Chove
Gosto da chuva, mas hoje não chove mais como antes. Você pode chamar este fenômeno como for, mas para mim nunca mais será uma chuva como aquelas das noites de depressão. Aquele zunido do vento prestes á arrancar as telhas. O último volume, um fone, a fulga para Marte. Eu via o mundo mover-se. E me sentia longínquo a essa realidade. Me afastava e observava. Raça ingrata. Ouvia brigas dos vizinhos do quarto ao lado. Chamava-os de pais. Bebida, festa, álcool, confusão. Não entendia bem, mas sabia como era ser de outro lugar. Pertencer deliberadamente a outra realidade. A outro modo de pensar. Viajava nas notas musicais, nos vocais que me libertaram. Enquanto o vocal emitia o som da libertação, vasava a minha pelos olhos. E continua vasando..
De manhã, quando chove, a presença da mulher que a gente ama torna o mundo mais fácil, não mais difícil. Quando é o caso de reclamar, ou exibir fraqueza e perplexidade diante do insolúvel, ela está lá. Assim como estamos para ela. Às vezes, a gente ri de tudo e a vida parece uma taça de champagne borbulhando. Leve, leve, leve. Em outras ocasiões, partilha-se o intolerável de mãos dadas. Assim vamos: ao som de uma melodia imperceptível, dançando juntos, cada um com a sua carga, como um par de caramujos obstinados e felizes.
Não sei porque choras.
Choras ou chove.
De um tempo tão distante.
Passado errante.
Tristeza por definir.
Recordação que me faz sentir.
Lembro
Recordo
De tantas, tantas coisas
Que foram, ou não foram
Chuva ou choro
Porque
Porque tive tanto medo.
Resta o infortúnio
Infortúnio do que não foi.
Talvez seja
Por medo do que podia ser.
Será tudo tempo
Tempo
Como cada chuva tem o seu momento.
Momento
Gotas soltas, caídas no chão.
Será chuva ou choro.
Será
Do tempo distante
Passado
Presente
Por medo do tempo!
Chove lá fora gotinha e gotão,
aqui dentro pena e algodão,
sair não podemos,
guerra de travesseiro é o que fazemos.
quando chove sim meu coração bater,
olho para céu negro vejo suas lagrimas,
sinto um vazio sem esperança...
me agarro um galho,
quando estou na escuridão meu desespero
é um sonho ruim, de magoas e frases incompletas.
Chove lá fora, as nuvens choram. Até mesmo com sua imensidão, o céu tem seus dias de fraqueza, cinzas e frios.
Com um teto sobre a cabeça, quando chove você reclama. Antes disso lembresse de quem clama para sair da miséria, vivendo na sujeira e na lama.
Um novo dia esta nascendo, não importa se faz sol, se chove, se faz frio ou calor, porque quem faz o dia bonito é você. Então abra seus olhos e diga: BOM DIA VIDA! Bom Dia Terça-feira, bom dia amigos. Levante seus olhos para o céu e diga: MUITO OBRIGADA DEUS por me permitir viver mais um dia. Que seja um dia de bençãos e realizações na sua vida, na minha e na de todos que acreditam que hoje tudo vai dar certo! (Priscilla Rodighiero)
Quando chove, quando chove,
formiguinha cria asas;
eu também crio poemas
quando chove em minha casa!
A CHUVA
Chove, chuva, vem molhar,
Chove lá na serra,
Molha toda terra,
Chove lá no mar!
Chove, chuva, chove de mansinho!
Chove lá na roça,
Para alegria nossa
E também dos passarinhos!
Chove, chuva, chove para cá!
Traz de volta as borboletas;
A alegria das violetas
E o canto do sabiá!
Chove, chuva, chove mais uma vez!
Chove em todo o mundo,
Pelo menos por um segundo.
Não queremos escassez!
Chove, chuva, chove por favor!
Chove lá no campo,
Chove que nem pranto
Quando chora o lavrador!
Chove, chuva, chove de novo!
Chove de noitinha
Para molhar as plantinhas
E alegrar o nosso povo!
Chove, chuva, chove já!
Chove no riacho
Que corre para baixo,
Que o sertão quer virar mar!
Músicas tristes tocadas no rádio tarde da noite,copos vazios e a garrafa na minha mão...
Chove forte lá fora,e você não está aqui dentro ao meu lado !
É sempre assim,em noites solitárias,a bebida é minha alida
Beba mais um gole,esqueço sua face...E difícil,afinal..Sua imagem me persegue...
Seu cheiro é pior que qualquer droga
Estou viciada...Viciada...
Beba,beba,apenas mais alguns goles...
Eu apenas quero você aqui...
Beba,beba,apenas mais alguns goles....
SE CHOVE (persistência)
Chove e essa é persistente, teima a cair no mesmo canto que repetida vezes cai, enquanto o meu cigarro não apagar ela não cessa, quem te fez sabia o que fazia, onde tu se joga nasce, apaga, cresce... E a minha brasa continua acesa, perdoe-me por lhe frustrar ó, chuva; é que... Quem lhe fez pensava na vida, em apagar o mal. Agora a brasa do meu cigarro apagou.
Chove
olho as luzes amarelas do cafezal
vi colégios e florestas
contorno a contorno com sua fina elegância abstrata.
chove
desço a Bahia com todos os gestos obscenos
descarrego-os em figuras motorizadas
paro no maleta bebo uma pinga com mel
e
sorrio destemidamente sobre seu batom de sangue.
chove
pego-a pelas mãos por entes fumegantes e corro
desabaladamente por becos ainda carregados de lágrimas
é
há ainda um dia anterior e um outro do depois de tudo.
choro
sob uma chuva singela, que limpa o que nos resta de este tudo que foi
foi.. fomos o que fomos, sobre um céu de verão, nas luzes amarelas do cafezal
como era do cê todos aqueles verões insanos
debaixo das lâmpadas de titânio do cafezal.
.
Engraçado essa vida, descrobri que ate quando chove, e quando está tudo esta nublado, o sol ta ali escondido atras das nuvens !
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