Coleção pessoal de claudiaperotti

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Nada na vida é por acaso. O acaso não existe.
Portanto, tudo tem sua razão de ser,
mesmo que desconheçamos essa razão.

No silêncio da minha alma
No mais profundo do meu ser
Na esperança dos meus dias
No brilho dos meus olhos
Na força que me move
Na fé que me sustenta
Está você, Jesus

Já não reconheço a tua face envolta no horizonte...
Onde está os olhos que me aquietavam a angústia?
A imensidão do teu azul tornou-se um mar extenso demais
e isso me desassossega...

E lá se vão as esperanças...
Foram lançadas uma a uma nas ondas do mar.
É uma questão de tempo esquecer tudo o que podia ser
.
.
.

Quando as águas enleiam-me em azuis tão seus e causam saudades
Deixo-me arrastar pelas vagas da lembrança
Até que em meus devaneios
Deparo-me contigo

As minhas noites tornam-se vivas,
quando as pestanas jamais se encontram...

A vigília me consome sombria
Resgatando-me da modorra quieta
tirando-me as estrelas e o sossego...

E quando tudo silencia
os pensamentos gementes principiam
os seus zunzunzuns até o nascer do dia...

Ahhhhh! Meus olhos...
É bem rente aos cílios que se debruçam certezas e medos
e que deságuam as tormentas de dentro...
É por ali sorriem as alegrias, brilham os desejos
e incendeiam paixões...

E aquele que possuir a espada do atrevimento
e o escudo perseverante desvendará um bocado de mim...

No íntimo,
uma mantilha de estrelas,
um negro infinito mar
e a força de suas ondas girantes...

O caminho é labiríntico,
Há pedra por todos os lados embaraçando a marcha,
Mas não há um dia sequer que o meu bom combate esmoreça
Tenho força tamanha e as quedas só me fortalecem

Não adianta gritar,
você não ouve
.
.
.

Foi a gota d’água...

Apagaram-se todos os lampadários que mantinham a sua alma acesa.
A imersão apavorante no mar da angústia foi inevitável
.
.
.
Partida em aflições deixou-se arrastar pálida pelos remoinhos sombrios.
E mais e mais entristecida e chorosa por cada flash pesadelo,
afundava longe e profunda
.
.
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Percebeu-se completamente só
tragando o lodo negro de suas dores
.
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O corpo latejava agudo esquecido inerte indefeso inconstante
Seus gritos se perdiam antes mesmo de serem ouvidos.
Entregou-se enfim
.
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Hoje,
encontra-se cerrada numa mortalha de pavor
padecendo num abismo perturbador
sem sequer compreender que somente ela mesma
possui a chave que a livrará desse sofrimento
.
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.

Não adianta deixar-me enganar com as palavras singelas ou os sorrisos dos outros.
Quando as máscaras se esvaem, quando as cascas se desgastam, assusto-me com a sobra. Percebo que no fundo aquela amabilidade não era 100% verdadeira.
E dói...

Acreditei que não havia coisa alguma a ouvir. Fechei os ouvidos. Tapei os olhos. Cheguei bem perto de embaçar as sensações dos pensamentos dando outro sentido as coisas ou simplesmente silenciando. Afundei-me em meu próprio abismo de fantasia. Mas os dias passaram incansáveis e içaram-me desse torpor...

Mesmo resistindo, relutando em recolher os braços aborrecidos do vazio, mesmo com o corpo dorido da ilusão letárgica que nutria os meus anseios e me mantinha alheia, abri os olhos e solidifiquei o olhar no horizonte...

Ah! Foi bem neste instante que algo dos longes chegou-me como um inverno antecipado, congelando-me por dentro e por fora . A pele arrepiou a ausência. As entranhas tremeram a frígida saudade. E uma amargura se amontoou em mim...

Pena!
Agora não há mais tempo de encostar a minha língua na tua,
nem de tocar-te os dedos até segurar as tuas mãos...
nem posso mais me enfeitar de ti,
pois no momento,
te afastas com as marés
.
.
.

A vida segue seu curso e a minha não é diferente da vida de ninguém, mas às vezes chega-me uma aflição, uma sensação de inadequação, como se houvesse um perfil específico para ser feliz e eu estivesse fora dele. Esse desassossego tira-me do eixo e dói...

Hoje, sinto-me meio de lado [bem feito!],
paralisada em algum lugar esperando não sei o quê.

O tempo segue o seu curso
sem se importar com quem ficou pelo caminho.

Será que não aprendo nunca que não devo esperar ninguém,
que a passagem é individual ?

Às vezes, tenho a impressão [ou a certeza]
que gosto de sofrer
.
.
.

Às vezes a única coisa que me arrebata um sorriso significativo
é estar diante de um mar imenso, de braços abertos, de olhos fechados
mesmo que só em pensamento,
e sentir que não há nada mais próximo da minha alma
do que a sensação da imensidão do Universo
.
.
.

Isso me faz alcançar a presença de Deus em mim
E faz minha fé transbordar por todos os meus poros
.
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.

Às vezes a afundo no íntimo abismo e me afogo nas ondas de ilusão. Quando isso acontece os sorrisos escorrem incertos e temerosos, pois sei que tudo não passa de uma fantasia. Iço-me então de qualquer jeito para inspirar os ventos autênticos e deixo-me calar os dias e as noites até de novo engasgar com a rotina do tempo.

I

Às vezes,
desperdiço o meu amor
em coisas insignificantes,
insípidas,
insossa
.
.
.


II

Por vezes um descontentamento me veste
e não sei mais se caminho na direção certa,
perco o fio do destino
.
.
.


III

Deveria
me apreciar,
me olhar,
me sentir
e me amar
muito mais
.
.
.

Há flores por todos os lados,
nos campos dentro de mim
e a lua ao longe unge as minhas noites
.
.
.

Hoje quero sonhar um pouco mais
e depois acordar sorrindo
.
.
.

Uma espera interminável rouba-me a quietude
e por dentro começo a tremer ...