Carlos Ruiz Zafón

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Carlos Ruiz Zafón (1964-2020) foi um escritor espanhol, nascido em Barcelona. Seu trabalho já foi traduzido em mais de 35 idiomas, e recebeu diversos prêmios internacionais. Morreu em junho de 2020, após uma batalha de dois anos contra o câncer.

No momento em que paramos a pensar se gostamos de alguém, já deixamos de gostar dessa pessoa para sempre.

Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó cujo cheiro ainda conservo nas mãos.

Carlos Ruiz Zafón
A Sombra do Vento

Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos sob suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece.

Carlos Ruiz Zafón

Nota: in A Sombra do Vento pág 9

Na altura em que a razão é capaz de compreender o sucedido, as feridas no coração já são demasiado profundas.

Os livros são espelhos: neles só se vê o que possuímos dentro.

Carlos Ruiz Zafón
A sombra do vento (2001).

O difícil não é simplesmente ganhar dinheiro, difícil é ganhá-lo fazendo algo que valha a pena dedicar a vida.

Carlos Ruiz Zafón
in A Sombra do Vento

O coração da fêmea é um labirinto de subtilezas que desafia a mente grosseira do macho trapaceiro. Se quiser realmente possuir uma mulher, tem de pensar como ela, e a primeira coisa é conquistar-lhe a alma. O resto, o doce envoltório macio que nos faz perder o sentido e a virtude, vem por acréscimo.

É impossível estabelecer um diálogo racional com alguém a respeito de crenças e conceitos que não foram adquiridos por meio da razão.

Existimos enquanto alguém nos recorda.

Os presentes dão-se por prazer de quem oferece, não por mérito de quem recebe.

Acho que nada acontece por acaso, sabe? Que no fundo as coisas têm seu plano secreto, embora nós não entendamos.

O silêncio só é necessário quando não se tem nada de válido a dizer. Ele faz com que até os idiotas pareçam sábios por um minuto.

Não há dúvida que há gente no mundo que existe para que haja de tudo.

A letra da canção é o que pensamos entender, mas o que faz com que acreditemos, ou não, é a melodia.

Numa ocasião ouvi um cliente habitual comentar na livraria do meu pai que poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho até ao seu coração. Aquelas primeiras imagens, o eco dessas palavras que julgamos ter deixado para trás, acompanham-nos toda a vida e esculpem um palácio na nossa memória ao qual, mais tarde ou mais cedo - não importa quantos livros leiamos, quantos mundos descubramos, tudo quanto aprendamos ou esqueçamos-, vamos regressar. Para mim aquelas páginas enfeitiçadas serão sempre as que encontrei entre os corredores do Cemitério dos livros esquecidos.

Nas fases mais avançadas do cretinismo, a falta de idéias é compensada pelo excesso de ideologias.

Uma das armadilhas da infância é que não é preciso se entender para sentir.

Cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se forte.

Carlos Ruiz Zafón
em “A sombra do vento”

Quando nos sentimos ameaçados, a inveja, a cobiça ou o ressentimento que nos movem se tornam santificados, pois nos convencemos de estar agindo em defesa própria...

Há prisões piores que as palavras.

Carlos Ruiz Zafón
in A Sombra so Vento