Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)

Só existe um estado de plenitude.
Ele se estabelece na Paz!
É este modo de consciência que nos completa, é ela a Paz a Felicidade.

Inserida por dalainilton

Terra prometida

Quando
você
encosta
a ponta do seu nariz frio e molhado
feito o focinho de um cão
na ponta
do meu
nariz frio e molhado
feito o focinho de um cão

Sei
que muito além do poema
onde tudo
quer dizer
quase tudo
é truque ou trapaça

Aqui
na carne, no atrito, na voz
rouca e grave
aqui mesmo
no tédio dos nossos hábitos
nosso sono e nosso hálito
fazemos promessas
que não cumprimos

Inserida por pensador

Quando você chegou, eu perdi o sentido
O teu sorriso quase que acabou comigo
Me acertou em cheio esse tal cupido
O amor nasceu em mim

Inserida por pensador

Se você quiser, eu peço um japa pra nós dois
Ou faço um feijão com arroz
Não importa o que vai ter na mesa
Se o amor é sobremesa

Inserida por pensador

Às vezes eu acordo assim
Com furacão dentro de mim
Perdido e carente de uma ligação
Querendo uma resposta
Impossível não lembrar
Do nosso amor, da trajetória
Tatuou meu coração
Em minha vida fez história

Inserida por pensador

Fomos um casal de invejar
Nós tínhamos defeitos tão perfeitos
Difícil acreditar, pra mim não acabou
Duvido que não tenha
Nem uma pontinha de saudade
Se existe amor, esquece a vaidade

Inserida por pensador

Você é minha
Tenho o dever de protegê-la
Vou protegê-la, assim ninguém poderá
Facilmente tirá-la de mim

Inserida por pensador

Como posso gostar de você assim?
Como posso me aproximar de você assim?
Você é um lindo trauma que não pode ser esquecido

Inserida por pensador

Esta é a cena do clímax
Agora sei como fazer você
Ser minha, é fácil
Por que você pergunta? É tão fácil
Tudo o que você precisa fazer é vir até mim
De qualquer maneira o vento para mim
Te puxa

Inserida por pensador

Desde que eu quis você
Não há lugar no meu coração que esteja bem
Sempre machucado em algum lugar por sua causa

Inserida por pensador

Ele opera até mesmo sem deixar sinal
Ele passa em sua frente e tira todo mal
Ele mata, Ele fere e também faz viver
Porque tem autoridade, é dono do poder
Ele pega o derrotado e faz um vencedor
Pra mostrar a imensidão que há no Seu amor
Porque Ele é Senhor

Inserida por pensador

Eu a tirei do "mar"
E a dei meu coração
... Ela correu de volta pra maré
Disse que preferia morrer no mar
Do que se afogar nos meus sentimentos.

Inserida por victor_dantas

Floral vermelho

Ela se veste de flores
Entre as flores do jardim,
Emprestando tua beleza
Às flores que a cercam...

A fragrância do teu cheiro
Se infunde pelo ar,
Num aroma de amores
Que eu preciso respirar...

Este longo vestido floral vermelho...
Que veio uma noite pra me amar
E por toda a minha vida me levar.

Edney Valentim Araújo

Inserida por edney_valentim_araujo

Voe, linda borboleta.
Atravesse os sete mares.
Nas nuvens aos seus milhares.
Enfrente a eterna ampulheta.

Sais de glória violeta.
Salgam seus pesares.
Adoçam sua nobre silhueta.

Inserida por Traveller

Gritar no escuro?
Com um toque suave e gélido,
Com um beijo tão puro,
Um jeito esquelético,
Vendo uma lua enorme no céu,
Perdido num cemitério,
Vendo eu com um vestido e véu
Na minha frente a morte? Tão sério,
Hoje minha vida se excita?
Casei com a morte!
Muito loko não é, o bolo tendo uma foice?
Mas, belo corte!
Este bolo com o formato da foice.

Inserida por DeadfelizorDeadtrist

O homem nasce com duas certezas na vida
A primeira é que algum dia ele vai amar!
E a segunda é que algum dia ele vai morrer!

Inserida por natan_souza_carvalho

SONETO DE ARVERS
Tradução de Guilherme de Almeida
Autor: Felix Arvers (1806/1850)
Tenho na alma um segredo e um mistério na vida:
um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a, pois, escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.

Por ela hei de passar, sombra inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento.
E chegarei ao fim da existência esquecida,
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.

E ela, que entanto Deus fez terna e complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.

A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá, lendo estes versos, com certeza:
— "Que mulher será esta?" — E não compreenderá.

Inserida por rafapoetadorecife

Um rio vem da nascente,
seja ela de onde for,
as lágrimas que brotam na gente,
quase sempre são por amor!

Inserida por neusamarilda

23

Chorando na calçada
Com as mãos nos bolsos
Porque ainda busco
O que procurar.
Vivendo emperrada
No meu calabouço
Porque não há ninguém
Salvo a nos salvar.
Enxugando a cara quando passam perto
Ela morreu em um incrível deserto
Que diziam ser casa
Para se encontrar.
Engolindo velas pelo passo certo
Apagando chamas pelo céu aberto
Ela não sabe mais
Como se queimar.
Pomada, pomada
E estão todos anestesiados
Ninguém conversou
Então
Ninguém achou
A cura para os mudos
Cansados.
Chegou a época de ouro
Da caça ao maldito tesouro
E o monte de luz veio
Para nos cegar.
Endurecendo de tanto sorrir
E esquecendo que só vale
O que, se for,
Nos fará chorar.
Chegou a fase do acerto
Pedra que todos dizem lapidar:
Mas ninguém tem coragem
De trocar sangue para ver durar.
Chegou a era do torto patrono
Nem mesmo ela pôde escapar da acidez
Ela quer tanto não errar
Que quase não sabe mais tentar
Aos 23.
Estão todos desaparecidos
De tão achados por si
E dizem ser amor-próprio
Sair cortando o que acudir.
Distante do precisar
Discurso de (des)querer
E a independência veio nos isolar.
Chegou a época da chuva
Eles abriram guarda-chuvas
(Ao meu redor)
Muito velhos para crescer
E acabam novos só para murchar.

(Vanessa Brunt)

Inserida por poeticos

Amigos são como irmãos
Que guardamos em nosso coração

Agradeço a Deus por ter você
Agradeço a Deus por te conhecer
Peço a Deus que para sempre nossa amizade chegue a crescer

Sempre que precisar
Comigo pode contar

Inserida por wellingtonsilvaofc