternura
Pratique com fervor
Livro CRÔNICAS E POEMAS REFLEXIVOS

Epifania
Há certas coisas que não entendemos. É por isso que alguns querem fazer um voo. Um voo raso para olharem por cima e ver as tristezas e sofrimentos e o rastro do mal que os trazem. Isso chama-se epifania, uma autorreflexão, um auto-conhecimento.
Nem sempre conseguimos atingir esse estágio do amadurecimento. A epifania dói na alma e no coração. Ver seus próprios defeitos, burrices e ignorâncias que praticamos. Saber porquê aquele amor não deu certo, porquê aquele projeto foi-se de água abaixo.
A epifania não é feita de forma exata, em números, mas de forma subjetiva. Cabe a cada um aceitar a dor que ela traz e dar meia-volta no rumo que está dando. Às vezes, precisamos apenas dar um sim ou um não, calar e deixar ouvir o som ensurdecedor do silêncio.
Este é o encontro consigo mesmo. Um encontro doloroso, frio e escarnecedor de si mesmo. Não busque soluções nos outros e sim em si mesmo.

Amor que faz sofrer não é amor. Não é puro. Não é cristão. Não é casto. O amor alegra. O amor não se envergonha. Ele se sacrifica. Ele é um dom de quem tem um brilho no olhar. Um brilho no olhar irradia e encanta. Atrai o mais belo e mais exigente sonho. Não se engane. Não minta pra você mesmo. Ou minta para agradar o outro enquanto amadurece a dor e a sangria escorrida pela lágrima e o soluço de alguém que acredita em você.

Mãe

Símbolo de amor
De cuidado maravilhoso
Onde pensa-se primeiro na cria
De modo muito zeloso

Tudo fica em segundo plano
Bens materiais
Vive para os filhos
Não o abandona por nada mais

É possível viver
É possível colher
O amor em primeiro lugar
E até se sacrificar

Àquelas que sabem ou não amar
Feliz dia das mães
Receba carinho e amor
Em tudo que aos filhos depositou

A vida é complexa

Temos medo de perder
Temos medo de conhecer
A vida não é brincadeira
Querer não é poder

Nem sempre ganhamos
Nem sempre entendemos
É melhor perder hoje
Assim amanhã não sofremos

A felicidade é uma via de mão dupla
No mesmo sentido não andamos
É melhor descer
Espairar para vida entender

A vida é feita de "às vezes"
Às vezes amamos
Às vezes amados somos
Às vezes felizes estamos

( suficientemente incompleto)
Não suponho que estou pronto. Pois, o mundo e as pessoas mudam. O que serve hoje não servirá amanhã. Acredito na metamorfose ambulante que é o ser humano, conforme Raul Seixas destacou.
Aprendemos a viver de acordo com as tecnologias e de acordo com os sentimentos que são desenvolvidos dia a dia. Não há conhecimento que perdure e nem sabedoria que seja sábia para sempre.
Por isso sou incompleto na minha plenitude da consciência de que observo coisas mutáveis de acordo com o bel-prazer da insuficiência de conhecimento humano. Ou seja, mudo de acordo com o sistema. Por isso, sou suficientemente capaz de absolver o vazio do mundo.

Enquanto há vida

Enquanto viver
Enquanto andar
Trabalhemos em comum
E os males sanar

Se vencemos
Se perdemos
Se hoje você aquilo tem
A Deus graças demos

Nos maldizer
Nos lastimar
Más energias trazem
Faz tudo piorar

Há horas para sorrir
Há horas para cantar
Há horas de chorar
É bom às vezes desabafar

Não queiramos ser melhores ou piores
Sejamos pacíficos
Os outros gostando ou não
Do mal guardemos o coração

Sempre tive certeza de onde pretendo chegar. Se vai ser na lua ou em plutão, ou se vai ser na Azerbaidjão. Não importa quão longe. Já cansei e esperei acabar as tempestades e o calor abrasador da vida. Já bebi algumas águas, às vezes até insalubres, para sobreviver a tanta inundação. Já comi coisas insossas ou insipidas da problemática tentativa de não ser um jabuti lesado ou uma anta sem o pensar. Hoje colho flores das mais bonitas num vaso honroso com um chá e livro na minha cabeceira. Não me atenho à passagem do tempo sem concluir o esperado pelo certo. Já que a vitória chega no limiar da vontade de Deus.Hoje uso meu processador para construir ideias e encorajar outros andarilhos deste sol escaldante e céu sem luar da desesperança. Hoje, uso meu filho para perpetuar meu nome na Terra, com o legado de fazer a meditação de vasta observância e culturalização. Não pretendo interpretar meu pensar aqui para não tolher sua percepção. Só digo que aqui é apenas a sombra da minha imaginação. Não denoto aqui, apenas conoto a lição da reflexão. Cuidado com a má interpretação para você não ser considerado um doutor em ignorância de conhecimento e criação. Não uso aspas aqui pois não preciso destacar o que não é a literalidade do escrutínio da minha realização. Se não entendeu não procure saber na ânsia da curiosidade o que é apenas uma conotação do que todos verão quando vir à tona o dito limiar em questão.

Tudo passa

O tempo passa
O amor passa
A vida se vai
Até o orgulho se desvai

Não há sentimento que perdure
O tempo deixa cicatriz
Nos magoamos infelizmente
E perdemos tudo em um tris

Perdão e amizade
Mesmo não tendo o que se espera
Podemos lutar
E vencer o mal que dilacera

Deixemos a paz
Deixar tudo ir
Ninguém é de ninguém
Por mais que haja desdém

A felicidade brota de si
O amor próprio também
Podemos seguir a vida
Mesmo depois da despedida

Utopia

Thomas Morus descreveu
Chamou esse lugar de utopia
Um lugar imaginário
Um lugar de mera fantasia

Sonho e não realidade
Sonho de imaginar
Onde tudo é bom
Sofrer nem pensar

Louis Armstrong cantou
Todo mundo de bem, imaginou
Paz em qualquer lugar
"What a wonderful world"

Quem sabe um dia
Quem sabe no céu
Na imortalidade ou na Terra
O futuro vai dizer se vai ser mel ou fel

A nossa inspiração é a vida

Não vivemos de sonhos
Tentamos cumprir nossa lida
Não é de ilusão
Que vivemos a vida

A vida nos inspira
A vida deve ser cumprida
Com muito esmero
Mesmo na batalha destemida

Já apanhamos dela
As dificuldades se repetem
Apesar de tudo
Alegrias no semblante se refletem

Somos melhores ou piores
Depende de nossa recepção
Da reação às pancadas
E às dores que mexem nosso coração

Uma segunda chance para o amor

Eu vejo em seus olhos
No fundo do seu olhar
Com ou sem óculos
Que comigo quer estar

Não é preciso nem adivinhar
Nem é preciso se esforçar
O amor acontece
Seus gestos teu amor descreve

Meu sonho é te ver arriscar
O medo perder
Ao amor viver
Ao meu carinho se entregar

O amor não é só um lance
Para vida um fôlego
Para paz um bandeira branca
Para nosso sentimento uma chance