Coleção pessoal de Anaiza3Durval

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⁠⁠"Foi em uma conversa nessas paradas de ônibus que ficam próximas a igrejas que te perguntei até onde você iria por mim.

"ㅡAo Infinito e Além."

Você respondeu jocoso, imitando aquele brinquedo espacial. E naquele momento eu soube que se eu morresse antes, você roubaria meu cadáver."

⁠"Entre Uber e ônibus, eu prefiro o ônibus. Assim, passo mais tempo com você, conversando nas paradas, no chão da integração.
Assim, podemos sentar juntos e eu tenho seu ombro amigo.
Assim, você agarra minha mão e corre comigo quando o motorista quer dar uma de engraçadinho."

⁠Soneto aos meus pares

Pobre Augusto dos Anjos
Mesmo com o passar dos anos
Ainda confundem-te
Com teu eu-poético.

Pobre Augusto dos Anjos
Conheço os teus desenganos
Fostes tão jovem levado
Mas deixastes teu legado.

Pois, na podridão dos teus versos,
Esconde-se uma verde esperança
Da transformação humana, em cristãos belos.

A resposta nunca achada,
Só poderia ser dada
Quando na morte encontrastes, a substância primária.

⁠"Você já se sentiu muito feliz por uma pessoa, mas ao mesmo tempo muito triste por estar longe dela...?
Se um dia eu desaparecer, você vai se lembrar que um dia eu existi?
Você mentiria pra si mesmo...?"

⁠"Por que raios eu acho óculos um acessório tão sexy? Toda vez que te vejo com seus óculos de grau, tenho vontade de arrancá-lo e tascar um beijo sem mais, nem menos."

⁠⁠"Me peguei pensando se um dia vou me arrepender de tudo que escrevi ou se vou sentir vergonha por estar fazendo isso em algum momento. Mas disso surge outra pergunta. Será que Tolkien, Tolstói e um punhado de autores que amo já se arrependeu alguma vez do que escreveu? Será que vale a pena me questionar esse tipo de coisas? Francamente, quem escreve precisa ser muito corajoso... Você é criativo e inventa personagens, mas você também se rasga pelas páginas.
O Goethe se arrependeu de ter criado o "Werther", um personagem tão influente (pois é, os primeiros cosplays foram feitos em 1774), não pretendo dar um spoiler de 200 e poucos anos a você, mas se o Goethe se arrependeu, imagine eu? Acho que o ponto é: mesmo que um dia me arrependa ou sinta vergonha, eu tive coragem de fazê-lo. Eu fui eu mesma."

⁠"É... Eu escrevo porque ainda não consegui encontrar tudo aquilo que eu gostaria de ler."

⁠"Por que sempre espera o pior de mim...? Não deveria ser exatamente o contrário? Você frequentemente pede para inverter os papéis...
Então, inverta agora!
Nos ponha em uma balança idiota e descubra se em algum momento você foi verdadeiramente justo comigo."

"Quem consegue ouvir a música dos seus olhos além de mim?

(...)

Esse silêncio...

Ambos sabemos que a resposta é: "Ninguém"."

⁠"Serei sempre um fantasma preso em sua cabeça. Rindo em seu subconsciente, enquanto você tenta desesperadamente se agarrar a qualquer vestígio ou resquício meu..."

"Você é como um bom livro, me faz perder a noção do tempo."

⁠"Eu dancei uma valsa de amor na chuva...
Mas diferente dos filmes, eu amanheci com um resfriado de morrer."

"⁠Eu finalmente entendi que preciso tanto dos dias de chuva, quanto dos dias de sol.
Que não posso escolher viver em uma tempestade ou em um deserto.
Assim como a dor e a felicidade...
Há que rir e deixar a alma leve.
Há que chorar e lavar a alma."

⁠"Eu não me importo se fulano e sicrano dizem que são melhores, eu não comparo as pessoas. O que me interessa é saber se você tem a capacidade para suprir as minha necessidades emocionais e literárias. No primeiro encontro você me levaria a uma biblioteca?"

⁠"Meu cabelo estava terrível e eu estava suada. Tinha uma gostosa de shorts bem ao lado dele, mas ele não desviou os olhos da minha direção, foi quando percebi que ele realmente gostava de mim."

⁠"Seus intermináveis adendos me fizeram perder o buquê no casamento do seu amigo.
E eu te convenci a roubar uma flor pra mim, nada mais justo.
Foi surpreendente você ter topado.
E eu desejei que o sentimento nunca acabasse."

"Muitas coisas me fazem pensar na eternidade...
Desde momentos felizes com as pessoas que amo (que deveriam durar para sempre) e até mesmo quando limpo livros e descubro mofo.
C.S.Lewis fala que Deus põe esses anseios por eternidade em nossos corações e eu concordo plenamente.
Eu anseio pelo Deus eterno, Ele é a própria felicidade, entende?
Anseio pelo céu, por um lugar sem desigualdades e injustiças, ou seja, sem pecado algum, onde a lei de um amor puro prevalece...
Eu pensei em tudo isso por estar limpando livros... Eles não são apenas outros mundos em que posso me refugiar por um tempo, eles são vivos pra mim.
E eu mal posso esperar para abandonar o consumismo capitalista em um céu em que o mofo não existe."

⁠Rapsódia do Delicado Suspiro

Um vírus coroado de morte e agonia
Torceu nossas vidas e separou a tua da minha
Fui isolada da tua presença, dos suspiros que dantes eram amor delicado
Pus uma máscara e me privei do teu aroma adocicado

As notícias da pandemia enquanto estavas internado...
Oh, como me desanimaram
Seus olhos já não eram mais os mesmos e os meus também mudaram

Me agarrei nas esperanças, da criação de uma vacina
Cantei meus melhores versos para sufocar nosso medo, como faz a morfina
Mas os dias se arrastavam, o relógio se movia
Havia apenas o silêncio na sala aquele dia

Foi dito que por meio do fôlego do Divino
A vida habitou os pulmões dos homens
É triste porém, que através de um suspiro exprimido por teus lábios, a vida houvera escapado

⁠A Redundância do Realmente

"Eu disse que liguei sem querer e que o dedo escorregou porque eu sabia que você compraria essa desculpa... Mas na verdade, eu realmente quis te ligar, eu realmente quis ver como você estava, eu realmente quis dividir uma fatia de torta e café.

Eu ainda preciso da sua versão mais louca, do seu coração palpitante e é uma pena que essa versão não esteja mais disponível porque eu realmente queria dar umas boas risadas hoje...

Eu realmente espero que também pense em mim como sua velha amiga."

⁠Ela é o diabo, o demônio - Uma Catarse

Eu sou alegria, você é dor.
Eu sou anarquia, você é desgraça.
Eu sou amor e você é demência.
Eu sou amizade e você displicência.
Eu sou abraço, você despedida.
Eu sou abundância, você é desculpa.
Eu sou ar, você é doença.
Viro asas e você dificulta.
Eu analiso, você discrimina.
Eu almejo, você destrói.
Eu amanheço e você desmata.
E por mais que eu aqueça, você ainda dói.

Dá pra me devolver?
Dá pra parar de existir?
Eu odeio você, desapareça daqui.