Coleção pessoal de MIssias

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⁠Partida

⁠Sempre existirá uma ferida
Quando da partida
Se os lábios não se tocam
Sustento-me com recompensa,
Fugindo da tristeza,
Esperando que a saudade te induza
Ate que te seduza;
Desadormeço com a mesma trama
Pelo amor de quem se ama
A alma se repele
Reputo por toda pele
Pois foi a primeira que sentiu o desejo
E os olhos estão julgando da partida aquele beijo.

⁠Arte sonho e fantasia
Rastreio de força criativa
Fé na paixão subjetiva
Espirito da alma que extasia

Contestando a perfeição equilibrada
Estriba na inspiração fugaz
Ensejo da razão tenaz
Da saudade nunca quebrada

Sentimento da airosa natureza
Dissimulando da alma a tristeza
Do perfume do lírio que anestesia

Embate de aroubo e romantismo
Contrariando o realismo
Socorro desvario tudo é poesia.

Padroeira

⁠A chuva que cai lá
Lavando a alma da Gente,
A mesma que derrama ca,
Molhando a terra contente

O céu que avisto lá,
O mesmo que vejo aqui,
Como que tu se veste
Linda abobada celeste

Os Santos que lá eu vi,
São os mesmos Santos daqui,
Nossa mãe querida;

Os sinos que badalam lá
O mesmo que badalam cá
Anunciando Nossa Senhora Aparecida.



Ademir Missias Fev/21

⁠Rogamos ao Grande arquiteto;

Usar a régua em todos nossos projetos,
Remover os empecilhos
Com alavanca, limpando e os trilhos,

Aplainar os caminhos,
Quebrar os espinhos,
O nível na horizontalidade,
O maço e o cinzel com vontade;

Dá nos sempre um rumo
Festejar os feitos tal
Qual a verticalidade do prumo;

Em linhas retas do esquadro e nos círculos do compasso;
Buscar o progresso em tudo que faço
Das imperfeições da Pedra Bruta;;
Persistência força e luta,

Ter a prosperidade em nosso lar, qual a profusão dos grãos das romãs;
Contar com o mais belo brilho do Sol em todas as manhãs,

Agradecer a tudo que ele nos reserva no espetáculo de nossas vidas,
No tempo exaurido pela Ampulheta não esquecida,

A todos pela face da terra espalhados,
Sejamos por ele abençoados.

⁠⁠Uma pergunta porque

Tantos com aprazimento
Se esbanjam se prodigalizam
Muitos tem sofrimento
Nem sonhos se realizam

Com champanhe balde de gelo
Vivendo na bonança
Em completo esfacelo
Sem fé com desesperança

Medo é a sobrevivência
De toda essa carência
E o sentido da vida

Seria essa a explicação
Cada um tem sua missão
Que aqui deverá ser cumprida
?

⁠Remédio da vida

Vencer a relva da mata
Carregue o triunfo na manga
Ambular na corda bamba
Procure ser um acrobata

Matar a saudade do beijo
E curar a sua sede
Descanse numa rede
Espere passar o desejo

Lapidar a pedra bruta
Persistência, força e luta
Arroste na escuridão

Vasculhe o remédio da vida
Abolir a dor da ferida
Deixado no coração!

Ademir Missias jan/21

⁠Ajuda

As moedas que você gasta,
O dinheiro que você tem,
De nada tem sentido,
Se não ajudar alguém;

E quando você os acuda,
Por pouco que seja a ajuda,
O que resta então é o que fica,
Porque no outro se identifica.

Encontrarás no outro o que deste,
O que semeaste ou que plantaste.

O que fica então neste momento?
Se a moeda já não existe!
E o sentimento que persiste,
Num eterno reconhecimento.

⁠⁠O que aconteceu conosco?

Que não somos mais como antes.
Professores maltratados nas salas de aula,
Comerciantes ameaçados por traficantes,
Grades em nossas janelas parecendo uma jaula,

O que aconteceu conosco?

Por ventura somos um fracasso?
Ou estamos em letargia,
Automóveis valendo mais que abraço ,
Filhas querendo uma cirurgia.

Perdemos a esperança,
Ou sofremos cefaloma,
Celulares nas mochilas de crianças,
E diversão valendo mais que um diploma.
Vivemos em controversa,
Ou Fugimos a um conventiculo,
Tela, vale mais que conversa ou
Tudo tornou-se ridículo.

Quero arrancar as grades da minha janela,
Tocar as flores! sentir a brisa singela,
Dormir com a porta aberta
nas noites de verão!
Quero a honestidade meu irmão!
Ainda que seja rara
Quero a vergonha na cara,
Mas pra dizer a verdade,
Quero a solidariedade
Quero a esperanca,
a alegria e confiança!
Onde exista amor a fraternidade.

