Coleção pessoal de DiegoCL

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O humano tende a associar seu Eu com qualidades, posses ou mesmo títulos. Por isso, quando se põe em dúvida um feito, pensamento ou ideal de alguém, mesmo que distante do ideal real, é como atingir uma parcela da identidade que se percebe. Quando se tem o nome associado a algo, mesmo que sem influência no resultado final, a vaidade faz nascer a disposição para defender esse algo com unhas e dentes. Está aí a dificuldade do diálogo racional, sobrepor a percepção de identidade própria com a dissociação do indivíduo de suas partes, que só são uma parcela distinta da formação do ser.

A base do pensamento humano é a vaidade e tudo gira em volta disso. O diálogo dialético nunca existiu, os debates com fim comum são uma lenda, qualquer tipo de oposição de ideias se compromete somente com um grande fim: defender o próprio ego do interlocutor e manter sua pomposidade intacta. O que está sempre em jogo não é a ideia.

A Verdade é uma pedra preciosa no interior de uma montanha de achismos. Os pensadores escavam em pontos diferentes, com ferramentas diferentes, mas que convergem a um só destino.

Dizem que os verdadeiramente humildes nunca pronunciam sua humildade. Me pergunto até que ponto isso é verdadeiro. Se não a pronunciam: ou não sabem que são, ou privilegiam a aparência de sê-lo pela própria omissão.
No primeiro caso, ou há ignorância, ou desinteresse; no segundo, há vaidade, incoerência. O humilde não pode ser ignorante, não pode agir sem ter ciência do resultado das suas ações, ou mesmo o que elas acarretam. Um animal não pode ser humilde, pois não sabe porque faz o que faz.

Logo, só resta uma forma: o desinteresse. O verdadeiramente humilde só pode ser o desinteressado, que não age por vaidade, que tem consciência, mas não se importa o suficiente com etiquetas. Somente faz porque o quer, porque não poderia agir de outra maneira. Esse sim, é humilde.

Nenhum amanhã nos espera se ficarmos para sempre vivendo o hoje.

Felicidade é o momento em que são esquecidas as mazelas da vida.

Beleza é a liberdade da sensação, e não é livre aquele que esconde dos outros o que é parte de si.

Não pode ser sábio aquele em que a sombra do ego sobrepõe o brilho da lógica.

Humildade não é diminuir as próprias virtudes, mas aprender com as virtudes alheias.