Sonia Schmorantz

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Me atire aos lobos...
que eu me divirto...
cansei de gatinhos, cachorrinhos...

sonia solange da silveira ssolsevilha

Moça...
A sensualidade de uma mulher não se mede pelo que ela mostra, mas ao que ela sabe mostrar!

Nada acontece por acaso, cada pessoa é dona do seu próprio destino... Cabe a cada um mudar suas atitudes, jeito e modo de pensar, para que seu destino seja feliz!!! com harmonia.....

Se todas as pessoas que dizem ser verdadeiras,realmente fosse...não ficariamos tão só...e o coração não doia tanto..

Entardecer

Quando o sol cansado vai se pondo,
Uma réstia de sol caminha tranquila
Sobre os montes da ilha.
Declina-se o dia e um vento vago
Traz o cheiro de jasmins.
Sopram versos das flores,
Como ondas em prece ao entardecer.
Sopros da terra que em flor palpitam,
Exalando a vida e seus perfumes.
Sombras lilases vagueiam no céu,
A tarde declina no silêncio,
Esmaecendo-se suave e melancólica.
Da janela onde me encontro,
Os olhos acompanham as sombras
Desenhando-se nos montes.
Que me importa estar aqui nesta sala,
Onde o trabalho me prende ao chão,
Se minha alma cria asas e se arrebata
Na beleza do cenário, agradecida
Pelo terno abraço desta tarde...

Vago Poema

Cheirando à areia e sal,
sou gaivota a sobrevoar o mar.
Sou mistério neste vazio,
Sou o tranquilo vôo das aves,
rumo à linha oscilante, mar e maresia.
Enquanto o vento no areal vai passando,
como as marcas desenhadas na areia,
somem as palavras da lembrança,
como rastros na maré cheia.
Íntima idéia, clara no pensamento,
que se perde em devaneios, e
na latência deste silêncio,
me alimento da poesia alheia.

Nos caminhos da Ilha

Da janela vejo ruas sem nome
casas coloridas abrigadas em montanhas,
da janela sinto a brisa e cheiro dos eucaliptos,
o cheiro das ruas sem nome
onde vento balança verdes folhas
e nascem flores em pedras.
Estas ruas tem silêncios mágicos
como poemas ainda imaginados,
acabam no pé da montanha
mas seguem a caminho do mar...
Ruas de casas pequeninas e pequenos jardins.
Ruas sem nomes, sem números
que da janela vejo encantada
enquanto as flores crescem
agarradas às saliências das duras pedras.
O verão pinta o quadro
e eu aqui, vejo
pela janela emoldurado...

Notívaga

Sou notívaga, perambulo nas madrugadas
como as corujas, empertigadas, em cima dos muros.
Ouço os sons da madrugada, os que estão fora e
os que tenho dentro de mim.
Silêncios quebrados por sons de pássaros noturnos,
pessoas que passam, chave na fechadura, criança que chora.
Cortam a madrugada o choro dos amores mal resolvidos,
Os sonhos ainda não vividos, o som de risos perdidos na memória.
A madrugada está cheia de sons, música transcendental, natural
que não precisa de cordas ou teclas, vem no assobio do vento
ou nos acordes dos pingos de chuva na velha calha.
Não sei que hora o relógio marca, sei que estou acordada,
que o poema não deixa de ser uma oração silenciosa,
será que Deus ouve melhor nessa hora?
Resta depois esta vontade de chorar diante da beleza,
Resta esta súbita saudade de tudo e de nada,
até que os sons se esmaeçam enternecidos no sono
que finalmente chega...

Fim de Verão

Chegam as primeiras chuvas anunciando
o fim de um tempo escaldante de verão.
Distanciam-se os dias de luar e cio,
fica o canto, a vibração, a nostalgia,
fragmentos de risos, sonhos e ilusão.

A praia sem a obrigação de ser verão,
serenamente perde-se na linha do horizonte.
Os dias continuarão mornos e ensolarados.
E ao fim da tarde o sol fará sua despedida
em coloridos raios até morrer atrás do monte.

Um vento errante há de vagar sobre a praia,
anunciando teatralmente o fim da estação,
soprando emoções quebradas na areia,
como a despedida dos amores de verão.

Termina temporada, termina o verão,
Recolhe-se a rede, o guarda sol, a esteira,
Recolhem-se as sereias e musas do mar,
Fim de viagem, morre a estação derradeira...

Sem pretensão poética

A noite é um quadro adormecido,
Com a lua lendo a alma da gente.
Estes pensamentos dançantes,
Que penetram na noite
Enquanto morrem as estrelas.
Serenos silêncios da madrugada,
Coração deambulando saudades.

Amo a noite calada,
O som dos pios noturnos,
Os soluços da natureza e
O roçar das folhas nos telhados.
Vejo meu amor nas sombras da noite,
Quando vaga, viajante na noite fundida,
Desfaço a distância e me lanço ao vento,
Com o coração aberto à vida...

Poema para um Quase Verão

Nas noites de um quase verão
entre as nuvens de uma chuva fina,
de asas abertas sombras e vultos se movem
entre os zumbidos que ecoam na noite...
São murmúrios escondidos,
são caricias do vento na verde ramagem.

Chuva, nuvens, estrelas
lua que brinca de esconde-esconde,
brinca comigo, com meus pensamentos.
Vem vento, vai vento... devagar
desprende as palavras deste poema à toa.

Brinca comigo, com minha alma
leva para fora os sons rasteiros das tristezas,
desperta a brasa destes mornos versos,
vai nas ondas deste mar,
desenterra os sonhos náufragos lá do fundo,
e deixa-os voar nas asas de uma gaivota,
plainando entre o mar e o céu
em uma rubra noite de verão...