⁠Ferramentas

Um deleite tão grande
Minh’alma se expande
No limite da fraqueza
Uma régua sobre a mesa

Nesse tortuoso caminho
Aferrolhado, atado e sozinho
No peito a dor de um lado
Na gôndola um esquadro

Uma agulhada amedronta
A emoção toma conta
O coração se contrai

O maço e o cinzel no mesmo lado
Ora d’ante atribulado
A angústia que sentia sai.

⁠Falsidade

Isso não é segredo
Viver sem ter medo
Sustento -me com a alegria
Nesse acúmulo de fantasia.

Desalmado é o coração
Simulando uma emoção
Diz que ainda te ama
Convertem fantasia em drama.

Um olho a frente e outro a traz
Finja se for capaz
Cuida de quem te rodeia.

Hipocrisia e falsidade
Dissimula veneno e inverdade
Não amendronta se me odeia.

⁠Quando eu for, quer dizer, quando do outro lado estiver,
Sei que nada levarei;
Sei que deixarei apenas o amor que plantei no coração de quem consegui tocar.


Amanhecer
E assim amanheceu:
Depois de uma noite fria;
O manto fino da neblina,
Que descia da colina
E do orvalho que caia,
Formando uma alegoria,
Sobre moreias encantadoras,
Se fez assim aliciadora;
Seu corpo verde capim,
Seu brilho parece não ter fim,
O branco de longe aparecer,
Esperando o sol nascer,
Anunciando a primavera,
Alimentando enfim minha quimera.

⁠A Pedra Bruta
Vindo das trevas mortais
Despojando seus metais,
Em que todo profano nasce e precisa ser saciado,
Esta pedra e disforme e aparentemente inerte,
Buscando sempre a Luz
Onde ela se converte ;
Por três golpes se fez a luz, como deste modo lhe foi dada;
Modificando o áspero mineral
como prelúdio de uma obra adiantada .
Aprendendo os ensinamentos da Iniciação,
Absorvendo conhecimentos de todos os irmãos,
É depois de purificada,
Ganha e esplendor de uma
de uma pedra negra que hora foi calcinada;
Um fulgor de alvura e pureza,
Jamais visto na natureza,
Pronto para conhecer simbolos devagar com tolerância e calma,
Renascendo a partir de agora um irmão com nova alma.
Missias.’.

⁠⁠Veneno, placebo ou remedio;
Se desalenta ou exorta,
Tudo pouco importa,
Se os versos são de amor
ou contemplação,
Todos Alimentam o coração,
Até curar o seu tédio

Estradas por onde andei
Pisando por entre espinhos,
Lembranças que lá deixei,
Guardo com muito carinho:
A rosa que não plantei,
A pedra que não lapidei,
O desperdicio do encanto;
O dia que a encontrar
Tal pedra a esculpir,
Tudo pode recomeçar,
A rosa plantarei,
Avivarei acalanto,
Deixar de enxugar pranto,
De lágrimas deixado tantos,
Uma vez mais a sorrir.

Ademir Missias

Estou dormindo pouco,
É que estou sonhando mais.
Quando acordar e ver tudo isso passar,
Quero te abraçar,
Quero ver nova semente brotar
E lágrimas não mais derramar.
Senhor seja nosso guardião!

Banco do meu Jardim

Num banco ao lado de um toco,
Que um dia foi jatobá,
Esta era de muita idade,
Dela ficou saudade,
acabou -se em uma tempestade,
Deu lugar a um lindo e florido manacá
Sentados naquela
Bancada
Em noites de lua cheia,
ofuscada pela nuvem branda que a margeia
Quase a gente não a via,
Lá tinha muita magia
Eu e minha amada,
Para que falar de vida alheia.

Botina amarela

Na fazenda espinilho
Num lindo salpicado rosilho
Como regalo de criança
Guardarei essa linda lembrança

Uma boina de gaiteiro
Com seis anos muito faceiro
Um Galdério bem pilchado
Naquele corcel sem alguém do meu lado

Sorriso de jacaré esparramado
Um piá mais que arretado
Ganhei essa prenda singela

Trotando com estilo num embalo
Controlando o pomposo cavalo
Uma vistosa botina amarelas

Onde



Tenho contado com muita sorte
Com o tempo aprendi
Traçar na pedra o necessário corte
Como fez Miquelangelo na estátua de Davi

Muitas pancadas foi dada
Segurando em outra mão
O cinzel que me ajudava
Assim seguia a construção

Necessário manter o plumo
A parede no mesmo rumo
Uma luz sempre me guiava

Hoje vejo essa escultura
Que não falta nem moldura
Mas onde que será pendurada.

Politico⁠

⁠No Brasil temos muita corrupção
Prometem muito fazer
Mas é tudo enganação,
Querem receber só salario
não pensam na população,
Assim é o ignorante trapaceiro e ladrão.
O serviço é púbico o próprio seu nome já diz,
Mas o político pensa no dinheiro só para ele ser feliz..