Fiz versos azuis
Para cantar o céu e o mar,
Fiz versos de toda a cor
Para falar qualquer coisa de amor.
Fiz versos coloridos para falar
Do pôr do sol na minha praia.
Fiz versos de qualquer cor
Para espantar a solidão.
Fiz versos e mais versos
Para falar dos meus sonhos,
Dos pequenos caminhos,
Das penas e desilusões.
Apaga então as letras e sente
Apenas minhas impressões digitais:
Tua mão na minha
A pensar em nós...

Escrever, mais do que um dom
É criar, pensar ,recordar
Deixar meu íntimo navegar,
Transportar as barreiras,
Ver nas palavras a verdade,
Sem censura...
Deixar voar os pensamentos
Criar e recriar sem limites a beleza
Parte de minha vida,
Com o direito de sempre sonhar...
Entre maiúsculas e minúsculas
As palavras vão surgindo
Soltas, deslizando sem segredos...
Bailando sobre o papel ganham sentido
E nas longas noites vazias,
Quando a saudade se espalma,
Saio em versos que escrevo
Espalhando fantasias...
Dos rabiscos surgem sonhos,
Consolo e eterna companhia...

Da janela vem um sopro morno
que muito bem pode ser choro
ou qualquer coisa que venha de dentro
como se no mundo vivesse fora...
da mesma janela aberta chega
uma luz de fim de tarde,
um ruído de crianças brincando,
um cheiro de café recém passado,
uma queixa sem convicção e
pássaros que voam nostálgicos...
Coração bate baixinho, quase nem se percebe,
Recordações se perdem em pensamentos,
Entra o vento pela janela aberta,
O espírito eleva-se ao inconsciente
Para que as almas possam se encontrar...

Deixaste minha alma livre
Para voar com o vento por
Sobre montanhas e mares...
Minhas alma livre e solta
Percorreu caminhos
E veredas distantes...
Vagou entre as estrelas
Visitou a lua cheia...
Povoada de sonhos era
Tecida de esperanças e luz...
Quis ganhar o mundo
Vencer amores e dissabores...
A mesma alma hoje volta
Desta longa jornada,
Não mais inveja o infinito
E se entrega a poesia
Como o verbo que voa livre
Porque livre não e minha alma
Mas os versos que faço....

Divagações após a chuva

Ao anoitecer, gotas da chuva intensa
ainda brilham nas folhas e calçadas,
como notas poéticas a refletir as luzes,
que pouco a pouco vão surgindo nas casas.
Gotas vão sendo levadas pelo vento incerto,
como palavras descompromissadas que
tanto já foram ditas e desditas nesta vida.
As palavras voam pelas janelas e calçadas,
instáveis, insanas, descomprometidas
com a realidade, perdidas no tempo.
Só a poesia as recupera,
unindo-as através dos sonhos repetidos
no silêncio das madrugadas insones.
Das palavras ditas resta a poesia,
a vaporosidade de quem já viveu
e ouviu muito, mas
ainda tem capacidade de sonhar.
Palavras inventam-se nos poemas,
num fluir secreto, desdobrando-se como renda,
tecidas memórias de sonhos que
com a própria vida que se emendam.

Hoje ao acordar senti tua falta,
senti que sem você aqui, nada parece inteiro,
pois faltam os teus olhos cuidando do meu dia,
O teu sorriso, refletindo o meu sorrir.
O teu carinho, saciando minhas vontades.
A tua presença, completando tudo em mim.
Você entrou no meu coração de repente,
e em tão pouco tempo, entrou por inteiro,
Transformando tudo em silêncio,
Sem nada pedir, sem nada avisar,
sem medo da minha recusa.
Acomodou-se em meu coração de um jeito sereno,
e quando percebi, já estava te amando...
Por isso tudo
Sinto saudades de você ao acordar,
e esta saudade se arrasta o dia todo,
porque é você quem me devolve a vida a cada manhã...

Se alguém me perguntar o que ainda me faz feliz,
vou somente responder:
Sentir o calor do sol no meu rosto.
Escutar de olhos fechados os sorrisos
e as vozes das pessoas que se aproximam,
Olhar o mar pela janela do ônibus,
Viajar nas páginas de um livro.
Conhecer o amor na força de um beijo.
Saborear um café bem quente.
Acreditar em Deus e enfrentar a vida,
Mesmo que sem esperanças às vezes...
Relaxar num banho quente.
Sentir o perfume de lençóis recém lavados.
Contemplar o pôr-do-sol da sacada.
Passear de mãos dadas.
Namorar o Eduardo.
Um sorriso de paz.

Senta-te ao lado do meu silêncio.
Não me abraça agora, mas
Escuta as ondas e o meu silêncio...
Senta-te comigo,
Sente o cheiro da maresia e olha
Mar e céu fundidos nesse intenso azul.
Deixe que eu respire o perfume do mar
Pressentindo o calor da tua pele
Sem ainda te tocar...
Deixa que eu perceba o bater do teu coração
Misturando-se ao vai e vem das ondas...
Deixa-me voar em pensamentos
Sem tirar os olhos do mar,
Espera o vento cálido chegar
Para então dizer que me ama...
Ate lá me deixa ficar só assim,
Sentindo a tua presença e o mar
Depois falaremos de amor e mais nada....

Coisa Estranha Essa Saudade ...
Não se vê, não se toca, mas esta ali...
Sinto saudades dos sonhos,
...Dos planos mais loucos que já fiz...
Sinto saudade do que não existiu,
Mas queria que tivesse existido...
Parece que a saudade mora em mim,
Tanto, que se um dia parar de doer,
Vou então sentir saudade da saudade,
Deste suave sopro andarilho
Que eterniza as ausências....

Inserida por katiacristinaamaro